𝚟𝚘𝚌ê é 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊.

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Na manhã seguinte ao meu rompimento implícito com Wanda, para ser justa, ela e eu ainda não havíamos discutido o assunto. Eu havia perdido o controle dos meus poderes e Natasha me levou para longe, após traumatizar Peter que por sua vez, ouviu tudo.

Natasha e eu ficamos acordadas a maior parte da noite rindo, assistindo filmes e irritando uma a outra. Finalmente adormecemos por volta das 4, dormindo algumas horas antes que a comoção na cozinha nos acordasse.

Descemos as escadas e Natasha estendeu a mão para me impedir enquanto olhava para a cozinha. Eu tive vislumbres de cabelos castanhos, o som de alguém murmurando, o sotaque claramente presente.

Wanda.

Eu pulei quando uma panela caiu no balcão. Natasha e eu espiamos pelo o canto da sala, observando em choque enquanto ela andava de um lado para o outro, murmurando para si mesma.

— Wanda? — eu perguntei hesitante. Os seus olhos verdes se voltaram para os meus.

— Diana! Eu estava aqui, eu ia fazer... eu queria te contar... — ela não conseguia decidir uma frase para começar, e eu levantei as minhas mãos tentando ser misericordiosa.

— Wanda, está tudo bem. Você está bem. Eu quero que você seja feliz com o Visão. — Wanda ficou boquiaberta para mim por alguns momentos antes de se virar para Natasha.

— Você pode sair agora, Romanoff. — o seu sotaque era forte e bem pronunciado, e seus olhos brilharam vermelhos brevemente enquanto ela apontava punhais para a minha melhor amiga.

Natasha não moveu um músculo, exceto para levantar uma única sobrancelha e inclinar um único canto da boca para cima em um sorriso malicioso. E então ela cruzou os braços sobre o peito.

— Eu não vou a lugar nenhum, Maximoff. — ela disse suavemente. Natasha era uma dessas pessoas, quanto mais quieta e calma ela ficava, mais fundo era a merda em que você estava.

Wanda virou o seu corpo em direção a Natasha, uma nuvem de névoa vermelha se formando em seu punho.

— Afaste-se, Natasha. — ela avisou. Natasha rolou os ombros para frente, assumindo uma postura de luta.

Eu pisei rapidamente entre as duas.

— Wanda, terminamos aqui. — eu disse com firmeza, captando os seus olhos e mantendo-os.

Os seus olhos brilharam e ela parecia que ia falar, mas apenas mordeu o lábio inferior, balançando a cabeça levemente. Eu me virei para sair, agarrando o ombro de Natasha e puxando-a comigo. De repente ela parou no meio do caminho.

— Me deixe explicar uma coisa para você, Maximoff. — não havia margem de erro em seu tom. — Diana é a minha melhor amiga, e não há nada, literalmente nada, que eu não faria para protegê-la. Toda ela. De qualquer pessoa. — abaixei-me, agarrando os dedos de Natasha e apertando-os levemente nos meus. — Você me entendeu? — eu olhei para trás em Wanda e pela a primeira vez eu vi algo parecido com medo neles. Natasha não estava blefando. Ela assentiu e, ao fazê-lo, Natasha finalmente me deixou afastá-la da cozinha em direção aos nossos quartos. Ela bufou enquanto caminhávamos. — Que maldita coragem a dela. — ela murmurou resmungando.

Eu olhei para ela e sorri largamente, ainda segurando a sua mão.

— Eu te amo, Natasha. — ela sorriu para mim como uma criança animada.

— Eu também te amo, Diana.

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「 dias atuais 」

ᴡʜᴇʀᴇ ᴠᴏʀᴍɪʀ ʙʀᴏᴜɢʜᴛ ᴜꜱ ━━━ ʸᵉˡᵉⁿᵃ ᵇᵉˡᵒᵛᵃWhere stories live. Discover now