𝚞𝚖 𝚙𝚎𝚚𝚞𝚎𝚗𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚟𝚒𝚘.

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— Natasha, você não precisa fazer isso. — eu olhei para a ruiva, respirando com dificuldade, enquanto bloqueando a sua saída.

— Eu não vou me entregar, Diana. — o tom de sua voz era frio e eu respirei fundo.

— Eu não estou aqui para te levar. — os seus olhos se voltaram para os meus, arregalados em pura descrença.

— Então por que você está aqui? — eu suspirei, mas cerrei a mandíbula, recusando-me a desviar o olhar.

Eu continuei olhando para ela por alguns minutos a mais, como se estivesse tentando memorizar os detalhes de seu lindo rosto. Talvez estivesse mesmo, caso eu nunca mais o visse.

— Eles estão vindo atrás de você, Natasha. Eu nocauteei a guarda avançada, mas Ross tinha rastreadores. Eles estarão aqui em breve. — o seus olhos se arregalaram mais um pouco enquanto ela olhava para mim com horror.

— Diana, o que você está fazendo? — ela sibilou. Ela olhou em volta ansiosamente.
— Se você me ajudar, eles virão atrás de você também. Eles vão te prender. Quem sabe onde eles vão te colocar, talvez na Balsa como colocaram a Wanda. — eu encolhi os ombros, com indiferença.

— Então eles vêm atrás de mim. — Natasha zombou de mim, cruzando os braços.
— O que você está fazendo, Natasha? Você precisa ir!

Eu caminhei até ela, empurrando-a levemente pelos os ombros. Ela recuou um passo, balançando a cabeça.

— Eu não vou deixar você fazer isso. — ela se manteve firme, com os braços estendidos ao lado do corpo, mas pronta para lutar.

— E eu de jeito nenhum vou deixar você ser pega! — cerrei os punhos, sentindo a onda de eletricidade através deles. Nós nos encaramos silenciosamente por mais minutos do que tínhamos de sobra.

— Você é tão teimosa... — ela murmurou. Eu sorri para ela. Eu sabia que ali eu ganhei.
— Pelo menos deixe-me nocautear você. — eu sorri para ela.

— Por que eu tenho a sensação de que você vai gostar um pouco demais disso? — ela não conseguiu esconder o sorriso desta vez.

— Ainda somos amigas, certo? — eu ri com ela.

— Isso depende do quão forte você vai me bater agora. — ela revirou os olhos para mim.
— Natasha... — ela olhou para mim por um minuto antes de torcer o nariz e balançar a cabeça.

— Eu sei.

— Eu estarei vendo você. Dê o seu melhor. — o seu sorriso foi a última coisa que eu me lembrei de ter visto antes do mundo escurecer diante de mim.

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Eu acordei em uma cela com um colar no pescoço e uma espécie de macacão. Eu respirei fundo. Valeu a pena.

Os meus dias seguidos na Balsa não foram divertidos, mas eu não fiquei lá por muito tempo, de qualquer forma. Depois de alguns breves sons de alarmes e do som de uma luta fora de nossos aposentos, eu vi um cabelo ruivo familiar e um sorriso bobo saltando em minha direção.

— Não conseguiu ficar longe?

— Eu senti a sua falta. — ela invadiu a cela de Wanda primeiro, ajudando-a a se levantar e libertando-a da 'coleira' que ela também estava sendo forçada a usar. Eu esperei pacientemente enquanto ela se certificava de que Wanda estava bem antes de se aproximar da minha cela. — Embora agora que estou te vendo, talvez eu deva simplesmente deixá-la aqui, que tal? — eu sorri e revirei os olhos para ela.

— Muito engraçado, Romanoff. Muito engraçado... — ela abriu a cela e me ajudou a tirar a minha coleira em seguida.

— Você está bem? — eu balancei a cabeça, cerrando os punhos, finalmente podendo sentir a eletricidade fluir de volta.

ᴡʜᴇʀᴇ ᴠᴏʀᴍɪʀ ʙʀᴏᴜɢʜᴛ ᴜꜱ ━━━ ʸᵉˡᵉⁿᵃ ᵇᵉˡᵒᵛᵃWhere stories live. Discover now