𝚋𝚎𝚖-𝚟𝚒𝚗𝚍𝚊 𝚊 𝚠𝚊𝚔𝚊𝚗𝚍𝚊.

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— Eu conheço um lugar.

Steve sempre foi bom com mensagens enigmáticas, mas o resto de nós não teve escolha a não ser segui-lo.

Tínhamos uma chance de tirar a pedra da cabeça de Visão e sabíamos que aquelas criaturas poderiam nos encontrar com bastante facilidade. Se Steve tivesse uma pista sobre algum lugar onde poderíamos ir para obter ajuda, o resto de nós seríamos todos ouvidos.

Natasha e eu nos entreolhamos com expectativa enquanto seguíamos caminhos separados para fazer as malas para a viagem. Foi bastante fácil, não tivemos tempo de desfazer as malas desde que chegamos do trabalho anterior. Ela parou na entrada do meu antigo quarto, olhando ao redor com um sorriso.

— Estranho estar de volta, não é? — ela sorriu enquanto eu pegava a minha mochila do chão, balançando-a por cima do ombro.

Olhei ao redor da sala antes familiar, encolhendo os ombros.

— Eu não me sinto mais em casa, eu acho... — eu olhei para ela, vendo um traço de tristeza aparecendo momentaneamente em seu rosto antes que o seu sorriso otimista, a sua marca registrada, o substituísse.

— Eu sempre pensei que casa não era um lugar, mas sim onde quer que a sua família estivesse.

Eu olhei para ela, sorrindo suavemente.

— Romanoff, é como se você tivesse amolecido comigo. — eu provoquei.

Ela revirou os olhos e eu a segui para fora do quarto enquanto íamos pegar a sua bolsa no corredor.

Ela olhou por cima do ombro para mim.

— Se eu amoleci é porque passei muito tempo cuidando de você. — ela gritou.

Eu ri, seguindo o seu passo familiar e determinado com facilidade.

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Estávamos no jato vinte minutos depois, preparados para o longo voo até Wakanda.

— É melhor você estar certo sobre isso, ou vamos pousar muito mais rápido do que você deseja. — Sam resmungou do assento do piloto enquanto Steve o observava ansiosamente por cima do ombro.

A essa altura, nada em Wakanda iria me surpreender, então Natasha e eu apenas aguentamos a viagem. Assim que encontramos T'Challa na área de pouso, nos separamos para identificar e trabalhar nas defesas de nossas respectivas estações.

Natasha e eu inicialmente seguimos Okoye, a General das Dora Milaje, até a sua reserva de armas. Eu tive que reconhecer e dar créditos as mulheres guerreiras, elas eram muito duronas.

Discutimos planos de batalha e garantimos que o nosso perímetro permaneceria seguro.

Quando alcançamos os outros, era apenas uma questão de tempo até que os capangas de Thanos nos encontrassem. Estávamos ficando sem tempo. Natasha ajeitou o colete pela milionésima vez, tirando algo de um bolso e transferindo para o outro. Eu sorri para ela, sabendo pela a expressão em seu rosto que ela estava pensando em sua irmã.

— Vamos fazer isso por ela, Natasha. — eu murmurei, agarrando a mão dela. Ela apertou de forma tranquilizadora.

— Vamos fazer isso por todo mundo.

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「 dias atuais 」

Quando eu acordei, por mais que já fosse mais tarde do que o habitual, Yelena estava deitada de costas, o cobertor enrolado em volta do queixo, o braço descansando preguiçosamente em volta do meu ombro enquanto eu babava em seu peito – ops.

Eu ouvi um som estridente que era um tanto familiar e me soltei do aperto de Yelena, aproximando-me da minha bolsa que estava no chão. Yelena sentou-se na cama, acordada pelo o meu movimento, imediatamente vestiu as calças e olhou para mim com expectativa.

— O que é isso? — ela apontou para a bolsa enquanto eu enfiava a mão dentro dela, pegando a caixa que guardei notoriamente no fundo.

Ele tocou quando eu passei a minha mão em torno dele, finalmente puxando-o da bolsa e abrindo a caixa. Miçangas de kimoyo. Wakanda. Coloquei-os no pulso, sorrindo quando uma figura apareceu imediatamente na minha palma. Yelena engasgou e deu alguns passos para trás, assustada com a tecnologia avançada.

— Como você está, Shuri? — eu perguntei à figura na palma da minha mão, que sorriu para mim da mesma forma estúpida.

— Eu ouvi dizer que você teve alguns problemas. Isso não parece nada com você, Diana. — sorri e gesticulei para Yelena, que caminhou em minha direção, olhando atentamente para a figura na palma da minha mão.

— Yelena, esta é Shuri, a princesa de Wakanda. — Shuri revirou os olhos ao revelar o seu título, enquanto Yelena arregalou os dela.

— Eu já enviei o quinjet do rei para o seu último local marcado, Diana. Eles deverão buscá-la em breve.

Eu sorri e acenei para Shuri.

— Obrigada pela carona. — ela sorriu e acenou em despedida.

— Te vejo daqui a pouco.

Eu olhei ao redor da cabana com carinho antes de pegar a minha bolsa e colocar as poucas coisas que havia desempacotado de volta. Yelena e eu olhamos para a cama e os cobertores bagunçados, e a peguei corando, mas ela desviou o olhar antes que eu pudesse fazer contato visual.

Ela pegou o meu dedo indicador com o dela quando passei por ela em direção à porta.

Esperamos do lado de fora até que as árvores começassem a soprar acima de nós, acenando para a nave ainda invisível acima de nossas cabeças. Quando finalmente pousou no campo e a rampa abaixou, duas Dora Milaje saíram da nave e eu sorri, batendo os antebraços nas duas como forma de saudação.

Yelena fez uma careta, mas me seguiu até o jato. Okoye saiu do assento do piloto e olhou para trás, para Yelena e para mim enquanto subíamos a bordo.

— Eu fico feliz em ver você novamente, Diana. — ela sorriu como saudação.

Eu fiz as apresentações necessárias e nos preparamos para a viagem de volta a Wakanda.

Durante a primeira metade da viagem, Yelena sentou-se ao meu lado. De vez em quando, ela passava levemente as pontas dos dedos sobre o meu joelho ou roçava as costas da minha mão com os dedos. Isso me fazia tremer todas as vezes. Mas antes que eu pudesse responder ou retribuir, ela se afastava, olhando para o outro lado do jato e recusando-se a fazer contato visual. Eu fiz uma careta, fazendo uma anotação mental para tentar lembrar de falar com ela sobre isso mais tarde.

Algumas horas depois, Yelena se levantou e atravessou o jato, sentando-se à minha frente. Eu fiz uma careta, mas não iria reclamar da sala adicional para me espalhar. Ficar sentada por longos períodos de tempo realmente não me agradou, e fiquei mais do que feliz em me alongar pelo o espaço que ficou só para mim depois que ela saiu. Eu observei o joelho de Yelena balançar para cima e para baixo durante o resto da viagem.

Assim que cruzámos a fronteira do espaço aéreo africano, Yelena levantou-se e começou a andar de um lado para o outro em vez de sentar. Observei-a cuidadosamente enquanto ela circulava pelo espaço no interior do jato. As mulheres guerreiras também a observaram com atenção. Elas ainda não tinham certeza do que fazer com ela, mas estavam dando-lhe um voto de confiança por cortesia e respeito por mim.

Eu sorri, lembrando do tempo que Natasha e eu passamos aqui. À medida que nos aproximávamos da área que reconheci ser a sede da cúpula, o ritmo de Yelena tornou-se mais frenético. Ela se levantou, segurando as costas do assento do piloto e do copiloto, olhando pelo para-brisa à nossa frente.

— Nós vamos bater. — ela murmurou secamente. Eu me levantei, apoiando a mão em seu quadril e ela pulou com o contato inesperado.

— Não, não vamos. — eu sorri para ela. Ela franziu a testa para mim e encolheu os ombros.

— Tudo bem... — eu observei os seus olhos se arregalarem de admiração quando passamos pela a entrada da cúpula, revelando a capital à nossa frente. — Uau... — ela murmurou, olhando por cima do ombro para mim.

Eu sorri.

Bem-vinda a Wakanda.

ᴡʜᴇʀᴇ ᴠᴏʀᴍɪʀ ʙʀᴏᴜɢʜᴛ ᴜꜱ ━━━ ʸᵉˡᵉⁿᵃ ᵇᵉˡᵒᵛᵃWhere stories live. Discover now