𝚖𝚎𝚖𝚘𝚛𝚒𝚊𝚕.

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— Parece que continuamos nos encontrando. — a voz de Natasha ecoou pelo o corredor, e eu girei lentamente no lugar, pegando a ruiva sorrindo para mim.

Eu estava na Torre dos Vingadores fazia alguns dias, e a única coisa em que sentia que estava me destacando era em me perder. Fiz uma pausa, permitindo que ela me alcançasse, o que ela fez com uma pequena corrida. Nós caminhamos juntas.

— Onde estamos indo? — ela perguntou quando eu virei a esquina para outro corredor que eu tinha a certeza de nunca ter visto antes.

— Cozinha. — murmurei, envergonhada. Ela parou de andar e eu olhei para ela, sobrancelhas levantadas, braços cruzados sobre o peito, um sorriso amarelo no rosto.
— O que?

Ela balançou a cabeça na direção oposta.

— É que a cozinha é por ali. — ela apontou simplesmente.

Eu grunhi, resistindo à vontade de bater o meu rosto na parede tamanha vergonha, sentindo as minhas bochechas corar.

Os seus olhos verdes brilharam em diversão.

— Eu nunca vou me acostumar com isso.

Eu resmunguei quando mais uma vez nós caminhamos juntas enquanto ela me guiava de volta pelo o corredor em direção aos elevadores.

Quando nos aproximamos da cozinha, ela gesticulou com um amplo movimento de mãos.

— E aqui estamos. — ela brincou.

Eu revirei os olhos.

— Obrigada. — em vez de sair, porém, Natasha entrou na cozinha atrás de mim e sentou-se em um dos bancos no balcão, me observando enquanto eu ia em direção à geladeira. Tirei o leite, que imediatamente deixei cair, espalhando o líquido branco e frio por todo o chão e meus pés. — Caramba! — eu sibilei.

Instantaneamente Natasha se levantou, me empurrando para fora do caminho e pegando um rolo de papel toalha. Eu imediatamente me senti mal, porque uma Vingadora estava limpando a minha bagunça.

— Você não precisa fazer isso. — eu rosnei, me agachando e começando a enxugar o chão com uma toalha de papel como ela estava fazendo.

Ela sorriu.

— Eu estou sempre arrumando a bagunça dos meninos, se eu continuar arrumando a bagunça da nova garota não será muito pior. — ela sorriu.

— Você é sempre assim tão legal com as pessoas? — eu sorri. Ela não me parecia o tipo, na verdade.

Ela encolheu os ombros.

— Eu não sei, você é sempre tão desajeitada? — senti o meu rosto corar novamente.

— Geralmente. — eu admiti.

Suas sobrancelhas se ergueram interrogativamente.

— Parece mesmo um bom momento para o resto de nós termos na Torre, uma meta-humana que controla a eletricidade, e que é uma grande desastrada.

Eu olho para ela.

— Cuidado, Romanoff. Posso enviar você para a próxima semana se mexer comigo.

Ela inclinou ligeiramente a cabeça, incapaz de tirar o sorriso do rosto.

— Tudo bem, Sparky. Venha treinar comigo algum dia, e veremos isso.

Eu ri, projetando uma confiança que eu só desejava que fosse real.

— A qualquer dia!

— Supondo que você consiga encontrar a sala de treinamento... — ela adicionou.

ᴡʜᴇʀᴇ ᴠᴏʀᴍɪʀ ʙʀᴏᴜɢʜᴛ ᴜꜱ ━━━ ʸᵉˡᵉⁿᵃ ᵇᵉˡᵒᵛᵃOnde as histórias ganham vida. Descobre agora