V (Parte 3)

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A caminho de casa vimos Xavier e o Rui a rir é a dizer:

— Será que eles já morreram? Adorava ver a cara do Jonathan e da Alice quando os encontrarem.

— Duvido... Não ouviste a explosão? Aqueles dois conseguem sempre safar-se. — responde Xavier, irritado.

— Pode-se dizer que sim. Eles estão mesmo atrás de nós. — diz Rui a apontar para nós.

Eu andei na direção deles com Richard e Maya colados a mim.

— Vocês são os dois loucos! Nós podíamos ter morrido! É isso que querem ser? Assassinos? — grito eu.

— Muito bem... Conseguiram-se safar, pensei que finalmente me fosse livrar de vocês, mas pelos vistos têm truques nas mangas... — diz Rui a ignorar completamente as minhas palavras

— Sim, temos! Já que não me queres ouvir então ficas a saber que não vais conseguir nada porque o bem vai sempre passar por cima. Não é um renegado como tu que nos vai vencer. Meteste-te com as pessoas erradas, não te esqueças que não vamos ficar sempre crianças. — avisei-o eu em tom de ameaça.

— Olha o pintainho quer voar. — riu-se Rui num tom irónico.

— Vamos embora daqui Rui. Penso que por hoje já chega ainda por cima há aquela treta de reunião hoje. — disse Xavier.

— Sim, o pintainho quer voar e qualquer dia consegue. — disse eu cada vez mais perto deles. — E isto é para veres que o pintainho já está a crescer.

Assim que disse isso, nem dei tempo ao Rui para reagir.

Dei-lhe um murro no estômago que fez com que ele voasse no ar durante uns longos metros. Xavier ajudou-o a levantar e atarantados saíram a correr, mas não antes de eu gritar em aviso:

— É bom que não se metam connosco novamente perceberam?

— Bem mano, isso foi algo lindo de ser visto! — disse Richard completamente estupefacto.

— Então é assim que resolvem os problemas agora? Andam a dar murros nas pessoas que vos intimidam primeiro? — perguntou uma voz vinda de trás de nós.

Virei-me e estava lá a Isabella.

— Desculpa Isabella, foi mais forte que eu. Tu viste o que eles fizeram na escola... Eles trancaram-nos na sala de aula com intensa de nos matar e aqui, na nossa cara, acabaram de nos dizer que nos querem matar, mas que pelos vistos não era fácil fazer isso. — defendi-me.

— Foram eles que fizeram isso na escola? Vocês não me chegaram a dizer... Tobias! Eu avisei-te que a vingança não era o melhor remédio... Lamento, mas vou ter de reportar isto que aconteceu e aposto que eles o vão fazer também. — informou Isabella.

Eu suspirei pela injustiça, mas mantive-me calado.

— Sim, foram eles. Espero que tomem atitudes em relação a isso. Nós vivemos num estado constante de terror e não conseguimos deixar de estar. Hoje podíamos ter morrido. Todos os alunos estavam na sala, não éramos só nós. Eles são alucinados, são perigosos. — Continuei eu a dizer. — E a escola?

— Quanto à escola... Bom! Fiquei lá até agora... A boa notícia é que os arquitetos já estão quase a terminar de arranjar as paredes, porta, material escolar e teto... As más notícias é que eles disseram que tinham de reportar os estragos. — explica Isabella. — Falei com o Jonathan, Alice e o Marcus e eles concordaram colocar anti encantamentos na escola para que nada assim aconteça de novo. — declarou Isabella.

Ela fez uma pausa a avaliar o meu humor e continuou a explicar a situação.

— Quanto a tomar atitude em relação ao grupo do Xavier, bom... Isso é decisão dos líderes, mas sem provas concretas do envolvimento deles não podemos fazer nada... Seria a vossa palavra contra a deles. — replicou Isabella. — Infelizmente vocês têm de ter noção que há provas contra vocês por destruição da escola e agora por bateres no Rui... — explicou ela.

Eu não podia acreditar no ultraje disto.

— O QUÊ? — gritamos nós três em simultâneo.

— Nós só fizemos isso porque era o único modo de conseguirmos sair dali sem morrer. Tínhamos de fazer isso para tentarmos chamar a tua atenção. Eu gritei por ti, mas não ouviste devido à magia... — explicou Richard a ficar pálido.

— O caso está aberto e a ser estudado, vão poder defender-se perante os líderes hoje na reunião. Agora vão andando. Vão para casa antes da hora e alimentem-se bem. — disse Isabella.

Nós três começamos a andar em direção a casa com os ombros descaídos e sem acreditar que podíamos estar prestes a ser castigados por algo que não era culpa nossa.

Chegamos a casa, almoçamos e fomos diretos ao pavilhão que era onde grandes reuniões aconteciam. Quando chegamos lá já estava quase cheio.

Estávamos prestes a sentar-nos na fila de trás a tentar passar despercebidos, mas Jonathan viu-nos e fez-nos sinal para irmos para a frente perto deles, e adivinhem, estava com ar de quem podia estrangular-nos ali mesmo.

— Vocês têm ideia da gravidade desta situação? O que eles fizeram vai ficar anulado pelo que fizeram. Eles apresentaram queixa do murro que tu deste ao Rui, Tobias, murro esse que lhe partiu três costelas só para saberes. — Ralhou Jonathan.

— Então e o que eles fizeram na escola que quase nos mataram? — perguntei eu a tentar controlar a raiva que sentia.

— Vai ficar anulado pela destruição de propriedade o que eu acho uma estupidez, mas são as regras. — respondeu ele. — Nunca devem resolver problemas fazendo o mesmo ou pior do que eles vos fizeram. É errado. Agora não podemos fazer nada quanto a isso. Apenas fiquem em silêncio e quando forem chamados falem apenas quando vos for perguntado algo e respondam ao que for perguntado nada mais, perceberam?

— Sim pai, vamos ser todos chamados um de cada vez ou só um de nós é que vai ser chamado? — perguntou o Richard a tremer.

— Só um vai ser chamado e vai ser o Tobias que foi quem deu o murro no Rui. — respondeu Jonathan. — Agora silêncio que vamos começar.

Os líderes dos outros campos e bases assistiam em forma de hologramas, a olharem para Jonathan à espera que ele começasse a falar.

— Obrigada a todos por virem, convoquei esta reunião porque tivemos uma denúncia de caso de bullying contra os meus dois filhos, no entanto, devido a acontecimentos recentes de resolver os problemas pelas próprias mãos o caso ficará anulado até provado o contrário e isso vai ser provado hoje. — começou Jonathan.

Eu suspirei e continuei a ouvir o que Jonathan tinha a dizer.

— Hoje também houve um incidente numa das nossas salas de aula. Uma turma inteira ficou presa na sala com um encantamento de calor e outro de prender os alvos no interior, Xavier e Rui foram acusados de terem sido os culpados por tal acontecimento, no entanto, foi feito um relatório de destruição por parte dos arquitetos que os alunos na sala fizeram na escola, fazendo novamente com que o caso fosse anulado até provado o contrário. — Começou Jonathan a falar.

Olhei a volta e vi Xavier e Rui a sorrirem por pensarem que se iam safar das culpas do ocorrido.

— Chamo aqui o Tobias, ele está acusado de agir contra o campo. — informou Jonathan e levantei-me e dirigi-me ao centro para o lado de Jonathan. — Caso seja acusado vai sofrer as consequências das suas ações. Vamos dar início! — iniciou ele e chamas apareceram à nossa volta dando início à sessão.

 Vamos dar início! — iniciou ele e chamas apareceram à nossa volta dando início à sessão

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Tobias agiu de maneira impulsiva e deu um murro no Rui. Será que as coisas vão correr bem?

Foram feitas várias acusações contra o Tobias e os garotos. Será que o julgamento vai ser a favor deles?

Tobias não parece nervoso mas veremos o que ele vai fazer.

Os Irmãos De Sangue: Um Encontro InesperadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora