XVIII

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O cheiro a queimado invadiu o meu nariz, chamas saiam pelo telhado do armazém e pela porta.

Maya entrou logo em ação e disse-nos em pânico:

- Temos de lançar todos juntos a magia aqua explosivo para conseguirmos apagar o fogo, mas tenham em atenção que isso nos vai esgotar muito.

- Vamos. Dêem as mãos. - pedi eu esperando que a magia fosse mais forte com a força dos três junta.

Demos todos as mãos e ao mesmo tempo gritámos:

- Aqua Explosio!! - uma onda gigante de água quase a parecer um tsunami subiu por cima do armazém e desabou nele.

O armazém manteve-se firme mas já com o fogo apagado e foi aí que vi que a porta estava escancarada e arrancada das dobradiças, pavilhão num autêntico caus pedaços de folha por todo o lado e um pequeno incêndio ainda em ação no caixote e claro a porta do cofre arrancada e todos os planos que estavam no seu interior tinham desaparecido, ou, como eu estava para adivinhar a serem queimados no caixote.

- Magna aqua fortis vi – gritou Maya para o caixote e um jato de água apareceu e apagou o fogo do caixote.

- Purgare – disse Maya apontado em volta da sala e todos os papéis, água, caixote queimado desapareceram.

- O que raio aconteceu aqui? Quem acham que fez isto? – perguntou Richard com tom de voz angustiado.

Eu ia falar para contar do meu sonho mas a Maya chegou à frente e falou primeiro.

- Não sei mas eu já volto. – disse Maya e saiu a correr.

- Onde é que aquela vai? Mano temos de fazer algo ou os pais e o Marcus chegam e vão dar de caras com um armazém vazio sem planos, sem nada. – disse Richard aos berros.

- Calma Richard. Eu tenho as folhas com os projectos do que decidimos fazer, só falta é fazer os planos novamente. Eu vou buscá-los entrego-te, tu começas a organizar e depois quando a Maya voltar ela ajuda-te com o resto. – começo eu a dizer. – Depois de sair daqui vou encontrar os líderes e avisá-los do que aconteceu. Eles vão ficar super revoltados mas a culpa não é nossa.

- Sim mano. Concordo vai lá eu fico aqui à tua espera. – respondeu Richard concordando com tudo.

Fui a correr até casa e quando encontrei os projectos saí a correr até ao pavilhão e entreguei-os a Richard que começou imediatamente a trabalhar.

Corri à procura de Alice e Jonathan e encontrei-os em casa de Marcus com ele e Isabella.

Quando me viram abriram um sorriso mas logo ficaram com ar apreensivos e Isabella perguntou:

- Então Tobias que se passa?

- Alguém assaltou o armazém, destruí-o e destruiu também todos os planos que nós já tinhamos feito e organizado. Não temos nada. – disse eu a olhar para o chão à espera dos gritos deles.

- Como assim não têem nada? Isso é completamente negligente! Demos um trabalho e vocês não tiveram o mínimo cuidado com isso! – perguntou Jonathan tom raiva na voz.

Eu olhei para cima e vi os olhos dele vermelhos de raiva e baixei rapidamente a cabeça outra vez.

Era super injusto a maneira que estávamos a ser tratados mas quando ele estava com os olhos assim cobertos de raiva e principalmente com raiva de nós acho melhor ter cuidado com o modo como falamos...

- Nós trancámos tudo e trancámos os planos dentro de um cofre com código e tudo!! Eu juro... Alguém arrombou a porta e rasgou tudo e pôs as coisas a queimar no caixote! O que depois causou um incêndio que já estava a sair pelo telhado do armazém! – comecei eu a dizer mas acabei a frase a gritar irritado.

Os Irmãos De Sangue: Um Encontro InesperadoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz