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Algumas semanas ignorando toda situação que Latrelle voltaria a traficar com os profetas, depois de todo trabalho que eu tive para tirá-lo da prisão, de alguma maneira, eu me sentia desvalorizada, meus esforços foram esquecidos.

(...)

Ao vê-lo passar pela porta, mantendo meus olhos em direção a caixa que deixei em cima da mesa, sinto seu beijo em minha bochecha, enquanto o escutava falar:  —"Amor, pra aonde você quer ir hoje? É nosso aniversário de namoro!"

Pensativa, o encaro fixamente, logo notando a frieza em meus olhos, antes que ele pudesse perguntar, falo de maneira rude: —"Até quando você vai continuar mentindo pra mim, Latrelle?"

Ele me encara e me questionando:  —"Sobre o que se refere, Layla?"

Mordendo meus lábios, deixando algumas lágrimas cair mas logo enxugando:  —"Você voltou pra gangue e está fazendo vendas de coisas ilegais?"

Latrelle abaixa a cabeça, rangendo seus dentes com raiva de si mesmo e falando:  —"O bar que estava trabalhando foi fechado, a Rebecca precisava de alguns remédios!"

O encaro, me segurando sobre a mesa e dizendo: —"Você sabe que eu posso ajudar com tudo em relação a Rebecca, poderia ter me pedido!"

Latrelle me encara envergonhado e falando: —"Que tipo de homem eu seria, Lay? Isso aqui é a porra de Los Angeles, é o que tem pra oferecer. Três condenações em minha ficha, um cara negro que pode acabar de novo dentro do sistema, é a minha vida!"

Dou um suspiro longo, limpando meus olhos a cada lágrima: —"Você está indo pelo caminho mais fácil... Você preferiu mentir pra mim ao invés de pedir minha ajuda?! Eu falei com um amigo que trabalha em agência de esporte, como você gosta de basquete, ele topou em te dar o emprego lá!

O Notando ficar surpreso com a minha atitude, tentando se aproximar de mim, me afasto rapidamente e falando: —"Não... Dessa vez não Latrelle! Vo teve a escolha de não mentir, de fazer do jeito certo, e você preferiu me deixar de lado, todo meu esforço e sacrifício!"

Latrelle segura meu rosto, apertando com força: —"Amor, me perdoa... Eu estava com vergonha e meu ego não me deixou...!"

O escutando, olhando em seus olhos e tentando conter minhas emoções, ficando cada vez mas distante, pegando a caixa que estava na mesa, o entregando e cortando suas desculpa com a voz falha: —"Terminamos... Aqui está tudo seu, todas as fotos quando éramos crianças, CDs de rap favoritos, livros e cartas, a papelada do seu caso e a sua oferta de emprego! Tudo nessa caixa, está na hora de fechar esse ciclo e recomeçar...Você conhece a saída, Latrelle!"

Lágrimas começaram a ser derramada de seu rosto, olhando pra caixa e percebendo que realmente eu estava disposta a dar um ponto final.

ON MY BLOCK: OS PROFETASWhere stories live. Discover now