CAPÍTULO 32

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   Nós nadamos até uma parte da praia um pouco mais afasta de onde o resto das barracas ficam, e como já está escuro, podemos nos transformar bem perto da terra firme mesmo.

     — Aquela é a minha barraca. — Aponto para a barraca vermelha solitária, um pouco mais afastadas das outras. Wyatt segue o meu olhar e assente levemente com a cabeça, enquanto sacode os braços para se livrar da umidade excessiva. Na forma humana ele está com uma daquelas sungas de sempre, que o deixam tão gostoso que é praticamente impossível não soltar um suspiro baixinho toda vez que encaro seu corpo lindo.

     — Vamos? — Agarro a sua mão e começo a puxa-lo em direção a barraca, olhando atentamente para todos os lados para saber se há alguém se aproximando.

      Assim que chegamos na barraca, faço Wyatt entrar nela, e depois faço o mesmo, fechando o zíper logo em seguida. Lhe Observo sem sequer piscar os olhos, enquanto meu tritão analisa cada centímetro da barraca, os meus cobertores, as minhas malas, e a minha pilha de livros, onde ele pega um deles e começa a folhear com curiosidade.

      Eu pego uma toalha branca e engatinho até ele, antes de enxugar o seu cabelo loiro e deixá-lo completamente bagunçado. Solto uma risadinha baixinha e continuo secando o seu dorso, enquanto Wyatt solta um grunhido, mas não me impede de fazer isso.

     — Suas coisas são... Legais. — Ele diz, apontando para os livros. Tinha esquecido que ele gosta de colecionar coisas humanas.

      — pode ficar com eles, se quiser. — Aponto para os livros, mas ele nega levemente com a cabeça.

     — Não tem como levá-los para a ilha sem molha-los. — Wyatt dá de ombros, então eu não resisto e me jogo nele, abraçando-o com força.

      — Eu te amo, Wyatt. — A frase sai de mim como um sussurro quase inaudível, e me deixa tão surpreso quanto provavelmente deixou Wyatt. Existe uma grande diferença entre amar e estar apaixonado, certo? Amar parece ser tão mais... Profundo.

      E eu não me arrependo de ter dito isso. Nem um pouco. Nem um pouquinho sequer.

     — Eu também de amo, Luther. — Wyatt sussurra de volta, enterrando seus dedos longos no meu cabelo bagunçado.

      Nós ficamos assim por um longo tempo, nos abraçando e apenas ouvindo a respiração um do outro (e ocasionalmente algumas risadas vindas do acampamento). Até que eu finalmente me afasto um pouco dele e solto um suspiro longo.

      Vou até minha mochila e começo a procurar umas roupas para ele. Nós temos mais ou menos o mesmo físico, então a maioria das minhas roupas serve para ele. Por fim, pego uma cueca Boxer minha, um calção azul e um moletom surrado com capuz, que vai ser perfeito para deixá-lo um pouco escondido.

     — E-eu vou sair para você trocar de roupas. — Gaguejo, sentindo minhas bochechas arderem só de imaginar ele completamente pelado aqui dentro da minha barraca, e vestindo as minhas roupas.

     — Okay. — Wyatt pega as roupas das minhas mãos e assente levemente, então eu saio da barraca e fecho o zíper.

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O BEIJO DO OCEANO (COMPLETO)Where stories live. Discover now