Capítulo 59

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Na sala de espera do hospital, o silêncio era pontuado apenas pelo zumbido ocasional de máquinas e o eco de passos distantes. As paredes brancas e o cheiro de antisséptico reforçavam a atmosfera de tensão. Camila, Veronica, Sinu, Clara e Taylor encontravam-se reunidas em uma pequena ilha de preocupação e ansiedade em meio à rotina controlada do hospital. Lauren havia sido levada para o centro cirúrgico logo após ser resgatada, deixando todos os familiares em um estado de espera angustiante.

Camila sentou-se ao lado de Verônica, o rosto pálido refletindo a luz fria da sala. Com a voz embargada pela preocupação, ela compartilhou uma notícia que trouxe um leve suspiro de alívio ao grupo:

— Eu liguei para a equipe médica de Lauren e consegui que eles viessem para Miami imediatamente. - Sua iniciativa era um pequeno farol de esperança em meio à tempestade de emoções que as cercava.

Veronica, com os olhos marejados, olhou para Camila antes de desviar o olhar para suas próprias mãos entrelaçadas.

— Ela vai precisar de tanto apoio psicológico para lidar com tudo isso... principalmente com a morte de Warren. - Disse ela entre suspiros, sua voz trazendo à tona o peso da situação.

A menção de Warren acrescentou uma camada adicional de tristeza ao já pesado ambiente, lembrando a todos da complexidade dos eventos que levaram à hospitalização de Lauren.

Sinu, com a mão sobre a de Camila, ofereceu um olhar reconfortante, enquanto Clara permanecia em pé, de braços cruzados, olhando para o nada, como se tentasse encontrar respostas no vazio. Taylor, por sua vez, caminhava de um lado para o outro, uma manifestação física de sua inquietação interior.

Juntas, mas cada uma perdida em seus próprios pensamentos, refletiam sobre a fragilidade da vida e a importância do apoio mútuo em momentos de crise. A espera pelo término da cirurgia de Lauren era um teste de resistência emocional, um período em que o tempo parecia distorcido, estendendo-se indefinidamente.

O silêncio entre elas era um acordo tácito de solidariedade, uma promessa silenciosa de que, independentemente do que o futuro reservasse, elas estariam lá umas pelas outras, unidas pela esperança e pelo amor inabalável que sentiam por Lauren. À medida que as horas passavam, a ansiedade se misturava com a determinação, um lembrete de que, mesmo nos momentos mais sombrios, a força do espírito humano e o calor da amizade poderiam iluminar o caminho para a recuperação.

A atmosfera já carregada na sala do hospital tornou-se ainda mais densa com a chegada do chefe da polícia. As cinco mulheres, já imersas em suas próprias preocupações, voltaram-se para ele, antecipando as novidades que traria sobre o caso de Lauren. Thomas, com uma expressão séria que raramente deixava seu rosto, começou a compartilhar as atualizações que, de uma forma ou de outra, impactariam a todos eles profundamente.

— Boa noite a todas. Tenho algumas atualizações importantes sobre o caso. - Thomas falou com tranquilidade

— Por favor, diga que são boas notícias. - Disse Camila, se sentindo aflita.

— Michael e Christopher foram interceptados e estão presos. Eles vão prestar depoimento amanhã. - Ele informou rapidamente

— Eles têm chance de responder em liberdade? - Clara, movida por uma mistura de preocupação materna e ansiedade, perguntou imediatamente sobre a possibilidade de eles responderem em liberdade.

— Não, senhora Jauregui. Devido ao alto potencial de fuga, consegui um mandato de prisão preventiva para ambos.

— Isso é um alívio, apesar de tudo. - Apesar da complexidade dos sentimentos envolvidos, ao saber que se tratava de seu ex-marido e seu filho, Clara sentiu um certo alívio.

ResentmentWhere stories live. Discover now