𝚃𝚁𝙸𝙶𝙴𝚂𝙸𝙼𝙾 𝚀𝚄𝙸𝙽𝚃𝙾

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(esse é o meu capítulo favorito da história inteira até agora então a meta vai ser de 400 comentários porque eles merecem! A Bruna merece! Inclusive: escrevi escutando a música tema deles “Aladdin” do Delacruz, então coloca pra repetir no fone e b...

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(esse é o meu capítulo favorito da história inteira até agora então a meta vai ser de 400 comentários porque eles merecem! A Bruna merece! Inclusive: escrevi escutando a música tema deles “Aladdin” do Delacruz, então coloca pra repetir no fone e boa leitura)

𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀𝐍
São Paulo — Casa do príncipe
~ mas já sabe que seu lugar é...

As palavras dele me machucam um pouco. Acho que é literalmente a primeira vez que alguém além dos meus familiares percebe o que realmente ando sentindo.

“Você finge, Vivian”.

Quem não finge uma vez ou outra? É muito mais fácil soltar um “sim” quando te perguntam se tá tudo bem do que falar um não, explicar o motivo e ter uma porrada de dedos apontados na sua direção, sabe?

—Eu não posso dormir aqui, Veiga — Falei sem conseguir voltar a olhar pra ele.

—Meu Deus — Ele suspirou — Acabamos de colocar um ponto final nessa discussão.

—Não dá, tá bom? Entendo o seu motivo pra querer que eu fique, mas não posso — Limpei a garganta.

—Você não vai. Eu não vou deixar você sair da minha casa, de madrugada, debaixo de chuva e sozinha. Não vai rolar — Ele negou veementemente.

O problema é que...

Se o irmão dele não estivesse aqui eu ia passar a noite toda virando na cama do quarto de hóspedes. Sozinha. Ninguém ia perceber, escutar ou assistir enquanto eu enlouquecia aos poucos. Se for dormir no quarto dele é diferente.

Sabe quando você coloca feijão pra cozinhar na panela de pressão? De início a panela tá normal até a água começar a ferver, ferver e ferver, então ela explode. Tô me sentindo assim o dia inteiro, parece que tô fervendo e Deus sabe o que pode acontecer quando explodir.

E não tô conseguindo mais. Não tô conseguindo ser tão boa fingindo perto dele.

—Me leva pra casa, então. Ou chama alguém da sua confiança — Pedi.

Nossos olhares se encontram e posso jurar que ele está tão sem ar quanto eu.

—Porque você tem tanto medo de mim? Eu não vou te machucar — Passou a mão pelo cabelo, exasperado.

—Eu sei que não vai — Um bolo começou a se formar na minha garganta — Mas eu vou. Eu vou te machucar.

Silêncio.

—Não sei o que tá passando pela sua cabeça agora, mas você dormir comigo uma noite não vai me machucar — Chega mais perto — É sua uma noite, tá bom? Não tem como acontecer nada.

Ele é tão cheio de boas intenções que fica difícil dizer não. E eu sei que ele tem razão. Sobre tudo. Sobre eu não poder ir sozinha de madrugada, sobre ter escolhido vir pra cá porque seria um gatilho estar em casa junto como Zé e as crianças. Eu sei.

𝐒𝐄𝐌 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐒𝐀𝐒 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Where stories live. Discover now