𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐍𝐀𝐎 𝐀𝐂𝐑𝐄𝐃𝐈𝐓𝐀 em casamentos, família feliz e relacionamentos duradouros. Raphael sonha em ter filhos. Bruna adora festas, baladas, aproveitar a vida. Raphael gosta de ficar em casa, tocar violão e ter tempo de qualidade com quem...
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𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀𝐍 São Paulo — Casa do príncipe ~ compartilhe algo sincero
—Vai, você primeiro — Falei, espalhando as cartas sobre o sofá.
—Claro que não. Sou um cavalheiro, primeiro as damas — Ele diz, pegando mais um punhado do amendoim que abriu.
Sério. Que fome toda é essa? Não parou de mastigar desde que abriu o pacotinho.
—Tãoooo príncipe — Lhe mostrei um sorrisinho — Tá pronto?
—Responde você, princesa. O tempo que tá demorando já dava pra ter puxado umas dez cartas — Solta uma risadinha e olha pras cartas dispostas no sofá.
É que ainda tô com um pé atrás. Misturei a maioria dos jogos e só deixei pra trás as cartas que precisavam de bebida, mas tem coisas aqui que não são só sacanagem.
—Hum... — Puxei uma carta e virei, lendo o conteúdo antes de dizer em voz alta — Você já transou com alguém do mesmo sexo?
—Não? — Ele apertou os olhos — E você?
—Depende. Eu já dormi com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, uma delas era mulher. Conta? — Lhe mostrei um sorrisinho enquanto ele engasgava com o amendoim e ficava vermelho — Calma aí, príncipe. Foi chocante a esse ponto?
—Acho que conta — Ele tenta disfarçar e puxa mais uma carta — Nossa ainda bem que não inventei de jogar esse jogo com outra pessoa, que parada mais estranha.
—Você não tinha intimidade o suficiente com a sua ex? Sério? Umas perguntas tão... — Fiz careta, ele passou um tempo me encarando antes de desviar o olhar pra carta de novo.
—Peguei uma verdade — Coça a garganta — Qual foi a coisa mais ilegal que você já fez?
—Hum... Depende. Muito atentado ao pudor, com você inclusive — Soltamos uma risada — Uma vez fui pega comprando bebida com identidade falsa — Apertei os lábios.
—Que garotinha terrível você erae — Ele ri e empurra o baralho em minha direção.
—Nem vou perguntar se você tem ficha na polícia. Tão certinho que com certeza seu primeiro atentado ao pudor foi aquele dia no carro — Brinquei, puxando outra carta — Que interessante — Cocei a garganta e olhei pra ele de cantinho.
—Hum? — Ele ergue uma sobrancelha, parecendo curioso pra saber o que tirei.
—É um desafio — Apertei os olhos — “Tire uma peça de roupa íntima e presenteie um jogador” — Li devagar, observando tudo nele mudar aos poucos — Então tio Veiga... Quer que eu tire a calcinha ou o sutiã?
—Eu posso escolher, princesa? — Ele morde o lábio inferior e diz: — A calcinha.
—Hum... Me deixa pensar — Fiquei de joelhos no sofá, observando os olhos dele descerem pelo meu corpo — Não, Veiga. Dessa vez, não.