𝙳𝙴𝙲𝙸𝙼𝙾 𝚀𝚄𝙰𝚁𝚃𝙾

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𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀𝐍
São Paulo — CT do Palmeiras
~ manda a localização

—Não sei se confio em você tão perto assim do pneu do meu carro — Raphael Veiga diz assim que me vê.

Minha reação é erguer uma das sobrancelhas e afastar o corpo do carro de luxo dele.

—Eu não faria isso, você é minha carona hoje — Lhe mostrei um sorriso, tentando não prestar tanta atenção assim. Só que... Meio impossível.

Acho que essa é a primeira vez que o vejo usando uma roupa normal. Camisa branca, short neutro, dunk low nos pés. O jeito que puxa a barra da camisa pra baixo enquanto faz a volta no carro parando na minha frente me deixa meio coisada.

—Acho que não dá pra chamar de carona — Ele aperta os olhos — Você vai entrar, mas não sabe exatamente onde vai sair.

O corpo dele se projeta pra frente e nossos peitos quase se encostam enquanto ele abre a porta do carona pra mim.

Fico um pouco sem fala. Quer dizer... Eu podia perguntar se era um sequestro ou algo do tipo, mas nossos olhares se encontram no meio do caminho e esqueço o que estava planejando falar.

—Que cavalheiro, tio Veiga — Mordi um sorriso enquanto ele revira os olhos e dá um passinho pra trás — Não esperava outra coisa vindo de você.

—Entra no carro, Vivian — Aperta os olhos.

—Ou? — Apertei os lábios pra controlar a risadinha.

—Sabe que o Zé tá por aqui ainda, né? — Ele ergue uma das sobrancelhas — Qual seria a reação dele se te visse sentadinha no banco do meu carona?

Aposto meu salário de estagiária inteiro que o Zé tá igual um louco me procurando lá dentro. Mandei uma mensagem mais cedo dizendo só um “vou sair depois daqui” e pela barra de notificação li as que ele mandou de volta.

“Vai pra onde?”

“Com quem?”

“Eu te levo”

Foi minha vez de revirar os olhos e entrar no carro com uma risada vindo dele. E juro, é passar o cinto de segurança que meu celular vibra. Uma, duas, três vezes. Um monte de mensagem do Zé agindo como se fosse meu pai.

Digito um “aproveita velhote, chama a gostosa da Tamires pra dormir em casa de novo. Cuidado com meus porta-retratos 👀” e envio.

Assisti pelo canto do olho o jogador entrar, passar o cinto de segurança e dar partida no carro. Um misto de ansiedade e algo a mais começa a se acumular ao pé da minha barriga. Fico gelada.

No meu colo meu celular não para de vibrar. Ele percebe. Lança algumas olhadinhas pra lá vez ou outra. Porra. Porque o Rafa não para de me mandar mensagem? Isso me deixa com a consciência pesada. Não que eu deva alguma explicação da minha vida pra ele, mas é assim que a gente funciona desde os primórdios. E saber que tô fazendo algo que ele me aconselhou a não fazer e esconder isso me deixa mal.

𝐒𝐄𝐌 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐒𝐀𝐒 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Where stories live. Discover now