𝚃𝚁𝙸𝙶𝙴𝚂𝙸𝙼𝙾 𝙿𝚁𝙸𝙼𝙴𝙸𝚁𝙾

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𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀𝐍
São Paulo — Dois dias depois
~ parece bem mais do que uma regra

—Posso usar seu carro agora de manhã? — Pedi assim que coloquei os pés na cozinha.

—Ué, vamos pro mesmo lugar todos os dias — Ele observa.

É... Menos hoje.

—Na verdade eu tenho uma consulta — Apertei os lábios — Não tem como você pegar uma carona com alguém?

—Porque não me avisou antes, pirralha? Nossa, você me estressa e não são nem outro horas ainda — Ele revira os olhos, mas tira a chave da riata da calça e joga pra mim.

—Você tá muito nervosinho — Fiz careta — Não tá vendo a Tamires esses dias?

—Não tem nada a ver com a Tamires — Ele murmura, abrindo a geladeira e enchendo uma xícara inteira de leite. Juro. Até hoje não entra na minha cabeça como um homão desses tem o paladar completamente infantil.

E é lógico que sei que não tem nada a ver com a Tamires. Tem a ver com o Heitor, a Helena e principalmente a Stephany. Até o Endrick percebeu que o churrasco duas noites atrás foi uma desculpa pra não acabar sozinho na sala mais uma vez. Tô começando a ficar preocupada já.

E por falar no churrasco...

Eu voltei.

Voltei pra cozinha depois de passar uns 15 minutos jogando água gelada na marca que ele tinha deixado no meu rosto. Sério. Dava pra ver os cinco dedos dele. Sou branca, qualquer peteleco mais forte fica vermelho, imagina tapas.

Pra completar ainda precisei jogar o cabelo pra um lado só e mentir dizendo que a Mirtes me alugou tanto a orelha que ficou ardendo. Tudo isso pra poder ficar com a mão na cara um tempão até a bendita da marca começar a sumir.

Enquanto isso ele ficou lá... Largado na mesma cadeira de antes, braços cruzados, sem olhar pra mim o resto da noite toda.

Tô com raiva até hoje.

Ainda vou dar um jeito de me vingar e pensar em algo bem apocalíptico pra fazer ele pagar a língua tanto quanto eu. Ah, se vou.

—Se cuida — Passei meu braço pelo tronco do Zé — Não tô gostando de te ver assim tristinho pela casa, hein?

—Tá carente, pirralha? — Ele ri, mas me abraça de volta — O pastor não tá dando conta?

—Nossa, precisava me lembrar dele? — Fiz uma careta e me afastei — Mas sabe que ele é bom?

—Orando? — Zé franze o cenho.

—Orando eu não sei, mas ajoelhado ele manda bem — Abri um sorrisinho.

𝐒𝐄𝐌 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐒𝐀𝐒 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Where stories live. Discover now