69 - 𝓓𝓪𝔂𝓻𝓸𝓵 / 𝕮𝖆𝖗𝖆𝖞

ℳℯ𝒹ℴ

Eu saio do escritório após me despedir de Maite, eu não sei oque está acontecendo com Dayane, o porquê dessa frieza toda, ela está me enlouquecendo.

Será que após 6 anos o relacionamento esfriou na cabeça dela?

Será que ela não me ama mais?

Será que ela não sente mais atração por mim?

Será que ela realmente quer o divórcio?

Eu sinto que Maite sabe oque está acontecendo, mas não quer me falar, e isso está sinceramente me enlouquecendo. Me sinto tão sozinha.

Dói muito a minha drogada se afastar assim, do nada. Eu quero saber oque está acontecendo, será que nem isso eu posso mais?

Escuto alguém bater na porta de casa, espero que seja Dayane, corro para a abrir, mas não tem ninguém, apenas um bilhete no chão, eu o pego.

"Estou solto, gatinha. Senti saudades."

Meu coração acelera, eu pego o bilhete e fecho a porta, trancando a mesma.

Solto? Solto de onde? Quem é essa pessoa? A "gatinha" sou eu ou Day?

Até que percebo enfim, Dylan esta Solto. Eu fecho as portas, janelas, tudo que for possível, ligo pra Dayane e ela não atende, decido ligar para Maite.

– Mai, ainda está no escritório?

– Claro que sim, a Dayane me falou que você quer o divórcio, você realmente quer isso? Tipo assim... sei de tudo que está acontecendo, mas não vale a pena um divórcio, a Dayane talvez só esteja passando por algo que a deixe preocupada.

– Isso não é importante agora, avisa ela que eu preciso falar com ela, o mais urgente possível, por favor.

– Eu liberei ela para ir dormir em casa, já que ela virou a noite no escritório. Ela não está aí?

Meu coração se desespera, e agora? Oque eu faço? Eu não tenho como falar com ela, estou sozinha em casa, totalmente desprotegida.

– A quanto tempo isso?

– Isso oque?

– Que você liberou ela

– duas horas

– Duas horas??

– sim.

– Maite, eu sei que você é minha amiga, mas também é dela. Você sabe me dizer se ela esta me traindo?

– Da onde você tirou essa ideia Caroline?

– Ela está, não é? Você só não quer me falar.

E antes que eu perceba, já estou chorando, me sento no sofá, me sinto uma peça sobrando em um grande quebra cabeça.

– Ela não está te traindo.

– Então oque está acontecendo?

– Eu não posso te falar, mas tenta falar com ela.

– Maite, você não entende, eu já falei, eu já implorei para que ela me contasse, e ela some, me ignora.

– isso é assunto de vocês, vou tentar ligar pra ela e falar pra ela ir pra casa.

– tá bom.

Eu desligo a ligação, o medo toma conta de mim, e agora? Se Dayane não vir para casa, oque pode acontecer? Eu não quero ficar sozinha, nunca gostei disso, principalmente agora que estou com  medo.

Eu olho para o bilhete, e olho novamente, meu celular toca e eu atendo

– Ruiva?

– Day, vem pra casa, por favor. - minha voz acaba vacilando, demonstrando o medo e o choro

– Você tá bem?

– Só vem pra casa.

– 15 minutos estou aí.

– Tenta ser rápida.

– oque tá acontecendo? Você tá bem? Me fala oque tá acontecendo

– O Dylan..

– filho da puta.. - escuto Day sussurar – Eu tô indo.