𝕷𝖎𝖛𝖗𝖊

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As praias desse lugar são tão maravilhosas, com um clima tropical, mar limpo com águas cristalinas, areias brancas, tudo de mais lindo que você possa imaginar. Nunca estive em um lugar tão lindo antes, tudo tem cheiro e vibe de praia. (Vocês sabem oque é cheiro de praia né? Ou eu que sou louca?).

Deixamos nossas malas no Hotel, que tem uma varanda com vista para a praia, simplesmente incrível.

– Gostou da vista, meu amor? - Carol diz me abraçando por trás, deve ter percebido que não paro de olhar pela varanda praticamente desde que cheguei.

– Eu me sinto no paraíso. - digo sorrindo, e é a mais pura verdade, eu me sinto em um paraíso.

Você imaginou os fogos de hoje a noite?

– Meu Deus, vai ser tão lindo!

– Vai mesmo, e vai ser mais bonito ainda nosso beijo na virada.

Sorrio e me viro para trás, a abraçando, logo dou um selinho em seus lábios, nós duas estamos sorrindo.

– Obrigada por tudo, minha paty.

Não precisa agradecer, eu que agradeço por estar aqui comigo.

Você sabe que não estou com você por interesse, não sabe?

– É óbvio que eu sei, nem se preocupe com isso. Um dia você vai ter tanto dinheiro quanto eu, vai ser uma super hiper mega foda advogada, e além disso vai ser a esposa mais gostosa desse mundo. Porque você é foda e é gostosa, faltou a parte de terminar a faculdade e ser uma advogada de sucesso que sei que vai conseguir ser e a parte de esposa.

– E se eu não conseguir?

– A parte da advogada ou da esposa?

– Da advogada.

Você vai conseguir. Porra, você entrou com uma bolsa de estudos em Harvard, uma das faculdades mais fodasticas do mundo, você estuda casos criminais desde pequena, você acha que não vai conseguir mesmo assim? Meu amor, você é a pessoa mais foda, estudiosa e fantástica que eu conheço. Você vai conseguir.

Eu me sento na cama mascia, coberta por lençóis, travesseiros e almofadas brancas, olhando para Carol e sorrio.

Paro por um segundo para olhar em volta. A porta da sacada é uma porta de vibro, que abriga uma parede inteira, dando ampla vista do mar. Do lado da cama tem a comoda e o quarto é repleto por quadros, que tem fotos da praia desde 1940, a cada década é tirada uma foto. Dando para perceber as diferenças no meio ambiente, nas roupas de banho entre outros quesitos. Na outra parede é uma porta para o banheiro, um grande armário, a porta para fora do quarto e uma televisão imensa.

Esse quarto deve ter sido super caro, eu não queria que Carol gastasse tanto assim.

– Esse quarto foi super caro, ?

– Eu não me importo com dinheiro.

– Caroline, mas eu me importo. Eu não quero que fique gastando dinheiro comigo.

Ela suspira e olha para mim, não consigo descrever se o olhar dela é um olhar triste ou zangado, mas sei que não é um olhar bom.

– Quantas vezes Dayane? Quantas vezes eu tenho que repetir que eu quero você comigo, que eu quero gastar com você, que eu não me importo de gastar com você. Se estamos aqui, é porque temos condições de estar. Eu não te acho interesseira, até porque quem deu a ideia de viajar fui eu. Mas se você ficar insistindo nisso, nossa viagem vai ser uma merda e a gente vai sair daqui brigadas, é isso que você quer?

Eu não sei oque responder, estou errada e eu sei disso, mas simplesmente estou convencida do fato de eu não estar atrapalhando.

– Eu não quero que nossa viagem seja uma bosta, eu não quero ser um peso.

Você não é um peso.

– Me desculpa.

Está tudo bem. Desculpa por ter gritado com você.

Eu me levanto e abraço ela, ela corresponde, meus braços envolvem sua cintura e os dela envolvem os meus ombros, nos damos um selinho demorado.

– Vamos aproveitar o mar?

– Vamos!

Então nos separamos do abraço, abrimos nossas malas e pegamos os biquínis. Eu pego um biquíni preto e Carol um azul, ajudamos uma a outra a amarrar o tecido para não correr riscos de soltar e também passamos protetor uma no corpo da outra.

Eu coloco uma saída de banho preta por cima do corpo, Carol coloca uma saia branca, fazendo um constrate perfeito com o biquíni azul escuro. Pegamos coisas como o celular, caixinha de som Bluetooth, livros (Carol está lendo "É assim que acaba" e eu estou lendo "Os sete maridos de Evelyn Hugo", pegamos óculos de sol, o protetor solar e algumas frutas para comermos na areia, toalhas de banho e toalhas para colocarmos no chão e sentarmos. Então vamos para a areia e aproveitamos a vista lendo, escutando músicas, dançando, mergulhando, sem medo doque os outros vão pensar e falar, nunca me senti tão livre assim na vida.

69 - 𝓓𝓪𝔂𝓻𝓸𝓵 / 𝕮𝖆𝖗𝖆𝖞Where stories live. Discover now