69 - 𝓓𝓪𝔂𝓻𝓸𝓵 / 𝕮𝖆𝖗𝖆𝖞

s̸𝓮𝓾 𝓠𝓾𝓪𝓻𝓽𝓸?

P̸O̸V̸: 𝓒𝓪𝓻𝓸𝓵!

"Intocável, intocável
estou me sentindo
Intocável, intocável"

Chego na faculdade com 5 malas, definitivamente não sei como consegui carregá-las até aqui, vejo um moreno alto e com músculos definidos vindo até mim, com um sorriso iluminante, ele é bonito, não posso negar.

- Olá gatinha, quer ajuda com as malas?

Dou um sorriso amigável para ele.

- está fazendo isso somente para descobrir aonde é o meu dormitório? - Homens, todos iguais, nem um pouco imprevisível.

- Talvez?

Ele diz com um sorriso safado e se aproxima de mim, deixando nossos corpos próximos. Já percebi que é um safado, mas não importa, afinal parece saber oque está fazendo, e para mim, se fizer um sexo bom já me ganha (nunca tive um sexo realmente bom, já fingi diversos orgasmos, cheguei até mesmo a me perguntar se eu era hetero mesmo, mas definitivamente sou... né?).

- Me ajude com as malas, por favor. - Digo sem cerimônias, não estou afim de fazer joguinhos de desinteresse, apenas quero me divertir aqui, nada sério, e se eu ficar mal falada, quem se importa? É sempre bom terem doque falar no primeiro dia de aula, e prefiro ser conhecida como "a vadia" doque simplesmente não ser conhecida.

Ele sorri e pega 3 malas, me deixando apenas com duas, e então começamos a nos falar.

- qual é o número do dormitório?

- Sessenta e nove.

- Ah o famoso meia nove, a lenda diz que nesse quarto acontece coisas inexplicáveis.

Eu o olho sem entender e então pergunto:

- Tipo oque?

- Dizem que quem fica nesse quarto são as melhores pessoas na cama. Eu também estou no meia nove, só que na parte masculina, obviamente. - e então me ligo no trocadilho que ele está fazendo, o quinto ano entrou nesse aí e nunca mais saiu, né?

Oque eu não aguento para provar aos outros que sou hetero? Quero dizer.. oque eu não aguento para transar com um homem gostoso* foi isso que eu queria dizer cérebro, né??

- quem sabe não podemos conhecer um o quarto do outro e testar se oque dizem é verdade.

- isso seria interessante.

Após uns 5 minutos estamos na porta do quarto, pergunto como o mesmo conhece o lugar tão bem. Mas não vou me fazer de burra, ele é um gostoso, já deve ter entrado no quarto da maioria das meninas do campos.

Eu abro a porta do quarto e sinto um cheiro forte de maconha, meus olhos se cruzam com o da morena, parada em frente a janela com um verdinho aceso na mão, eu sinto uma raiva instantânea por ela, percebo que ela sentiu o mesmo por mim, ela parece uma assombração ou um demônio vindo direto do inferno, seus olhares fundos e olheiras marcantes fazem parecer que ela está morta ou que não dorme a séculos

- Quem é você? E oque está fazendo no meu quarto? - Digo a olhando, puta merda, uma empata foda, pronto... achei mais um motivo para odiá-la.

- Seu quarto? Aqui é o meu. - ela diz e levanta a chave, uma copia da que eu seguro, tá de sacanagem?

- Deve estar acontecendo algo errado, a não ser que as duas sejam bolsistas. - Diz o anta atrás de mim, que sinceramente parece pensar um pouco agora, mas espera aí... ele me chamou de BOLSISTA????