Capítulo 38

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   Eu corria como um cervo livre corre pelas matas em busca de sua sobrevivência. Eu era como um cordeiro, mas que ao invés de correr de seu predador, corria até ele para que pudesse ser amada pela sua fera. Eu corria entre as enormes árvores escuras e esguias, erguidas em direção ao céu querendo o agarrar. Eu corria pisando com força na grama, e cada passo que eu dava, com a agonia crescente, com o meu corpo querendo expelir tudo para fora, com minha boca fazendo um esforço para não gritar de desespero, não aguentando mais sentir todas aquelas roupas apertando e tocando meu corpo no lugar das mãos dele, eu começo a tirar meu pijama, e minhas peças íntimas, correndo como um animal nu e inocente. Mas a inocência não tinha mais aqui. Se minha mãe ou o resto dos moradores da vila soubessem que estou me entregando para um ser como ele, eu morreria na praça sendo queimada em uma fogueira como uma bruxa,ou seria exilada para morrer na floresta. Sem contar a alcateia de Jack,que jamais aceitaria uma humana entre eles.

    Eu corro tomando cuidado para não tropeçar nas raízes das árvores. Eu corro olhando para todos os lados em busca dele, torcia para que ele sentisse meu cheiro, ou que sentisse minha presença na floresta. Eu me sentia como um animal selvagem. Correndo para os braços do demônio sem temer a morte. Eu sentia minha respiração desregulada, meu peito subia e descia de forma eufórica em busca de ar. Meu corpo formigava. Clamava pelo dele. 

  Eu me encontrava no mesmo lugar onde eu o avistei pela primeira vez. Memórias do dia em que ele apostou minha liberdade comigo. Eu desejava a todo custo que ele saísse das moitas e me encarasse com seus olhos de ouro. Que me tocasse e que pela primeira vez, realmente me devorasse.

Minhas pernas travam e eu caio de joelhos no chão chorando, sentindo dor e a necessidade de senti-lo

-O-onde você esta?... - Grito para o vazio da floresta. Me sentia como uma cadela no cio. Era vergonhoso. O pouco da razão que eu tinha dizia-me para voltar para casa, tomar um banho e me esconder do mundo em um lugar onde ele não poderia me encontrar. Mas não tinha razão alguma em minha cabeça. Eu não queria voltar para casa. Eu queria me sentir viva.

  Como se Deus tivesse ouvido meu clamor, ouço algo se mexer nas moitas. Seus olhos reluzentes de ouro aparecem do meu da escuridão e eu me seguro para não gemer seu nome. Ele aparece das moitas. Estava em sua forma selvagem. Sua altura chegava aos 2 metros, suas mãos estavam com aquelas enormes garras, das quais eu implorava mentalmente para que ele me arranha-se, não importa o quanto doesse. Ele caminha até mim e eu engatinho até ele.

- J-Jack...

- Meu cordeirinho. - Ele se abaixa e me abraça. seus braços envolvem minhas costas e sinto suas garras acariciar minhas madeixas douradas. Eu gemo ao finalmente poder sentir seu calor com o meu. Eu o agarro o abraçando com força, como se ele fosse meu oxigênio, ele era a única cura que eu tinha para o calor que sentia. - Você finalmente está se entregando para mim...- Sua voz rouca e aveludada preenche meus ouvidos. Era um som da qual eu ouviria pelo resto de minha vida.

- Eu quero tanto...- Balbucio sentindo minhas mãos tremer.

- É uma escolha da qual não tem volta, esta mesmo pronta? - Ele sussurra perto do lóbulo de minha orelha, sentia seus braços me rodearem com mais força.

- S-sim

- Você não sabe o que fala meu cordeirinho. - Ele sussurra com uma curta risada anasalada. Ele me deita de costas na grama, podendo visualizar todo meu corpo em baixo de si. Era-se possível escutar sua calda arrastar na grama de um lado para o outro enquanto ele me observava. Sua forma selvagem e demoníaca começa a se desfazer revelando sua figura humana. Ele me abraça ficando em cima de mim e toma meus lábios. Nossas línguas começam uma guerra entre si. Suas grandes mãos acariciam minha cintura e seu corpo quente me faz ter a impressão de estar pegando fogo. Eu me sinto preenchida pelo mesmo, me sinto ser banhada em uma mar de amores. Nossos corpos se chocavam de forma violenta e eu gritava e clamava por mais toques, por mais beijos, e por mais de seu amor. Eu sabia que isso traria muitos problemas, mas eu o amava, e não me arrependia. Enquanto ele me estocava meus olhos estavam direcionados para o céu noturno cheio de estrelas. Eu sabia, eu tinha a certeza, que poderia conquistar todas elas se tivesse Jack ao meu lado. Como ele disse em nosso reencontro, eu sou dele, e ele agora é meu





Olá meus queridos leitores. Eu sei que tinha gente que esperava um belo hot, e eu peço perdão por não traze-lo. Eu não trouxe o hot pois não me sinto confortável. Eu sou uma menina cristã e sou também menor de idade, então não me senti a vontade para trazer algo tão explicito. Peço perdão caso eu tenha chateado alguém. Eu tentei deixar o capítulo quente, mas nem tão explicito sabe? Eu espero que possam gostar desse capítulo e dos próximos que viram em breve. Um beijo meus amores, boa leitura <3

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