Capítulo 36

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 1 uma semana se passou...

 Eu já estava em casa. Minha mãe havia voltado e ela parecia feliz e contente. Ela não sabia de minhas idas até a floresta para descobrir meu passado. Agora que eu sei de tudo, tudo soava como um borrão cinza. Uma verdade da qual eu não queria acreditar. Sentia ânsia. Eu não havia mais conversado com Jack. Eu estava assustada e com medo, ao contrário, eu havia me aproximado um pouco mais de Wesley. O caçador. Agora eu confiava em suas histórias. Nas arvores com cabeças penduradas e cogumelos com olhos. Wesley abriu meus olhos para uma visão que eu nunca tinha visto antes. Agora que eu estava em minha vila, eu tentava a todo custo jogar Jack para um canto escuro e vazio de meu coração. Um amor que eu não queria ter, ou queria, mas não tinha coragem para assumir.

 Eu como o delicioso macarrão quentinho no prato em minha frente sobre a mesa. Minha mãe comia comigo. As vezes ela parava e me olhava, e logo voltava a comer, mas eu sempre permanecia com os olhos em meu prato de comida, tentando afastar todos os estranhos sonhos e pensamentos que insistiam em ir até o lobisomem.

 - Então querida.. Soube que você andou se aproximando de Wesley. - Ela pergunta com um sorrisinho.

- Conversamos de vez em quando. Eu nunca havia percebido o jeito dele antes, ele consegue ser legal as vezes

- Humm... Quero netinhos -Ela diz com um sorriso dando uma garfada em sua comida e eu quase engasgo com uma gargalhada querendo sair de meus lábios.

- Mãe!- Eu a repreendo lhe lançando um olhar com um sorriso. - Eu não sei se o vejo dessa forma.. Ele sabe ser fofo, mas... Me sinto muito confusa sobre isso. - Digo dando um gole em meu suco de laranja. ele estava um pouco amargo, laranja não era um dos meus sucos preferidos.

- Eu também fiquei um pouco nervosa quando comecei a me relacionar com seu pai, eram as famosas borboletas. - Ela diz olhando para o teto se lembrando dos bons momentos com seu ex marido.- Mas eu tinha certeza, convicção de que o queria...  - Eu a encaro por alguns minutos esperando ela continuar. - Bem.. Se você se sente confusa, é por que tem um outro alguém - Ela sorri para mim - Quem é o outro candidato?

- Ah ninguém muito importante... Você trouxe sorvete? - Eu pergunto na esperança de mudar de assunto. Quando ela percebe que não vou dizer ela apenas permiti que o assunto siga outro rumo.

- Infelizmente não querida... Você comeu tudo semana passada e eu não pude comprar outro. Por que se esquivou da pergunta?

- Mamãe... Eu não quero amar essa pessoa. O amor é lindo, mas ele também tem consequências...- Eu digo olhando em seus olhos de esmeralda na esperança que ela pudesse me compreender.

- O amor é perigoso mesmo... Mas não se preocupe meu amor. - ela diz olhando para mim com olhos de amor.


                                                                            *****

 Após jantar e arrumar a cozinha eu me dirigi em direção ao meu quarto. Eu ja vestia meu pijama e ja estava sentada em minha cama enquanto observava a lua la no céu. A janela estava aberta, gostava de admirar o brilho das estrelas e sentir o vento gélido tocar minha pele, mas não era por isso que ela estava aberta. Eu queria vê-lo, sentia essa necessidade, a dor. Eu sentia dor queria toca-lo a todo custo. 

Eu enterro o rosto em meu travesseiro deixando lágrimas quentes de dor escorrem por minha face e molharem meu travesseiro. Eu sentia dores pelo corpo e calafrios. sentia uma dor também em minhas partes intimas. 

 Eu me boto de pé pulando da cama e começo a tirar minhas roupas desesperada. Tiro peça por peça e corro até a janela me escorando nela enquanto respiro de forma pesada. Meus olhos varrem a floresta em busca dele, não estava entendendo essa necessidade dele, essa falta absurda que apertava meu peito. Meus olhos varrem o céu tentando me distrair de todos os calafrios e dores que eu sentia no corpo e encontro uma linda lua cheia.

 Eu ouço  minha mãe me chamar do hall de entrada.

Ela não estava dormindo?

Sentindo dor e com o rosto vermelho das lágrimas eu coloco minhas roupas as presas e desço as escadas com dificuldades sentindo minhas partes pulsarem com uma saudade avassaladora de minha fera da floresta.

- M-mamãe?..- Eu balbucio tentando não gemer a todo custo. Eu desço as escadas e a vejo parada ao lado da porta com Wesley.

- Querida, Wesley esta aqui, ele disse que precisava falar com você urgentemente.  - Eu olho para o mesmo que continha um semblante de pena e preocupação 

- O que ta fazendo aqui? - Eu pergunto tentando não surtar e pular no pescoço dele em busca de toques e caricias. Por que diabos eu estava assim? Que droga é essa?

- Clara... venha dar uma volta comigo? - ele diz se aproximando e eu me afasto subindo um degrau.

- A noite? - Pergunta minha mãe confusa.

- E-eu não me sinto bem..

- Eu sei, foi por isso que eu vim. - Wesley pega em minha mãe e eu mordo o lábio para não soltar nenhum barulho que pudesse nos deixar em uma situação constrangedora.

- para onde vocês vão? - pergunta minha mãe com um semblante confuso.

- Irei levar a Clara para um lugar seguro ,não se preocupe mãe. Ela vai voltar bem para casa - Wesley me leva para fora de casa e começa a caminhar em direção a casa dele. Eu tento me soltar mas o mesmo agarrava com força meu pulso.

- W-wesley... 

- Quieta minha donzela, eu sei que você não esta bem, mas não posso te deixar la, pode ser perigoso

- por que estamos indo em direção a sua casa? o que é perigoso? p-por favor me solte.. - eu digo a última parte de forma manhosa. Ja estava ficado fora de mim.

- Clara vai ficar tudo bem - Ele diz adentrando sua casa comigo.




Que vergonha... e pensar que pessoas que me conhecem podem ler esse capitulo jkdkajdajdjkaskjds

Floresta AdentroWhere stories live. Discover now