Capítulo 16

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  Olho para o interior do guarda roupa.
(Eu não posso seria falta de respeito, mesmo que Vovó não esteja mais aqui, isso pertence a ela)
Me lembro do que o lobo havia dito quando me encontrou naquela maldita noite:
"por favor,não fique com medo,este é o seu destino igual o da sua avó"
Essas foram as suas palavras.

  - Fecho o guarda roupa com pesar.

-ah Vovó... Não! Não vou deixar meus medos me consumirem, não vou morrer como você! Vou matar o lobo! Vou ter a minha vingança, como eu planejei a partir daquele dia com cinco anos de idade.

   Abro novamente o guarda roupa e pego uma roupa simples, da qual eu sei que Vovó não se "importaria" muito.

   Visto a roupa sentindo o cheiro, não era mais seu perfume amadeirado e doce, agora era só o cheiro de roupa velha.
   Me dirijo para a sala, aonde havia uma janela no canto esquerdo, um sofá encostado na parede esquerda e uma poltrona no centro da sala, também havia uma mesinha de  centro que continha um vaso de flores da qual elas já estavam mortas.
( Era as margaridas da Vovó, ela adorava, pena que ninguém trouxe água pra elas. )

   A sala estava um pouco escura, pois eu não acendi as lamparinas e o sol estava se pondo, mas mesmo que esteja ficando escuro, ainda era possível enxergar com clareza, por isso não me importei muito.

- Nossa... Você faz falta em Vovó.
  Digo em voz alta e solto uma pequena risada melancólica preenchendo o silêncio que habitava na casa por muito tempo. Minhas mãos estão tremendo um pouco, esse era o efeito da ansiedade que estava pairando sobre mim. A ansiedade, a dor e o luto...

(Poxa! Já faz 13 anos! E eu ainda não consegui te superar. Já faz 13 anos e eu ainda não consigo ficar de olhos fechados sem imaginar o seu rosto, o seu sofrimento. Faz 13 anos e eu não consigo esquecer aquele tenebroso dia... )

   Eu sentia uma imensa vontade de gritar, botar pra fora aquilo que guardei a anos. Dirijo meus olhos pela sala tomada pelas lembranças que me trouxeram gozo e alegria, na falha tentativa de não deixar minhas lágrimas caírem. Enquanto meus olhos se dirigiam rapidamente pela sala, eles de repente vão de encontro a uma caixa de fotos.

  A caixa que Vovó nunca me permitiu pegar.

  Começo a caminhar lentamente em direção a caixa que se encontrava em cima de uma estante e me estico para pegá-la. Após isto me ajoelho com ela em meus braços e a deposito no chão, abrindo sua tampa e revelando o conteúdo que havia ali dentro.
  Eu esperava ver fotos minhas e de minha mãe, mas eu estava enganada..

  De repente um som é ouvido, um som semelhante a um rosnado

(O lobo?! Ele me perseguiu?! )

  Começo a olhar em volta da sala assustada até que encontro um lobo selvagem, de pelagem cinza e olhos castanhos claro.
  Ele olha pra mim e rosna vindo em minha direção lentamente de forma ameaçadora. Ele era grande e era possível ver que sua pata estava machucada, pois o mesmo mancava enquanto vinha lentamente em minha direção pronto para me atacar, também era possível ver uma marca de mordida na lateral do seu pescoço em um ponto que com certeza não foi vital, pois o lobo estava vivo.

 Ele era grande e era possível ver que sua pata estava machucada, pois o mesmo mancava enquanto vinha lentamente em minha direção pronto para me atacar, também era possível ver uma marca de mordida na lateral do seu pescoço em um ponto que com cer...

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