Capítulo 15

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   É tão estranho voltar aqui. A floresta naquela noite era perturbadora, os galhos da árvore pareciam garras prontos para puxar e arrancar o único resquício de esperança no mundo e hoje de manhã não parece nada a menos que braços estendidos para lhe abraçar e lhe acalmar, o completo oposto daquele horror.

  Continuo a andar pela floresta prestando atenção a minha volta, começo a ouvir o som do riacho.
(Aquele é riacho que ficava perto da casa da Vovó! Que saudade! )

  Começo a caminhar prestando atenção no som, para ser guiada corretamente e chegar em meu local desejado.

  Encontro a fonte do som e me aproximo, deixo minha mochila no chão e começo a tirar o vestido, um mergulho não faria mal.

  Fico apenas com minhas roupas íntimas e salto para dentro do rio. Sua água era gelada e causava arrepios em mim, mergulho e vejo alguns peixes a nadar junto à mim, a vista era linda, fazia tempo que não tinha uma experiência como esta.

  Às horas se passam e o sol começa a se pôr, saio da água com frio e coloco minhas roupas e pego a minha mochila. Começo a caminhar, mas ao invés de ir para casa começo a caminhar em direção a casa de minha avó que não ficava longe como a minha casa.

  Me aproximo da porta da frente e aqueles flashbacks de sua morte me vêm a mente.
(Não posso! Preciso superar meu medo... Mesmo que me cause dor)

  Adentro a porta da frente e tenho a visão de sua sala, ao invés das famosas lágrimas sinto um sorriso preencher meus lábios cheios de nostalgia. Lembranças felizes me vêm a mente
( Obrigada Vovó... Foi bom o tempo que tivemos aqui )
 Deixo minha mochila em cima da mesa da cozinha e começo a subir as escadas onde fica seu quarto, o quarto de hóspedes e o banheiro. Adentro o banheiro e tiro minhas roupas, adentro o box do chuveiro e começo a  tomar um banho quente.
(Que bom que ainda tem água.. Esse lugar parece estar bem organizado e limpo, alguém esteve aqui?... )

  Após me relaxar com o banho de chuveiro me enrolo na toalha e vou até o quarto dela onde suas roupas ainda estavam ali.
(Que bom que minha mãe não deixou eles jogarem nada fora, isso pertencia a ela... )

Floresta AdentroWhere stories live. Discover now