Capítulo 30

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   Eu estendo minhas mãos levemente até a água gelada. Eu balanço meus dedos levemente sentindo a água passar entre meus dedos e minhas unhas. Eu faço uma pequena conchinha com as mãos e pego a água começando a passa-la pelo meu corpo. Meus pelinhos se arrepiavam pelo frio e eu continuava a me lavar fazendo a água levar toda a sujeira embora. Sigo a passar os dedos molhados pelos meus cachos os lavando da sujeira, a esta altura eu já não estava mais com tanto frio quanto antes. 

   A água gélida agora estava sobre meu pescoço com o corpo todo submerso embaixo da água. Eu já estava mais relaxada e já não sentia mais o estresse angustiar-me como antes. 

  Após estar completamente lavada e me sentir completamente limpa eu me visto novamente com minhas vestes ao sair do lago. Eu penteio meus cachos dourados  com os dedos e me retiro do lago indo em direção aonde eu e Jack iríamos acampar nesta noite. Eu caminho lentamente entre as árvores e solto um longo bocejo por conta do sono e do cansaço.

 - Cordeirinho ta cansada?- Jack pergunta em um tom de deboche e eu nem me importo de responder, apenas o ignorando. Ignora-lo era um favor para nós dois. Jack estava sentado com as pernas cruzadas sobre o chão e eu me sento ao seu lado. 

 - To com fome- Eu resmungo com um tom revelando meu cansaço e uma expressão revelando meu tédio, angústia e desconforto por ter que dormir em uma floresta amaldiçoada.

 - Mata o homem e come- Ele diz de forma ignorante olhando para a fogueira que queimava. Eu o encaro com os olhos cerrados como se estivesse ponderando esta ideia.

 - Não é uma ideia ruim

 - Você é pequena, não conseguiria- Ele diz com um sorrisinho nos lábios, ele claramente estava gostando de me ver nesta situação

 - Não me subestime- Eu digo ainda olhando-o 

 - Não estou subestimando, estou compartilhando um fato

   Com determinação para prova-lo que estava errado eu coloco minha mão em sua garganta em um movimento rápido, deixando minhas unhas pressionando sobre sua pele, mas sem machuca-lo ou consumir seu ar. O problema é que eu não havia notado que durante meu ato eu me sentei em seu colo deixando minhas pernas ao redor de sua cintura, mas mesmo me sentindo um tanto envergonhada um sorriso de escarnio e vitória pairava sobre meus lábios rosados.

- Que bonitinha... É tão fofo ver você tentar me intimidar- Ele sussurra com uma voz aveludada e grave, com um pequeno sorrisinho provocativo, fazendo meus pelinhos da nuca se arrepiarem. Suas mãos vão até minha cintura e suas garras pressionam minha carne contra o tecido de minhas vestes me fazendo prender a respiração por instantes.

Floresta AdentroWhere stories live. Discover now