CAPÍTULO 75 - Verificando as câmeras

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Alberto está em seu escritório, esperando por Caio. O relógio marca oito horas da noite. Ele e Elisa iriam ajudar Alberto a verificar as câmeras de segurança, pois havia bastante tempo que os empregados já haviam saído. Ele tenta se concentrar em alguns processos que estão em cima da mesa, mas não consegue. Seu pensamento vai até Cecília. O que ela está fazendo? Aonde está passando as noites? Há uma semana exatamente aquela tragédia havia acontecido. Há uma semana ele não tem vontade para nada. Longe da esposa, esse tempo parecia uma eternidade. Ele escuta o interfone tocar, levantar-se e vai abrir o portão para Caio e Elisa.

Um simples clique no aplicativo do celular daria acesso às imagens das câmeras. Mas segurou a curiosidade até que os ânimos estivessem mais comedidos. Se tivesse visto as imagens das câmeras naquele mesmo dia em que tudo aconteceu, sairia como louco atrás dos envolvidos. E não seria capaz de conter seus ímpetos. Ele precisava ter sangue frio e a cabeça no lugar para lidar com o que porventura descobrisse. Como advogado, ele sabe que qualquer indivíduo pode ser um potencial criminoso, desde que os benefícios do crime sejam maiores que os custos. É sabido que a violenta emoção pode provocar o cometimento de crimes pelo mais pacífico dos seres humanos. Não iria dar esse passo em falso. De qualquer forma, ele sabia muito bem quem estava por trás disso. Só queria saber como fizeram e quem foram os cúmplices.

Além do aplicativo de celular que dava acesso às imagens. As mesmas também podiam ser acessadas pelo computador de Alberto e pelo sistema de TV da mansão. Sentaram os três na sala de TV e começaram a verificar as gravações. O primeiro cômodo que acessaram foi o escritório onde tudo se passou. As imagens mostravam a governanta servindo o café para o patrão. Alberto toma a bebida e adormece pouco tempo depois. Em seguida, Marta volta ao escritório e verifica se Alberto estava realmente adormecido. Era por volta de dezoito horas. Ela pega o celular e parece enviar alguma mensagem. Pouco tempo depois, a governanta retorna ao cômodo, acompanhada de um homem que trazia uma cadeira de rodas e a mulher que Cecília viu ao lado de Alberto, mas ela ainda estava vestida. O homem coloca Alberto na cadeira de rodas e o leva até o sofá, deitando-o. Suas roupas são retiradas. Alberto pede que Elisa não veja as imagens, ela sai da sala antes que os três tirem as roupas e só retorna depois que os dois tiram as imagens da TV. A mulher fica sozinha com Alberto, esperando, sentada na mesa de Alberto. Algum tempo depois, ela recebe uma ligação, despe-se e deita-se ao lado dele. Em seguida, Cecília chega e encontra os dois juntos.

- Puta que pariu, Alberto! Que desgraçada essa sua governanta! - diz Caio, desligando as imagens.

Alberto está sem palavras. Ele põe a mão sobre o rosto, parece tentar segurar sua raiva.

- Ela sempre detestou Cecília. Desde a primeira vez que eu a apresentei aos empregados, pude perceber isso - confessa ele.

- Como alguém pode detestar a Cecília? Como? - questiona Caio.

- Não sei. Cecília sempre foi muito cordial com todos que trabalham aqui. Várias vezes até chegou a me convencer a não brigar com a Marta sempre que ela aprontava alguma.

- Já dá pra deduzir quem estava colaborando com a Milena todo esse tempo - conclui Caio. - E imagino que o envenenamento do Logan também teve a participação direta da governanta.

- Sem sombra de dúvidas! - diz Alberto, já bastante enraivecido. - A sorte da Marta é que ela não está aqui agora! Do contrário, eu nem sei do que eu seria capaz! Aquela desgraçada! - vocifera Alberto, socando a parede.

- Tá, Alberto, respira, vai... É revoltante, eu sei, mas respira...

- Não tem como não ficar revoltado, Caio! Não tem como!

- E olha que você esperou uma semana pra verificar as imagens das câmeras. Não sei se no seu lugar eu conseguiria ter sangue frio para esperar uma semana.

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