CAPÍTULO 10 - Os termos do contrato | Parte 3

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- Muito bem. Precisamos saber o que dizer aos curiosos. O que vamos contar a todos sobre como começamos a nos relacionar? - pergunta ela.

- Sugiro trazermos a narrativa o mais perto da realidade possível. Assim fica menos difícil sustentar a história - diz Alberto.

- De acordo.

- Diremos que você marcou uma consultoria comigo e ficamos interessados um no outro. Depois de algumas trocas de mensagens eu te convidei para sair e você aceitou. O que acha? - sugere ele.

- Bem... Foi mais ou menos isso mesmo, né... Tirando a parte em que ficamos interessados um no outro... - responde Cecília.

- Dessa maneira vai ficar mais fácil de lembrarmos da história que criamos... - diz Alberto.

- Tem razão..

- Vamos ficar "namorando" por mais ou menos um mês, enquanto providenciamos os papéis do casório. Então eu te peço em casamento.

- Nossa... É estranho ouvir isso...

- Realmente... Pra mim também... É um tanto quanto estranho... Mas é isso, né... Vamos nos casar...

- Eu sei... Eu vou me acostumar com a ideia... Só preciso de tempo...

- Se for ajudar, você terá três meses para se acostumar... É o prazo que tenho para contrair matrimônio.

- Não se preocupe, vou me acostumar...

- Eu também vou ter que me acostumar...

É a primeira vez que há um silêncio incômodo entre os dois.

- Alberto Callegari! Como vai? - Ambos são surpreendidos por Luiz, um advogado conhecido de Alberto.

- Luiz Mendonça, como vai? - Alberto se levanta e o cumprimenta.

- Vou bem, obrigado. Não tão bem como você, na companhia de tão bela moça - diz Luiz, estendendo a mão para cumprimentar Cecília.

- Esta é Cecília, minha namorada - diz Alberto.

- Ora, ora, senhorita Cecília! Que grande feito! É a primeira vez em muito tempo que ouço a palavra "namorada" sendo pronunciada por Alberto!

- Luiz, por favor, assim você me deixa sem graça! - diz Alberto.

- A senhorita realmente não sabe da fama do seu namorado, não é?

- Alberto e eu estamos nos conhecendo ainda - responde Cecília, com cordialidade.

- Luiz, deixa de ser inconveniente, cara! Dá pra você respeitar minha namorada, por favor? - irrita-se Alberto.

- É, Cecília... Vê-se mesmo que você balançou o coração desse rapaz... Nunca na vida ele se importou com minhas brincadeiras... - diz Luiz.

- Deixa de bobagem, Alberto... Ele tá brincando... - diz Cecília puxando o braço de Alberto.

- Olha, me desculpa a brincadeira, tá. Cecília, muito prazer. Tenham um ótimo dia - despede-se Luiz.

- Me desculpa, Cecília. Esse cara é um sem noção! - diz Alberto.

- Tudo bem... Sem problema... Mas...

- Mas...

- Que fama é essa sua que ele estava falando? Você me parece um homem sério, sisudo, não me parece que seja nenhum mulherengo... - diz Cecília.

- E o que você entende por "mulherengo"? - pergunta ele.

- Vamos ver... Mulherengo... Um homem que gosta de seduzir mulheres por esporte... Que não se satisfaz com uma mulher só...

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