CAPÍTULO 23 - Ajudando com a mudança

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Cecília está terminando de arrumar suas malas. Está esperando Alberto vir buscá-las. Não pensou que seria tanta coisa. Mas, no fim das contas, seria um ano fora de casa. O interfone toca. Alberto chegara finalmente. Era uma sensação muito estranha. Não pensou que fosse estar indo morar com outro homem uma vez mais, mesmo não sendo um casamento de fato. Talvez Elisa estivesse certa, tanto tempo evitando as investidas masculinas, e acabara se metendo naquela situação completamente inimaginável.

Alberto bate na porta, Cecília atende. Seu noivo está incrivelmente bonito. Usava uma camiseta lisa branca, que desenhava seu físico atlético, e uma bermuda de cor areia, que deixava à mostra suas pernas grossas. Cecília, por sua vez, também estava muito bonita. Usava uma calça jeans rasgada, que deixava visível parte de suas belas pernas. Trajava uma camisa feminina branca de botão que deixava seu colo e seu busto bastante evidentes. E, é claro, usava aquele perfume que Alberto tanto gostava.

- Oi, Alberto, como está?

- Bem, e você?

- Estou bem.

- Pronta levar tudo?

- Creio que sim... Achei que seria menos...

- Não tem problema. A gente leva aos poucos, se não der tudo de uma vez - diz ele.

Eles sobem e descem algumas vezes. Era bastante coisa. Havia roupas, vários pertences para o dia-a-dia, também muita papelada, uma vez que Cecília era professora. Ele não questionou absolutamente nada do que ela havia escolhido para levar. Nem tampouco reclamou do volume de coisas.

Eles finalmente terminam de levar tudo. Dividiram em dois carros, o dele e o dela.

Eles voltam ao apartamento. Ele, principalmente, está bem cansado e suado.

- Vem, Alberto, senta um pouco, dá uma respirada - diz Cecília, trazendo-lhe um copo com água, enquanto ele se senta no sofá.

- Ufa! Hoje posso dispensar a malhação! - diz ele.

- Você malha? - pergunta ela.

- Em casa somente. Tem uma personal trainer que vai até lá - responde ele.

- Uma personal trainer... Hum... Sei... - brinca ela.

- Será que a minha noiva é uma mulher ciumenta? - responde ele.

- Tenho meus momentos... - admite ela. - E você, é um cara ciumento?

- Sou... - diz ele.

- Inclusive com esposas de fachada? - instiga ela.

- Olha, sinceramente, sim... é bastante possível...

Eles se entreolham em silêncio por um instante.

- Mas, como já te disse, se eu aprontar alguma, pode me bater... - brinca ele.

- Sei... Tô lembrada... - sorri ela.

- Eu sou um cara meio mal humorado e carrancudo - confessa ele. - Pode me esbofetear, se precisar...

- Espero que não seja necessário... - retruca ela. - Às vezes eu sou muito calada, guardo muita coisa pra mim mesma... Mas vou me esforçar para verbalizar as coisas quando for necessário...

- Faça isso, por favor... - insiste ele. - Mesmo que seja um casamento de fachada, ainda assim seremos marido e mulher. Vamos morar juntos, sob o mesmo teto. Faz tempo que não divido minha vida com ninguém. Estou desacostumado.

- Eu também estou desacostumada. Parece que teremos que reaprender.

- De fato... - ele para um pouco e fica pensativo.

Casal Por Contrato Where stories live. Discover now