Indefesa

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Desculpem a demora, aconteceu muita coisa nesse ultimo mes de 2023 esse mês vou finalizar aqui a postagem de Dono do meu inferno e irei deixar UM DIA disponivel, pois ele já está na Amazon. 



Nicklaus Mikhail

Bato a porta pesada sentindo o cheiro do próprio sangue escorrendo pelo peito enquanto caminho descalço pelo piso de madeira, a fúria que emana de cada poro consegue incendiar tudo ao redor. Passo pela porta do consultório fechado caminhando pelo corredor, finalmente alcançando as escadas que levam ao nível inferior, entro no espaço de treinamento encontrando Dimitri sem camisa batendo contra um saco de pancadas apenas com um par de faixas brancas.

Os nós dos dedos se abrindo em cada pancada forte fazendo o sangue manchar o tecido e o equipamento.

—Que merda foi essa no seu peito? — Para ao desviar o olhar me questionando.

Como uma locomotiva não espero que os sinais de segurança se acendam apenas avanço erguendo o punho e acertando com força seu maxilar, fazendo o bastardo cuspir sangue. Desfiro outro golpe com o punho esquerdo antes que se recupere, dessa vez Dimitri parece estar preparado com um maior apoio nos pés, se esquivando.

—Não sou o seu saco de pancadas idiota— Ele grita desferindo um golpe que atinge minha têmpora.

—Deveria pensar nisso antes de cobiçar tanto a minha mulher— Rebato observando seu olhar atordoado, aproveitando para bater outra vez contra seu rosto. —Você ficou desleixado.

Cego pelo ciúme acabo perdendo o movimento dos seus pés sendo pego e caindo de costas no chão, Dimitri avança batendo no meu rosto.

—Nicklaus! — O grito fino chama a nossa atenção para as escadas que dão acesso à casa.

Maya completamente vermelha com lágrimas nos olhos e o vestido amarrotado com os pés descalços.

—Senhor, por favor— As lágrimas caem quanto mais ela se aproxima.

A mão que Dimitri usava para acertar a minha face se estende, ergo o corpo sem dar a menor importância para o sangue seco ou para o sangue no rosto do meu irmão.

—O que aconteceu? — Questiono.

—Carolina não está respondendo. — Ela aperta os dedos trêmulos em volta de um pedaço do tecido.

—Ela está de castigo. — Respondo como se a minha esposa fosse uma criança mimada.

—Acho que...— ela gagueja

—O que você acha Maya? — Esbravejo furioso com as mulheres que passaram a fazer da minha casa um hospício.

—Acho que ela está grávida. — Ela morde o lábio inferior.

—Você só quer ela solta. — Rebato sentindo de volta a sensação de peso no peito.

As palavras de Carolina estraçalharam o meu peito de uma maneira que ficou difícil respirar perto dela, não esperava uma declaração dela, mas não esperava ser tão rechaçado ao ser comparado com o filho da puta traidor do Razmunikin. Considerei sair da mansão sabendo que está sendo vigiada de dentro, o problema é que isso seria precipitado e chamaria a atenção de quem está no comando desses ratos.

—Ela andou vomitando nos últimos dias, pode muito bem ser uma doença qualquer, mas vi quando levou alguns testes rápidos para o banheiro. — Ela se balança de um pé para o outro, nervosa.

—Nicklaus se ela estiver grávida não pode sofrer estresse.

— Se estiver, não quer dizer que esteja. — Respondo —Vamos vou levá-la para fazer um teste no hospital, separe os homens de confiança Dimitri e você vá buscar alguma roupa para ela e calce sapatos.

Dono do meu infernoWhere stories live. Discover now