Inflamado

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Carolina

Minha respiração pesada contra o tapete e o medo de olhar para trás, apesar de sentir o calor dos olhos nos quais aguardo como uma qualquer. O medo de ter o passado descoberto se coloca num recanto imaginário, Nicklaus se torna a única coisa da qual consigo pensar e desejar.

"O que fez de errado, Carolina?" A voz rouca reverbera.

Estremeço e sinto os ombros tensos voltando ao pavor de dois dias atrás dentro daquele banheiro, o toque nojento e as palavras sombrias.

"Não é como se você precisasse de uma desculpa Nicklaus" declaro buscando fugir dessa sensação, escondendo a verdade na alma.

"Não preciso, sabe muito bem que mesmo sem ter errado ainda te castigaria." Declara, a lembrança do que fez comigo naquele quarto volta e revolta como posso estar tão desesperada por alguém assim. "Mas tenho essa sensação de que você não está falando algo."

Fico assustada com a voz contra o meu ouvido, o calor dele as minhas costas, os dedos se arrastando dos meus fios expondo o pescoço, talvez ainda marcado.

"Sabe esposa" Meu ventre vibra com a voz embaixo do meu ouvido, o velho medo conhecido parece ser um ativador desse desejo. "Tenho essas sensações estranhas principalmente sobre você, quero entender o que é isso."

O meu coração tolo dá um salto, mas acabo ficando encolhida quando ele toca no local exato em que foi machucado.

"Está machucada?" Sua fala rude ao mesmo tempo, incrédula.

Infelizmente o medo paralisa os meus pensamentos por um momento, se ele não está enlouquecido então não deve ter marca, resolvo arriscar.

"Torcicolo por não dormir direito" Minha voz treme.

"E o que tirou o seu sono?" Questiona exigindo saber.

"Imaginar você com outra" solto essa verdade.

A risada baixa e a barba por fazer se arrastam pelo meu pescoço e acabo suspirando, ele toca com cuidado o local dolorido fazendo pouca pressão e aceito abaixar o rosto até estar com ele contra o tapete.

"Tão inocente meu anjo."

Fecho os olhos agradecendo mentalmente pela mentira, as mãos de calos grossos descem pela minha cintura subindo para apertar os meus mamilos arrepiados pelo frio que entra pela janela aberta. A necessidade em ser aquecida por ele só aumenta, quando se afasta quase imploro para retornar.

Fico atenta aos sons ao redor, não escuto seus passos pelo lugar, mas escuto as gavetas sendo abertas, plástico sendo rasgado fazendo a minha curiosidade crescer exponencialmente. As batidas frenéticas fazem um certo pânico arrepiar a minha pele, quando sinto o tecido entre a coxas quase choro imaginando que serei finalmente fodida. Mas na realidade, solto um gemido com o movimento da barba arranhado as minhas costas enquanto as mãos sobem novamente.

Grito horrorizada ao senti o mamilo preso por algo metálico, tento erguer o corpo, mas a mão forte pressiona minhas costas para baixo.

"Quieta, Carolina, estou apenas começando."

"O que é isso?" Pergunto tentando olhar para baixo.

"Suas pinças de Adson" responde

Pisco completamente abismada pela capacidade dele em pensar algo tão pervertido quando sinto o forte beliscão no outro mamilo sendo preso.

"Nicklaus." Imploro sem reconhecer minha voz rouca.

Ele apenas empurra os meus ombros fazendo meus mamilos presos pelo metal contra o chão, grito desesperada pela dor e enlouquecida com a maneira como meu ventre se contrai, gostando dos maus-tratos.

Dono do meu infernoWhere stories live. Discover now