Inveja

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Observar cada passo dela dentro da casa é um passatempo divertido,mas ver a minha garotinha nos braços dele foi como destroçar mil vezes cada uma das minhas vísceras.

O modo como cada pelo do seu corpo responde ao desgracado, sua excitação ao ser subjugada por ele, será que ela vai gostar quando a fizer sentir o que estou sentindo agora?

A primeira vez que a vi, era tão miúda os olhos alegres e cheios de amor rodeada por dois idiotas apaixonados sendo acolhida pelos abraços da mãe e mimada pelo pai. Não poderia deixar que continuasse ali, não, Carolina precisava ser minha. E para ser minha deveria aprender a andar sobre os cacos de vidro que jogaria aos seus pés, se ajoelhar no fogo para dar-me um orgasmo.

Uma criança tão bela de cabelos curtos ainda, bochechas rosadas e olhar tão escuro brilhando para cada frase estupida ensinada pelos pais. Eu me apaixonei, tão tolo.

Carolina...

Doce Carolina...

Livrar-nos dos pais dela foi fácil, comprei o orfanato , manipulei a tudo e todos para tê-la ali. Esperava todos os dias como um maniaco, ser avisado das suas regras. Sim, queria tomá-la após ter a certeza de que poderia carregar meu filho e ficar presa comigo, mesmo por ilusão pois a realidade é de que a manteria ao meu lado de qualquer forma.

Não deixei que as madres a tratassem bem, nunca a quis mimada e todos os meses quando alguma das outras meninas com ou sem regras eram tomadas para estar comigo naquele lugar. Precisava aliviar todo o fascínio que ela me causava, perdi as contas de quantas garotas matei no ímpeto de forçar a me receber mas tudo como uma boa experiência para manter minha menina por mais tempo.

Usei seus corpos pequenos para vender órgãos, contrabandear algumas drogas fazendo o translado de cadáveres tudo por Carolina.

Para ter dinheiro suficiente para que nenhum desses idiotas nos alcançassem quando tomasse a garota menor de idade como minha. Não viveria apenas uma semana quando meu desejo por ela só aumentava. Com esse modo de operação comecei a fazer tantos negócios por baixo dos panos sem levantar suspeitas e condenando alguns infelizes como o sogro de Nicklaus.

Conexões em todos os lugares pronto para ter onde ir com a minha menina e lhe mostrar o mundo embaixo de mim e claro. Lembro do dia em que recebi a ligação de uma das responsáveis pelo orfanato falando que ela havia fugido.

Fiz questão de fazer tantas atrocidades com aquela puta que seu rosto ficou irreconhecível até para as irmãs, uma lição para nunca mais perderem algo meu, agora depois de todo esse tempo acreditando que não encontraria mais.

Vejo minha menina, entrando na igreja ao lado daquele verme, fazendo votos ao burro que pensa comandar algo, sendo segurado pelo meu homem mais leal, observei calado.

Apareci e vi a maneira como o medo surgiu ao ver meu comparsa e rapidamente se apagou causando ainda mais fúria em meu peito,passei por ela e nem fui notado ou lembrado bebi e comi em cima do pano sujo do sangue que deveria pertencer-me, o guardei comigo como um maldito ladrao e agora sinto o cheiro impregnado fazendo com que as lágrimas se acumulem em meus olhos.

Acaricio o meu membro com força mordendo os lábios e sentindo o gosto do sangue como um ácido escorrendo pela garganta, as imagens dela nua contra o chão como uma puta qualquer se deleitando com cada toque, seus olhos procurando os dele. As marcas dos dedos dele que deveriam ser os meus dedos marcados na pele macia. Gozo mas não com força o suficiente para amenizar a inveja ou o desejo por ela.

Ela é minha e apenas minha, não deveria estar nos braços dele, não deveria aceitar ter os mamilos presos por ele, ou ter orgasmos múltiplos para ele. Cada um dos seus olhares brilhantes foram planejados para serem meus desde o dia em que a conheci.

A marquei para ser tocada por um único demônio: Eu.

No meio da noite ela beijando Nicklaus como se ele merecesse foi o ápice do fogo de fúria, ergui o corpo derrubando a cadeira na frente do computador, quebrando todos os monitores que uso para verificar cada movimento e cada palavra dentro daquela mansão.

Senti as mãos sangrando em cada caco de vidro quebrado, cada garrafa jogada contra as paredes do meu esconderijo, rasguei o lençol com ódio por ser trocado e inveja por não poder simplesmente ir até lá e matar os dois. Quando o dia amanheceu e meu celular tocou mostrando o nome dele vesti a máscara da fidelidade.

Subi as escadas pequenas do porão, coloquei o demônio obcecado por ela sob a gravata e sai para a luz do dia com os óculos escuros. Senti as mãos tremendo pela vontade em sacar a arma e apenas atingir o meio da testa dele, acabei engolindo em seco.

"O que aconteceu com seu celular?"

Solto uma risada abafada abrindo um sorriso de lado.

"Sabe como é Parkhan, acabei fodendo uma puta com força demais, o celular caiu e pisei em cima."

O paspalho acenou abrindo a porta do carro e entrando, troquei um olhar com meu homem de lealdade, ela escolheu ele. Então, será tratada como a puta que é. Antes de morrer farei Carolina sofrer na mão de cada um dos meus homens, lhe ofertarei como uma puta de luxo aos meus negociantes e a foderei junto dos meus associados.

Por enquanto o inferno de inveja que vivo será pago pelas lágrimas dela, pela dor psicológica dela e a cada dia mais que se entregar para Nicklaus será um dia a mais de punição. Vou fazê-lo ver como o próprio império irá cair diante da sua arrogância e como tocar na mulher errada será o custo da sua cabeça.

O vejo pelo retrovisor imaginando em como será lindo ver Nicklaus sendo fodido por trás enquanto assiste Carolina se tornando minha vadia.

"Algum problema?"

"Não senhor"

"Olhe para frente então "

"Sim, senhor"

Quanto mais olho para frente e te mantenho no banco do passageiro mais você fica para trás.

Quero ver até onde Carolina aguenta, em qual ponto sua compaixão se arrebenta, quando irá implorar pela própria vida ou sacrificar outra por si mesma. Vou usar a minha mais bela faça para talhar o meu nome em suas costas, em seu peito talvez até em seu rosto para lembrar o que acontece quando se tenta desafiar o demônio. 

Dono do meu infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora