Capítulo treze

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Notas do Autor

Não é por nada não, mas eu AMO esse capítulo. Sério, leiam ele com tempo e atenção. Não percam nenhum detalhe. Não leiam com pressa. Todas as informações aqui são necessárias para a trama. Degustem essa preciosidade.

Boa leitura. ❤

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BONNIE ACORDOU A CONTRAGOSTO

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BONNIE ACORDOU A CONTRAGOSTO.

Assim que o dia raiou, ela se despiu e foi para o banho. Tinha expectativas que uma ducha fria fosse suficientemente capaz de aplacar as sensações ruins que preenchiam seu peito naquela manhã, e que com certeza assolaria seu dia por completo. Um misto de tristeza e saudade preenchiam todo seu ser. Pura melancolia. Hoje mais do que nunca queria seu pai por perto. Para beijá-lo e deseja-lhe parabéns. Mas Rudy havia partido para sempre, e o abraço que todos os anos ela guardava para ele, não o daria nunca mais. Aquilo doía profundamente.

Ela vestiu o pijama mais velho e confortável que tinha, foi à cozinha. No caminho encontrou Sue e parou para brincar com danada. A rottweiler vestia um conjuntinho rosa que Bonnie lhe dera de presente. Tão lindinha. Sue tinha um focinho negro como a noite em formato de coração, olhos azuis intensos, pelagem branca como a neve e uma coleira valiosa, de sabe Deus quantos quilates de diamante.

Era impossível não se apaixonar por ela.

A universitária abaixou-se diante da cachorra e com suas mãos graciosas acariciou-lhe as orelhas. Sue sentou obediente, mas conforme a humana lhe dava carinho, mais ela gostava. A cadela deitou arreganhada e Bonnie riu da travessura, então coçou a barriga redonda do animal que em agradecimento balançou o rabinho e pendeu a língua rosada para fora, em um total êxtase canino.

- Boa menina. - um sorriso genuíno brincou nos lábios de Bonnie. Aquele, com certeza, seria o primeiro e último do dia.

Em seguida, a universitária pegou o emborrachado em formato de osso jogado ao lado de Sue e lançou-o pela janela. Ao ver o brinquedo aterrissar na grama, Sue saiu em disparada.

Sem Maggie que havia ido ao supermercado na companhia de Alaric, Bonnie travou uma guerra as cozinheiras porque queria ela mesma preparar seu chocolate quente. Ela Ben que tentou, contudo, fora derrotada, as funcionárias de Lorenzo temiam tanto desobedecê-lo que Bonnie sentiu-se mal por fazê-las desacatá-lo. No fundo também sentiu-se um pouco inútil por não poder sequer fazer uma bebida com as próprias mãos. Depois de dois goles na bebida quente, ela largou o copo na pia.

Foi ao ateliê, a fim de fazer algo que ocupasse sua mente. Mas nem cortar, costurar ou desenhar estava funcionando naquele dia. Seu nível de concentração estava baixíssimo.

Exausta, ela afogou a cabeça sobre a mesa e desabou em choro. Que saudade sentia do pai. Se tivesse vivo, Rudy completaria 58 anos de vida. Ainda era um jovem senhor. Um homem corpulento, inteligente, aparentemente saudável e dono de um sorriso encantador. Como sentia falta dos seus abraços dele, da forma carinhosa e atenciosa com que ele lhe tratava nos poucos momentos em que passavam juntos. Rudy podia não ser, e com certeza não era, o melhor pai do mundo, mas aquele foi o único modelo de paternidade que Bonnie conheceu ao longo dos seus 22 anos de vida. Ela não sabia como os outros pais eram, nem como se comportavam, ela sabia apenas como o seu era amoroso e gentil consigo, apesar dos pesares.

Obsessivo (dark-romance)- Bonenzo Where stories live. Discover now