Piloto

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ATENÇÃO AOS AVISOS:

Eu não sou leitora de dark romance, tudo que eu sei sobre o subgênero é muito superficialmente, então eu posso pecar muito na escrita desse romance aos olhos dos apreciadores. Por isso tbm, chamo isso aqui de Dark romance moderado, pq não é tão "pesado" quanto aos que já existem.

Essa é uma obra ficcional, peço licença para poder "delirar" um pouco na minha narrativa.

Espero que vocês se apaixonem por mais essa versão de bonenzo. Sei que deveria deixar pra postar ela quando terminasse alguma outra fic, mas eu sou ansiosa 🥲

Esses primeiros capítulos serão mais narrativos, pq preciso contar a história deles até o atual momento, mas juro que vale a pena.

Por favor, digam alguma coisa no final, vcs decidem se eu preciso ser interditada ou prosseguir. Kkk Bjs!!

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ELA tinha tudo, exceto liberdade, vontade de viver e felicidade

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ELA tinha tudo, exceto liberdade, vontade de viver e felicidade.

Bonnie constatou aos 5 anos de idade, que ela  não era uma garota comum, todavia suas desconfianças começaram mesmo quando  tinha  apenas 3 anos de vida, quando notara que a maioria das crianças da sua idade saiam de casa e se divertiam  em grupo, enquanto ela sob os cuidados da rígida tutora, Dahlia, vivia numa redoma. A ela  tudo era negado. E ela como toda criança, tudo questionava. Queria saber o por que de viver aprisionada, mas nenhuma resposta por mais lógica que fosse, lhe parecia convincente. Nenhuma explicação era plausível o suficiente para convencer a pequena de que era melhor estudar em casa em detrimento de ir à escola como a maioria das crianças. A pequenina Bennett, achava revoltante não ser igual as outras crianças. Era como se os pequenos que ela via saírem de casa, fossem pássaros livres e ela um enjaulado dentro de um mansão grande, mas cinza e vazia. Nada fazia sentido para ela.

Aos 7 anos  ousara fugir de casa por algumas horas, só para experimentar o cheiro da liberdade, constatara assim que havia um mundo espetacular fora das colunas e enormes muros da sua casa. Do lado externo, havia um mundo colorido, barulhento, alegre e divertido. Ela ficou deslumbrada com tudo aquilo,  pena que seu encanto durou exatamente -marcantes- trinta minutos, quando foi alcançada por cerca de cinco grandalhões homens, sérios e mal humorados. Ela odiava todos os malvados homens de preto.  Os guardas-costas do pai lhe causavam medo e horror. Ela não entendia porque eles só andavam emburrados e carregavam armas. Ser adulto era tão bom, por que eles pareciam sempre tão bravos? Bonnie  chorou naquele dia porque não queria voltar para a gaiola.

A privação  da liberdade  gerou indignação na pequena Bennett por toda sua vida. 

Com 10 anos foi morar em Londres. Pensara que lá a vida seria mais divertida, mas se enganou, era a mesma rotina só mudou a geografia, e o tamanho da casa, que para sua alegria essa era um pouco menor. Ela podia assim  se sentir menos sozinha.  Seus estudos ainda eram inteiramente responsabilidade de Dahlia e de seus demais tutores pedagógicos. Sua vida era monótona e entediante. A única coisa diferente que acontecia desde então, era a estranha visita  mensal que recebia do jovem homem. Era regra: todo  segundo domingo do mês, seu pai lhe chamava para saudar um desconhecido homem, que aos 15 anos descobrira que era ele  seu futuro marido. Nada foi mais assustador que essa notícia. 

 A palavra que definia sua vida era: privação. Privação de escolhas, liberdade e vontades.

Sua adolescência foi enfadonha… traumática, triste.  Tudo lhe era proibido fazer e aquilo a perturbava. Abusada, ela nunca contou a ninguém sobre esse trauma. Aos 18 anos ingressou na faculdade e começou a se relacionar com alguém escondido de seu pai. Jeremy fora seu primeiro amor, seu amigo, companheiro. O irmão  caçula da melhor amiga, que fez na universidade, mesmo estudando coisas distintas e tendo personalidades bem diferentes, as jovens construíram uma relação fraterna. Uma amava  moda e sonhava com a liberdade. A outra estudava para  ser chefe de cozinha, pretendia se casar e construir uma família. Bonnie e Elena em algo se completavam: eram duas sonhadoras.

 Fazer faculdade de moda era o que Bonnie sempre quis, sonhava em ser uma estilista bem sucedida e independente, tudo estava bem planejado na sua cabeça, até que com 22 anos  Bonnie foi surpreendida com a morte repentina de seu pai durante um passeio de carro. Dali em diante foi como se uma cratera tivesse sido aberta sob seus  pés e ela  se afundou completamente entre os destroços. 

O homem com quem noivou aos 10 anos e que desde os 15 não via -apenas recebia dele cartas- repentinamente voltou à sua vida. Ela foi levada para a casa dele e lá ficou até o dia do casamento sem vê-lo uma única vez sequer.

 Apesar de ser dela o casamento, não tivera direito a escolher sequer o buffet,  sem preparativos e sem seu vestido dos sonhos. Aquele homem roubou-lhe o direito de viver o luto do seu pai. Seu vestido de noiva. Sua vida.

 O dia do seu casamento foi o pior dia da sua vida.  Por mais que Maggie, -a única pessoa que ela  suportava naquela casa- estivesse se esforçando ao máximo  para fazer daquele dia menos pior, nada adiantava. Ela se negou a passar um mero pó compacto, queria que ele visse em sua face real o quanto ela o odiava. Até o vestido que usara fora propositalmente escolhido, para passar   uma mensagem: estou de luto.  Preto  tomara que caia, a peça era curta na frente e tinha uma enorme calda atrás. Acinturado, ele decalcava a curva da estreita cintura, o que dava um ar sexy ao look. Feito para o baile de halloween, ele serviu  perfeitamente para aquele terrível momento da sua vida.

 No caminho  obrigou o motorista a parar na floricultura e comprou um buquê de rosas pretas, estava pronta para enterrar a si mesma viva. 

O lugar da cerimônia foi um museu antigo arquitetônico. Havia pouquíssimos convidados e o noivo parecia tão infeliz quanto ela. 7 anos depois Bonnie encarou o homem. Ele ainda tinha o mesmo olhar frio. Vestido de  smoking italiano, encorpado, feito notoriamente sob medida. Ele era um moreno austero e insuportavelmente bonito, mas ao seu redor pairava uma nuvem escura. Parecia o grande senhor do inferno. 

Eles eram dois miseráveis fadados a estarem juntos por  livre e espontânea pressão.

 A cada passo que dava em direção a ele, seu coração palpitava apertado no peito, os olhos cintilavam cheios  de lágrimas e as mãos seguravam o buquê tremendo. Bonnie tinha a leve impressão de que estava caminhando rumo  à prisão eterna. Ela poderia correr, fugir, ou simplesmente sumir, mas sabia que  não havia lugar no mundo em que eles… em que  ele não a alcançaria. Ele foi muito claro, quando por telefone disse com sua voz horripilante: “Nem em sonho ouse fugir. Porque não importa aonde vá, eu vou te encontrar. Você me pertence."   Um calafrio perpassou sua  espinha. Bonnie sentiu náuseas. Ela nunca seria dele. O  fato de estar ali, significava apenas que ela tinha um plano o qual executaria na hora certa. 

Bonnie jurou a si mesma que um dia seria livre, nem que tivesse que matar ou morrer para alcançar  esse sonho.

Diante do juiz de paz e ao lado do noivo, Bonnie parou trêmula. O coração palpitando e os olhos lacrimejados. O juiz fez uma breve introdução, fez a pergunta principal ao moreno que friamente, disse: "Sim, eu aceito" e então pergunta-lhe:

— E você Bonnie Bennett, é de livre e espontânea vontade que aceita Lorenzo St John Cohen,  como seu legítimo esposo?

Quando ela encarou o noivo, os olhos castanhos dele fitaram-a como profundidade. Como um ladrão de almas. Seus lábios tremeram. Era como se tivessem colados um no outro. Era como se fosse morrer sufocada. 

Mal humorado ele arqueou as sobrancelhas. Os demais convidados já murmuravam baixinho, cheios de expectativas e impaciência. Bonnie sentia o coração bater cada vez mais acelerado e calafrios tomaram todo seu corpo. A voz de seu pai ecoava em sua mente dizendo: “...precisa se casar com ele, Bon. Tem que me prometer, que quando esse dia chegar você dirá…”

— Sim… Eu aceito…—dito isto, ela sentiu as pernas fraquejarem. Uma súbita tontura a fez perder todos os sentidos. Ela desmaiou sendo rapidamente amparada pelos  braços fortes do  marido. 

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NOTAS FINAIS:

E aí? Curiosos para saberem mais dessa história?
Volto já!





Obsessivo (dark-romance)- Bonenzo Where stories live. Discover now