Capítulo sete (parte II)

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Esse capítulo é mais narrativo, então muita atenção.

Tema central desse capítulo é abuso sexual/ estupr0. Cuidado se isso mexe com vc de alguma forma.

Boa leitura!

Perdão pelos erros de digitação e ortografia.
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NÃO FOI DIFÍCIL captar o que estava acontecendo.

Enzo já tinha visto de tudo nesta vida. E como bom amante da literatura, ele adorava acompanhar  jornais e estudar sobre diversos assuntos através de artigos científicos. E como se não fosse bastante, fora obrigado pelo falecido pai, a fazer 2 anos do curso de psicanálise, assim, quando queria,  ele sabia como ninguém investigar o comportamento alheio.

Logo, ainda que Bonnie se negasse a contar a verdade, estava estampada na sua cara aterrorizada, o que acontecera no seu passado. O comportamento do tal Apolo também fora muito suspeito, aquela chuva  de adjetivos no diminutivo e infantilizados para se dirigir a uma mulher feita como Bonnie, era no mínimo fruto de uma cabeça transtornada. A forma com que ele  olhava pra sua mulher, exalando desejo sexual, tal como um predador encarando sua presa, eram provas cabíveis de que o passado daquele velho, o condenava.

Para ele  não restava qualquer dúvida. Bonnie havia sido abusada em algum momento da sua vida.

Os  gritos silenciosos que ela sufocava naquele agonizante silêncio até a casa deles, ainda podiam ser  ouvidos através de  seu olhar perdido contra o vidro da janela  do carro. Mesmo sentada ao seu lado no banco traseiro,  ela traçou uma bem delimitada distância  entre eles, ao se encolher na extremidade junto à porta. Os braços em volta a si mesma para conter os tremores e aplacar a solidão.

Enzo a olhava de relance, o coração sempre inabalável bateu sutilmente apertado naquela noite. Ele era o tipo de homem que  sentava à mesa com corruptos, traficantes, hackers, sonegadores, assassinos, homicidas, ladrões, adúlteros, viciados, bajuladores, ditadores, mas com estupradores assumidos, jamais, inclusive havia um  lema dentro da aliança D12 (os 12 dons) que estupradores não eram tolerados em seu meio. Qualquer um da cúpula que fosse pego violentando sexualmente uma mulher, estava condenado à pior das mortes. Então não seria aquele velho maldito que passaria impune. Ele ia esfolar aquele desgraçado e jogar seus restos para os urubus comerem. Tinha tudo planejado. Cada mínimo detalhe da execução em mente. Todas as lições que pretendia ensinar ao velho asqueroso, desrespeitavam no mínimo uns 50 direitos humanos, mas para ele pouco importava. Todos que mexessem com sua mulher não tinham direito de viver. E não que ele se importasse muito com ela, -era o que ele dizia a si mesmo-, mas sim, porque ele era Lorenzo St John Cohen, e todos deveriam o temer.

Obsessivo (dark-romance)- Bonenzo Where stories live. Discover now