Capítulo oito

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CERTAS COISAS ESGOTAVAM o pavio de Enzo como uma chama acesa de pólvora.

Para um homem impetuoso, impaciente e indelicado, ele até que  estava sendo muito gentil e paciente com ela, como nunca fora antes com nenhuma outra mulher, nem mesmo com Sarah. Contudo, ele tinha atingido sua cota diária de civilidade.

O CEO estava a um passo de sacudir a esposa e gritar na cara dela, duras e boas verdades.

Bonnie não reconhecia uma atitude positiva dele. Mesmo após meses de convivência, ela ainda o via como seu inimigo, sendo os seus verdadeiros inimigos estavam as sombras planejando formas sórdidas de destruir com sua vida.

Desde que Enzo soubera do estupro que Bonnie sofrera, que ele vinha se esforçando para ser o mais paciente e cuidadoso dos maridos, mas ela se recusava a ver seus atos de bondade. E ele estava cansado de tantos esforços.

Naquele dia, Enzo havia participado de  diversas reuniões e resolvido dezenas de problemas, e como se isso não fosse o bastante, ao chegar em casa, notou que alguém havia invadido seu quarto e mexido em  suas coisas. Ele ficou chateado. Porque com  certeza não fora nenhuma empregada, todas ali conheciam bem suas regras como:  proibido  mexer em seu closet ou tirar suas coisas do lugar. E alguém fez.  Maggie não havia de ter sido a autora do crime, mas com certeza era uma cúmplice. Uma cúmplice de Bonnie Bennett.

Ah, diabo! Ela estava mexendo com fogo e ia se queimar para aprender.

Irado, Lorenzo tirou o blazer e lançou-o na cama, jogou a gravata no chão e abriu alguns botões da camisa para respirar melhor. Ele sentia um calor inumano, era como se seu corpo estivesse em chamas.

Enzo se dirigiu ao quarto da esposa, onde entrou sem esperar ser convidado e parou bem  no centro daquele mundo cor de rosa bebê. Os olhos varreu o cômodo em busca dela, mas nenhum sinal da pequena diaba. Ele se preparava para esbravejar o nome de Bonnie, quando ela surgiu linda -ainda que notoriamente nervosa- parada diante dele vestindo uma camisa social na cor branca.

A chama assassina nos olhos de Enzo se abrandou no instante em que ele começou a  estudá-la  dos pés à cabeça.

Aquela camisa era pequena demais, transparente demais, sexy demais.

Graças a transparência do tecido, ele notou que ela usava uma calcinha preta minúscula, a qual deixava seus quadris mais desejáveis do que normalmente  eram. As pernas pequenas eram perfeitamente torneadas. Seus pés delicados, tinham as unhas dos dedos pintadas em um tom clássico de branco. Quando fitou novamente a face da pequena demônia, deixou o olhar demorar-se sobre aqueles lábios fartos, com os quais ele havia sonhado nos últimos meses mais do que gostaria de admitir. E aqueles malditos seios roliços, firmes, perfeitamente decalcados sob o sutiã rendado, eram a sua perdição. Enzo sentiu algo crescer e latejar dentro da calça. A barriga dela era  lisa e ele se imaginou passando  bastante tempo com a língua sobre ela, tal como no  triângulo tentador onde as pernas dela se encontravam. Por Deus. Ele queria tanto lambê-la. Queria levar Bonnie a exaustão até ela  explodir  em mil pedaços.

Obsessivo (dark-romance)- Bonenzo Where stories live. Discover now