Amar é perfeito

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Capítulo 38

Amar é perfeito

Era loucura, eu sabia disso. Eu tinha plena noção dos meus atos feitos no impulso, mas quem liga? Era de Jungkook que estávamos falando, e eu não me arrependia nadinha disso. Eu estava em um país onde eu mal falava a língua, sozinha, com duas malas e uma bolsa de ombro, descabelada e de pijama. Sim, eu estava somente de pijama e chinelos na Coreia do Sul, pois não pensei muito quando saí colocando o restante das minhas coisas na mala que havia trago de Woodstock, mala essa que seria somente usada daqui a duas semanas. No entanto, as coisas tiveram que sair um pouco dos seus trilhos, para um bem maior.

Após ler a carta de Jungkook, joguei o que vi pela frente na mala e gritei pelos meus pais, que apareceram com olhos inchados de sono e pijamas, assim como os meus avós. Eu lhes mostrei a carta e, dada a minha situação, eles sabiam o que eu estava prestes a fazer. Pela minha total surpresa, eles não me impediram; pelo contrário, me ajudaram a dobrar as roupas, e mamãe ligava para o aeroporto a fim de adiantar a minha passagem. Por sorte do destino, tinham uma única vaga no voo das quatro da manhã, e o aeroporto ficava a duas horas de distância. Tínhamos que correr contra o tempo. Papai arrumou meus documentos e garantiu que o restante das minhas coisas chegariam dois dias depois na Coreia. Vovó preparou alguns lanches para a viagem, mesmo eu tentando lhe dizer que não podia entrar no avião com aqueles quitutes. Mesmo assim, ela os fez, e comemos no percurso de carro, todos espremidos na van antiga de papai, de pijamas e cada um dizendo suas últimas palavras para mim, como se nunca mais fôssemos nos ver, o que não era verdade.

Parada agora em frente ao aeroporto da Coreia, eu comecei a raciocinar que eu estava com uma mala cheia de roupas. Poderia ter as vestido no aeroporto, mas eu simplesmente não pensei nisso antes. Era esse o efeito do amor; ele te faz não pensar nas coisas. Um carro preto parou na minha frente, e eu abaixei os olhos quando a janela se abaixou e um homem bem vestido de terno e boina, olhos puxados e luvas brancas, acenou com a cabeça. Logo a porta de trás foi aberta, e lá estava ele, Yoongi, me olhando de cima a baixo com uma sobrancelha arqueada e um mínimo sorriso de deboche estampado.

— Quando você disse que eu te reconheceria de longe, eu não imaginei isso — Ele riu, enquanto eu revirei os olhos, dando-lhe o dedo do meio. O motorista saiu e pegou as minhas malas, colocando-as no porta-malas, e eu até tentei ajudar, mas ele foi mais rápido no processo.

— Você não contou para ele, contou? — Me ajeitei ao lado de Yoongi, que guardou o celular no bolso e me encarou de canto, esperando o motorista entrar no carro e dar partida no automóvel.

— Apenas Jimin, é impossível esconder alguma coisa dele — Ele bufou, pondo as mãos nos bolsos. — Os demais a essa hora já devem saber, mas Jungkook não, lhe garanto. Ele está preso na reforma do nosso apartamento. — Olhei para Yoongi sem entender. — Vamos finalmente morar todos juntos. — Ele sorriu minimamente.

Quase que perfeitos | com JungkookWhere stories live. Discover now