O baile

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Capítulo 32

O baile

O baile aconteceria antes da formatura, sendo um momento dos pais e alunos curtirem a última noite em Woodstock, principalmente entre os amigos.

Eu estava finalizando a maquiagem quando escuto uma leve batida na porta e logo em seguida a minha vó entra com um sorriso singelo no rosto com linhas que marcava a sua trajetória de vida.

— Azul é a sua cor — A mais velha se aproximou, passando a mão pelo meu vestido de cor peculiar para uma formanda, em um tom claro alarmante que eu me apaixonei quando o vi na vitrine de uma loja de roupas de gala, onde eu e Ellen passamos boas horas experimentando diversos vestidos e tecidos para a noite de hoje — Foi em uma noite assim, no baile de formatura, que seu avô me tirou para dançar e até hoje estamos juntos — Seus pequenos olhos se encheram de lágrimas ao relembrar do passado, secando-as rapidamente — Mas eu não vim aqui pra falar uma velha história que você, minha neta, já conhece muito bem — Ela sorriu na minha direção — Tome isso — Ela me entregou um cartão com meu nome e eu franzi o cenho confusa.

— O que é esse cartão?

— Seu presente, oras! — Ela empurrou em minha direção — Achou que eu e seu avô estamos brincando? — Ela riu.

— Eu não acreditava até o momento que estavam falando sério — Falei descrente — Não posso aceitar isso, é muita coisa — Eu não sabia o valor que tinha no cartão, mas não importava o tanto que fosse, era muito para mim

— Deixe de bobeira e não se recusa um presente — Ela levantou às pressas — Aproveite a viagem — Piscou saindo do quarto em uma velocidade extrema, esbarrando em minha mãe, sua filha, no corredor.

— Mas o que... — Minha mãe resmungou e me olhando, trazendo um sorriso no seu rosto me olhando — Você está linda, meu amor — Girou em minha volta, observando cada detalhe composto no vestido.

— Vovó está enlouquecendo — Resmunguei sob os olhares admirados de minha mãe — Olha o que ela me deu! — Ergui o cartão na altura do rosto de minha mãe que apenas se limitou em empurrar minha mão para ajustar a bainha do meu vestido — Não pode ignorar isso!

— Eu falei para sua vó que isso era um presente demasiado exagerado, mas aquela velha é teimosa e seu avô é pior ainda — Bufou se agachando para conferir meus sapatos — Aceite calada e aproveite, é o que resto — Deu de ombros.

— Então você não se importa de que vou sair desse país, do lado de vocês e de tudo? Sem retorno? — Perguntei incrédula.

— Sinceramente, me dói — Ela olhou no fundo dos meus olhos — Da mesma forma que doeu mandar quando a minha menina para outro país, para poder estudar — Sorriu triste — Criamos os filhos para o mundo, eu não posso te prender a mim para sempre — Seus olhos estavam marejados, assim como os meus — Quando você precisar de mim, estarei onde você estiver, isso que significa ser mãe — Eu sequei uma lágrima solitária que escorria de seu belo rosto — Já sabe para onde vai? — Perguntou chorosa.

— Ainda não — Sentei na minha cama e ela fez o mesmo.

— Pense com calma — Fez um carinho em minha mão — E lembre-se que independentemente de onde estiver, nós estaremos aqui se precisar.

Duas batidas mais fortes na porta e meu pai colocar a cabeça para dentro do quarto de olhos fechados.

— Espero que esteja vestida, pois temos que ir.

[...]

É impossível não reconhecer os fios azuis de Ellen acompanhado do seu vestido que também era em um tom azul mais claro, parecido com o meu.

Quase que perfeitos | com JungkookWhere stories live. Discover now