Adhara Walker é uma jovem de 17 anos que desde muito pequena sonha em se tornar uma astrônoma renomada. E agora que está prestes a ingressar na universidade de astronomia, a jovem está determinada a passar as férias de verão focada nos estudos. Mas...
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A Miraculosa Al-Miraj estava em festa. Alegre, todo o reino, juntamente com a família real, participava de uma comemoração que já durava três luas. Uma agradável melodia ecoava pelo salão. E sacudindo seus hijabs, as mirajins dançavam, completamente contagiadas pelo seu ritmo. A lua reluzente beijava o céu estrelado, como uma donzela nos braços de seu amado. E o calor da noite espalhava-se feito carícias avassaladoras, tornando o clima ainda mais envolvente.
—Saúdem o meu filho, o Príncipe! Cuja honra faz de mim o pai mais orgulhoso deste reino! — exclamou o rei, erguendo seu cálice de forma calorosa. Repetindo seu gesto, todos ali presentes transmitiram seus cumprimentos ao príncipe. Sentado à destra do trono encontrava-se aquele cujo pai sentia orgulho em chamá-lo de filho. Tendo regressado há três noites para o reino, o príncipe, a pedido do rei, passara uma longa temporada ausente, supervisionando a restauração de uma cidade que havia sido devastada pela guerra.
—Majestoso rei, a tua honra é como um brilho que eleva-se além das estrelas. Brilho esse que jamais conseguirei ofuscar.— disse o príncipe, curvando-se respeitosamente diante do rei. Observando-o com atenção, o rei sorriu afetuosamente.
—Meu filho, a verdadeira honra não está no brilho ou na grandiosidade, mas sim no caráter e na lealdade. Você tem demonstrado essas qualidades em todas as suas ações, e isso é o que verdadeiramente me enche de honra e alegria como pai e rei.
—Majestades, trouxe mais vinho. — interrompeu um jovem ao se aproximar. Enquanto este reabastecia seu cálice, o príncipe perguntou:
—Onde está o *vizir?
—Se o conheço bem, ele deve estar nesse exato momento em seu jardim, introduzindo suas sementes em terras férteis. — respondeu o rei com um sorriso que reluzia como a lua.
—Era de se esperar. — resmungou o príncipe antes de levar sua taça aos lábios e sorver uma boa quantidade de vinho.
—E por falar em jardim, quando é que pretende cultivar o seu? — questionou o rei. Como que apunhalado pela pergunta, o jovem engasgou-se com a bebida e começou a tossir. Uma gargalhada estrondosa reverberou da boca do rei, que, desferindo leves tapinhas nas costas de seu filho, o provocou:
—Bem como dizia o poeta: "Até o mais sólido dos homens estremece diante de tal pergunta".
—Mas...meu pai — protestou o príncipe, os olhos lacrimejantes. — Não acha que é cedo demais para discutirmos sobre esse assunto? Afinal, eu acabei de retornar. Assumindo uma expressão séria, o rei respondeu:
—Você já se tornou um homem e, em breve, se tornará meu sucessor. E espero que, quando esse momento chegar, você esteja tão firmado a seu dever quanto às imponentes muralhas que protegem uma cidade. E, um casamento, quando bem consolidado, torna-se a base principal que auxilia o homem em sua edificação.
—Tem razão, meu pai. — concordou o príncipe, de cabeça baixa.
—Pois bem, se estiver de acordo, gostaria de discutir sobre esse assunto o quanto antes. — disse o rei.