— Poderia ser um apelido carinhoso para as pequenas crateras em seu rosto. Tipo as estrias, minha mãe as chama de ondas do mar. — ele conta, me fazendo sorrir, é fofo.

Ele logo se levantou do sofá, dizendo que precisava ir embora. Acompanhei-o até a porta da frente, e nos despedimos.

— A gente se fala em outra hora, pode ser? — Noah perguntou.

— Claro. — respondi, acenando para ele. — Até mais, Noah.

Ele entrou em seu carro e partiu.

Queria voltar para o meu quarto e aproveitar um tempo para pensar sobre o que estava fazendo, mas recebo uma ligação da Leah em meu celular.

— Oi, Liza! Você está ocupada hoje? — pergunta, e eu penso antes de responder.

— Oi, Lee. Não estou. Por quê? — respondo.

— Estava pensando que, como hoje é domingo e o dia está bom, seria legal se você viesse passar um tempo comigo e com os garotos. — explicou.

— Ah, acho que vai ser legal. Preciso me distrair um pouco mesmo. — concordo, achando a ideia boa. — Posso ir agora. Chego em vinte minutos.

— Certo, venha logo. Estamos te esperando na minha casa. E não precisa vir muito arrumada, sei como você tende a vestir roupas muito bonitas. — disse divertida, me fazendo achar graça.

— Você aceita blusa, short e moletom, senhora Uley? — pergunto, e ela ri, concordando, mas reclamando do "senhora". — Até logo, então. — me despeço e desligo a chamada, subindo até o meu quarto apenas para pegar a minha bolsa e, em seguida, dirigindo até a reserva.

Quando me aproximo da casa dela e do Sam, ouço alguns rosnados vindo da floresta, mas eles estavam bem longe. Prefiro manter distância e estaciono minha moto perto da entrada da casa de Leah, ainda com receio dos lobos e preferindo não me aproximar enquanto estivessem em sua forma animal.

Leah estava saindo de casa com vários bolinhos de chocolate, e me enviou um sorriso assim que me viu.

— Caramba, Leah. Você que fez? — pergunto, pegando um bolinho e ela ri.

— Pode ter certeza que não. — nega, começando a andar para fora da casa, me fazendo ser obrigada a segui-la — Sou péssima em fazer sobremesa. Porém, os lobos sentem muita fome por causa das transformações, então o chefe da nossa reserva, junto com alguns representantes, coletam dinheiro do nosso povo para ajudar na comida. Os bolinhos saíram do restaurante da minha prima, Emilly, ela dá um bom desconto para a gente porque sempre compramos muito. — explica, e eu aceno em concordância, às vezes me esquecia que os quileutes tinham seus próprios líderes e funcionavam como um governo próprio, até mesmo possuíam um idioma, por mais que não existissem muitos falantes fluentes.

— Para onde estamos indo? — pergunto, ao ver que entrávamos cada vez mais na floresta, ficávamos cada vez mais perto dos lobos e eu torcia para que ela não respondesse o que eu estava pensando.

— Estamos indo até os garotos, espero que não se assuste com o que vai ver. Tive que pedir para o Sam para permitir que você veja eles. — disse e eu dei um sorriso ansioso, medroso e em pânico, por mais que estivesse curiosa, não queria ter uma morte dolorosa.

Eles faziam muito barulho, ficavam rosnando e aparentemente se chocando em árvores, porém também ouvir algumas risadas.

— Me lembro que você sempre gostou da natureza, vai achar muito legal, não precisa ter medo. — ela disse, provavelmente notando minha expressão e os meus passos hesitantes.

☼𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍☼↝ᴶᵃᶜᵒᵇ ᴮˡᵃᶜᵏWhere stories live. Discover now