É melhor só agradecer e seguir em frente

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   Ele me entrega um copo e eu bebo o Bourbon rapidamente, me jogando no sofá

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   Ele me entrega um copo e eu bebo o Bourbon rapidamente, me jogando no sofá.

   — Essa chácara é linda, mas ainda bem que não tem vampiros da nossa espécie aqui. Praticamente é uma verdadeira arma contra a gente, só na escada vejo mais de 100 estacas de madeira. — aviso, sorrindo.

   — Não acho que um vampiro irá vir até aqui para me matar, provavelmente vai esperar que eu volte para Mystic Falls. Menos trabalhoso. — afirma, se sentando ao meu lado no sofá e aceno concordando.

   — Por falar em vampiros, descobrir um clã aqui, só que eles são... diferentes da gente. — informo, me lembrando dos Cullen e eu me acomodo mais no Damon, me deitando sob seu peitoral.

   — Diferentes como? — indagou, desinteressado, enquanto bebia seu Bourbon.

   — Parece que são de outra espécie, os Frios. — respondo.

   — Já ouvi falar que existe seres sobrenaturais de diferente espécie, pensei ser só mais uma lenda. Como eles são? — perguntou, mais interessado no assunto.

   — É um clã de 7 vampiros. Pelo que eu percebi e me contaram, todos são brancos como papel e gelados como gelo, e a pele deles parece, literalmente, mármore. Rígidos como um e brilhantes no sol. — Sou interrompida pelo corpo dele se balançando a baixo de mim, estava gargalhando.

  — Eles brilham no sol? — pergunta zombando — Sweetheart, eles são um clã de vampiros ou as fadas de Tinker Bell? — O acompanho soltando um riso.

  — É engraçado, mas se não existisse esse anel, — levanto minha mão e mostro o acessório que me protege do sol — eu preferia ser a sininho do que ser queimada viva. — ele assente, ainda rindo. — Deixa eu continuar... ah, sim, o coração deles não batem, as íris dos olhos são douradas. E o mais chocante, eles escolheram não beber sangue humano de jeito nenhum. Só animal.

  — E por que não bebem? São um clã de estripadores? — pergunta, curioso.

   — Quase isso, para eles, sangue é parecido como droga, é viciante e é quase impossível parar. Só que se eles conseguirem interromper antes de matar um humano, a pessoa mordida se transforma em um frio também. Então eles só bebem sangue animal. Acho que a mordida deles contém o veneno, eles não tem sangue, são realmente iguais a estátuas de mármore.

   — Nunca pensei que diria isso, mas agradeço por ser transformado por outra espécie. — comentou e eu rir concordando.

   — Também... Eles estão na minha escola, são legais. E todos que conheci são lindos, sem exceção, mas todos são casados entre si, só tem o Edward solteiro, mas minha irmã e ele estão tendo algum lance estranho, masoquista e sádico. — digo escutando sua risada

   — Você não se aquieta mesmo, não é? — Indaga, rindo.  — Não consegue ficar sem ninguém na sua cama. — reviro os olhos.

   — Aprendi com você vampirinho. — respondo, porém, quando ele iria retrucar, escuto meu celular tocar. Vejo na tela o nome do meu pai.

   Olho através da janela e já havia escurecido, ele estava provavelmente preocupado. Mal atendo e já escuto sua voz ansiosa pelo celular.

   — Elizabeth! Posso saber porque você não está em casa ainda? Você sofreu um acidente de moto, não é? Eu sabia que era uma má ideia. Você está no hospital... — interrompi ele.

   — Pai! Eu estou bem, perdi a noção do tempo. Já estou voltando para casa. Ok? — digo, o acalmando.

   — Ok, volta rápido. — pede — Não! Dirige com segurança, não vem em alta velocidade. — se corrige apressado, me fazendo dar um pequeno sorriso.

   — Ok, tchau. — espero ele murmurar um até logo e desligo.

   — Você escutou, tenho que ir. — me levanto do sofá e vejo ele sentado, ainda apreciando o seu copo de Bourbon. — Sério? Nem para me levar até a porta? Ótimo anfitrião, você. — digo irônica.

   — Mas não foi você que disse "Damon, vou morar com você"? Já é dona da casa também, docinho. — disse, dando um sorriso malicioso, aqueles que te prometem trazer o paraíso até você.

   — Oh, se é assim, então qualquer dia desses eu venho dormir na minha cama. — sorrio e me aproximo novamente dele, sentando em seu colo e dando um beijo em sua boca ao mesmo tempo em que eu entrelaçava os meus dedos pelo seu cabelo.

   Quando ele começou a dar beijos pelo meu pescoço, retiro suas mãos da minha bunda e me levanto usando minha super velocidade.

   — Até logo, docinho. — Dou ênfase no apelido com escárnio e saio em velocidade de vampiro. Escuto um xingamento dele enquanto eu subia na moto e rio dando a partida no motor.

   O caminho foi bem rápido já que eu dirigia a 320 km/h, estaciono do lado da caminhonete de Bella e entro em casa, pelo horário que marcava no relógio da parede, já era o jantar.

   — Pai! Cheguei. — grito entrando em casa e tiro o casaco que eu usava. Escutava um barulho de chuveiro no andar de cima, pelo cheiro era ele.

   — Liza! Nossa, papai já estava todo preocupado. Por que demorou tanto? — Bella aparece em minha frente e eu dou de ombros.

   — Estava conversando com um amigo e perdi a noção do tempo. — digo simples e vou até à cozinha pegar uma maçã. — Você não deveria estar descansando? O dia foi pesado. Está com alguma dor?

   — Você é pior que a nossa mãe! — diz fazendo uma careta e eu rio. — Eu estou bem.

   — Tem certeza? Eu te conheço Bella, você tem uma séria propensão a esconder o que sente. Aposto que está com dor, mas finge que ela não existe.

   Bella desde criança tinha um sério problema de não preocupar as outras pessoas, mesmo se ela tivesse morrendo de dor ou medo. Eu sempre tinha que prestar atenção nela ocasionalmente, só para ter certeza se ela estava bem como dizia.

   O maior problema da Bells, sem dúvidas, é esse altruísmo. Nunca vi uma pessoa tão propensa a se sacrificar pelos que ama e, na verdade, ela deveria procurar ajuda psicológica. A Bells tinha sérios problemas de insegurança e duvidava que a mesma tinha dependência emocional.

   — Dá raiva você me conhecer tão bem, estou com um pouco de dor na cabeça, mas já tomei o Tilenol que o Dr. Cullen passou. — avisa e eu assinto, mais tranquila.

   — Falando nos Cullen, o que houve com o Edward? Vi vocês brigando no hospital. — pergunto mesmo já sabendo da resposta, mas precisava saber até que ponto ela estava desconfiando.

   — Liza, quero que você seja sincera comigo. Por favor, você viu que o Edward estava longe, né? Ele estava quase do seu lado. Era impossível ele ter chegado tão rápido. — perguntou, franzido o cenho em confusão.

   — Ele realmente estava um pouco longe, mas eu estava vendo o jeito que vocês se encaravam, Bella. Ele estava andando em sua direção quando avistou o carro vindo em alta velocidade, provavelmente deve ter tido um surto de adrenalina. É muito comum, na verdade. — explico, ela suspira, considerando a hipótese. — Tem tantas explicações plausíveis para isso, não se frustra tentando achar a certa. Você pode acabar ficando doida desse jeito, é melhor só agradecer e seguir em frente. — digo e ela assente entendendo meu raciocínio.

   — É, você deve ter razão. Vou tentar parar de pensar sobre. — disse e assinto, murmurando ser o melhor a se fazer.

☼𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍☼↝ᴶᵃᶜᵒᵇ ᴮˡᵃᶜᵏOnde as histórias ganham vida. Descobre agora