Hospital

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Estamos no hospital, eu vim como acompanhante da Bella na ambulância, ela pareceu com bastante raiva por ir numa maca com o pescoço imobilizado, ficava a todo instante insistindo que estava bem e que não precisava de tudo isso.

Agora estamos esperando o Dr. Cullen chegar e ver se a Bella está realmente bem como ela insiste em dizer, mas enquanto isso, o Tyler está enchendo a minha paciência pedindo desculpas a Bells.

— Tyler, por favor! Só cala a droga da boca antes que eu faça isso por ti. — Imploro com raiva fechando a cortina que dividia as duas macas.

    Depois de mais um minuto aparece o papai todo preocupado e ansioso, ele parecia ter chorado, já que os seus olhos estavam avermelhados. Aquilo partiu o meu coração em milhões de pedaços, não gostava de ver ele desse jeito.

— Bella! Você está bem? — ele pergunta a examinando de cima a baixo, tentando encontrar qualquer ferimento pelo seu corpo. — Vamos conversar depois! — ele avisa, apontando para o Tyler, quando não ver nenhuma dano aparente nela.— Você está bem? — pergunta de novo, dessa vez mais calmo.

— Eu estou bem, pai! Fica calmo. — ela pede.

— Desculpa, Bella. Eu tentei parar! — Tyler disse, abrindo a cortina que eu tinha fechado, voltando com sua ladainha.

— Eu sei. Tudo bem. — ela diz, assentindo.

— Não! Com certeza não está tudo bem. — Papai nega, irritado, olhando para o garoto como se fosse um criminoso.

— Pai, não foi culpa dele. — ela intervém tentando amenizar a situação, enquanto eu só olhava para a situação desinteressada.

— Podia estar morta. Entende isso?

— Tá, mas eu não estou, então…

— Pode dar adeus pra sua carteira. — ele avisa para o Tyler, ignorando tudo o que a Bella tentou dizer. —E você, Eliza? Está tudo bem? — perguntou se direcionando a mim, respirando fundo e me examinado do mesmo jeito que fez com a Bella.

— Nenhum arranhão, pai. — respondo, com um meio sorriso sincero.

    Logo apareceu o Dr. Cullen, ele veio escrevendo alguma coisa em sua prancheta. Parecia mais um Deus do que um vampiro, seu cabelo é um loiro bem claro. Pensei que ele tinha uns 33 anos, mas aparentava ser somente alguns anos mais velho que eu, talvez 3 ou 4 anos. Ele olhou pra mim e parou por um instante de anotar, seu semblante era curioso, provavelmente alguém já deve ter falado sobre mim pra ele. O doutor desviou o olhar e virou pro papai com um sorriso simpático.

— Soube que as filhas do chefe estavam aqui. — ele  disse com a sua voz incrivelmente perfeita, era alta, intensa e com uma dicção muito boa.

— Ah, Dr. Cullen. — meu pai o olha, assentindo em reconhecimento.

— Charlie. — ele cumprimenta e se aproxima da Bella, pega um papel e ler as informações de sua ficha.

— Isabella. — ele ler o nome dela na prancheta.

— Bella. — Ela corrige ele.

Quem tem coragem de corrigir ele? Esse homem pode me chamar de lesma que eu sorriria concordando.

— Então, Bella. Levou um belo susto, como se sente? — pergunta pegando algo no bolso de seu jaleco.

— Eu estou bem. — respondeu pela milésima vez no dia, aposto que já estava estressada.

— Olha aqui. — ele pede apontando uma luzinha nos olhos dela e continua — Você pode sentir estresse pós traumático ou tontura, mas os sinais vitais estão bons. Nenhum trauma na cabeça, é, eu acho que você vai ficar bem.

— Olha, eu sinto muito mesmo, eu...  — fecho a cortina novamente, antes de Tyle falar alguma coisa que me irritasse, papai deu um sorriso orgulhoso em minha direção.

— Teria sido bem pior se o Edward não estivesse lá, ele me empurrou pro lado. — ela disse, parecendo sugestiva. Com certeza ela notou que o Edward estava longe...

— Edward? Seu filho? — papai pergunta intrigado para o médico

— É... foi incrível, ele chegou e me pegou tão depressa, ele não estava perto de mim. — bells diz o pressionando, pude ver o desconforto do vampiro loiro.

— Graças a Deus, não é, Bella? Pelo menos você não está toda estraçalhada dentro de um saco preto.  — digo, desviando a atenção dele para mim.

— Elizabeth! — papai me repreendeu, assustado com o que eu disse.

— Só falei a verdade. — dou de ombros, sabendo que  aquilo provavelmente aconteceria se não existisse vampiros para impedir.

— Poisé, parece que teve sorte. — o doutor disse olhando para a minha irmã e depois me encarou por dois segundos com um sorriso e foi embora.

— Então, vamos embora? — perguntei, depois que a enfermeira chefe deu alta para a minha irmã.

— Claro, mas tenho que assinar uma papelada. Acho que vocês deveriam ligar pra Renée.

— Ligou pra ela? — Bella perguntou e ele não respondeu, com um silêncio culpado que denunciava a resposta.

— Ela deve está surtando. — Aviso, rindo um pouco.

  Meu telefone tocou de repente, percebi que era o contato do Salvatore. Ele me disse que iria trazer a minha moto até Forks há quatro dias atrás, provavelmente já deve ter chego da viagem, ou aconteceu alguma coisa grave, conhecia o bastante para saber que ele se metia em algumas confusões.

☼𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍☼↝ᴶᵃᶜᵒᵇ ᴮˡᵃᶜᵏOnde as histórias ganham vida. Descobre agora