Meu Novo Mundo (cap. 24)

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Chegou o dia em que eu finalmente segurei sua mão e dadas elas fomos ao Moby Dick. Me sentia nervosa, um sentimento comum ao entrar no navio do homem mais forte do mundo, ao mesmo tempo com uma leveza extrema que morava bem no fundo do meu coração.

Penso se era por estar com as mãos entrelaçadas com alguém que eu confiava. Sim, era a sensação que estava no lugar certo, na hora certa, no momento propício.

As coisas aconteceram de maneira repentina, sem dar avisos. Eu larguei tudo para trás, não morri e tenho a chance de um recomeço.

Ontem eu era uma cientista mediana que vivia isolada numa ilha trabalhando como um robô. Até que um rapaz sofre um acidente marítimo e vem parar na minha praia, machucado e cansado de lutar contra as ondas loucas desse mar.

Cheio de sonhos e desejos juvenis. Sonhos esses que eu nunca fui capaz de ter, me restringindo ao conforto de algo certo. No fim, o lugar a qual eu me acomodei está, atualmente, tentando me matar, mesmo que eu de nada saiba, para eles riscos são inaceitáveis, aqueles que estão no alto escalão.

Um sorriso ladino que me mostrou que há algo além do horizonte conhecido, uma aventura, coisas a explorar, lugares para conhecer e desejos.

Eu seguro sua mão um pouco mais forte, engulo em seco e respiro fundo. O chão que que eu pisava era de madeira de lei e reforçado pelo poder e presença daquele que lhe tinha como capitão.

Barba branca, aquele que só de ouvir o nome causa medo e apavoro por todos os blues. O quão incrível era?

Mesmo com todos os medicamentos e aparatos médicos ao redor era bem nítida a sua imponência que era disfarçada por um relaxamento e tédio por estar naquela situação. Com um corpo de grande porte segurava um caneco de bebida proporcional ao seu tamanho.

Todos estavam dispersados ao seu redor, direcionando os olhares para mim e Ace. A tensão aumentou, contudo Marco se aproxima com o mesmo sorriso amigável de ontem a noite e nos recepciona ao grande.

— Vamos lá para o pai te conhecer. — Sorri e estende a mão para mim.

— Claro.

Antes que eu segurasse em sua mão, Ace enciumado segura a minha e aquilo foi suficiente para Marco recolher a sua e seguir em frente.

Frente ao Barba Branca, que até então não tinha falado nada, estava sentado na sua cadeira e acima de qualquer um, literalmente. Seu globo ocular é direcionado a mim. Nesse mesmo instante meus ombros encolhem num apavoro instantâneo.

Não consegui manter contato visual, eu senti que poderia apenas cair paralisada em posição fetal.

— B-B-B-Bom d-d-d-dia B-Barba Homem o Branco m-mais forte do m-mundo. — Falei berrando gaguejando como uma cabra prestes a parir.

Todos no navio começaram a rir de mim, o que é compreensível visto que eu passei o maior mico. Em seguida Barba Branca bate a ponta do cabo de sua bisento, ecoando um barulho e uma rajada de vento.

— Calem-se!

Eu já estava suando frio, minha alma estava prestes a me abandonar, eu olho para o lado e Ace estava se aguentando para não se desmanchar numa risada pela minha situação.

— Você, mulher, o que a traz a este navio?

— E-Eu vim pedir a sua benção para que eu me junte a sua tripulação. — Falo olhando para o chão.

❝Portgas D. Ace❞: Um Garoto Problemático ✯Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon