Abraço (cap. 15)

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Ace anda pelo curto corredor da casa me levando ao meu quarto. Sim, ele conhece aquela casa, ele sabe onde eu durmo.

Convivi com Ace por três dias desde que apareceu na praia. Cuidei por um curto período, já que se recuperou rapidamente. Talvez rápido demais.

Sendo sincera, eu não sou a pessoa mais emocional do mundo. Eu vivo sozinha nessa ilha desde que o governo mundial me liberou de seus laboratórios com a condição de dar assistências sempre quando há necessidade. Enfim, eu vivo uma vida confortavelmente solitária.

Ace é um homem cativante. É deverás notável que ele mudou, a energia que ele transmite é outra. E me deita na cama, o garoto senta ao lado, com a postura curvada me observando por trás dos ombros.

— Por que voltou? — Pergunto.

— Eu tava sem nada pra fazer pô.

— Nossa. — Meu semblante fecha.

Ele dá uma risada nasal.

— Sua reação foi incrível.

— Eu nem sei porque eu ainda tento. — Cruzo os braços.

Ace segura minhas mãos desfazendo o cruzamento.

— Decepcionada? — Sorri.

Serro o olhar e tento soltar as minhas mãos.

— Opa, opa calma. — Usa mais força pressionando meus braços. — Sem violência.

— Violência é o cara-

Depois segura meu rosto pela bochecha, me deixando com um biquinho.

— Boca suja também não pode. — Faz estalidos de impugnação com a língua. — Não seja mal educada.

Respiro fundo e fecho meus olhos me acalmando, até que ele me solta.

— Ótimo. — Espana as mãos.

— Você é um estraga prazeres. — Sopro o cabelo para que saia da minha cara.

— Eu, estraga prazeres? — Contrai os ombros em discordância. — Só porque eu não disse que voltei pra poder reencontrar a única mulher realmente interessante do começo da Grand Line até a ponta do novo mundo? Pfft...  — Faz-se desentendido.

— Nunca disse que queria visitas. — Viro o rosto que estava levemente ruborizado. — Ainda mais de... — O olho pelo canto observando novamente a sua aparência. — Um pirata como você... — Suspiro profundo.

— O que tem demais? — Sorri. — Sou perigoso, eu sei.

— Perigoso, você?

— Não? — Ele contrai a musculatura e mostra o braço. — Veja como estou forte.

Me levanto e me sento o analisando.

— Realmente. — Aperto levemente seu bíceps.

— Mas me diga, eu posso ficar?

— Bom... Talvez não seja ruim. — Sorrio. — Vou te dar essa chance. — Passo a mão pelo cabelo dele bagunçando.

Ace faz beicinho enquanto o cabelo caia pelo rosto.

— Se quer um abraço é só dizer. — Sorri convencido envolvendo a mão na minha cintura me puxando para ele.  — Eu também quero. — Me abraça pela barriga, encostando a cabeça nela.

Eu fico sem reação por um instante, apenas sentindo meu rosto esquentar, o palpitar mais rápido do coração e continuo fazendo carinho na cabeça dele.

Talvez o garoto estivesse descansando de suas muitas aventuras justamente alí, naquele momento. Ele esfregava levemente a lateral do rosto no abraço e aquilo fazia cócegas na minha barriga.

No fim, ele continua parecendo uma criança.

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❝Portgas D. Ace❞: Um Garoto Problemático ✯Onde histórias criam vida. Descubra agora