Um Farol Para Quem Está Perdido (cap. 21)

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"Quando o sol se for a lua indicará você para mim"

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Muita coisa aconteceu desde que Ace deixou a minha ilha. Não vou admitir uma paixão, mas é certo que aquele ser humano me deixa balançada.

Pensei por um tempo sobre largar as coisas e ir viver uma aventura qualquer com um garoto como ele, cheio de vida. Eu não poderia viver o resto dos meus dias sendo cão do governo.

Muito embora eu goste muito de ciência, já fui uma espécie de aprendiz do Vegavelho, mas tinha tantas coisas naquele lugar que eu não concordava.

Ainda assim, eu não consegui viver por conta, continuei trabalhando para o governo com poucas contribuições. Antes de "sair" do lab do governo fui ousada o suficiente para roubar uma Akuma no mi artificial.

Consegui uma ilha distante, caí aqui por engano, como todo mundo que não sabe navegar, porém rapidamente minha localização foi rastreada e foi assim que passei a ter um lar longe de tudo e de todos.

Em troca da minha vida e de algumas regalias essenciais eu sobrevivi sob as asas de quem eu sempre quis fugir, com a condição de colaborar. Por um tempo eu aceitei essa situação e me dei por vencida, aqueles que estão no poder são fortes demais para eu ir contra.

Era a convicção que eu carregava do meu coração, mas sabe quando surge uma luz no fim do túnel? Que te aquece, te conforta e te mostra um novo horizonte?

Ace.

Consequentemente, é nítido que as minhas convicções não eram tão sólidas.

Como eu disse anteriormente, a ilha que eu estava passou a pertencer ao governo, eu pensei que estivesse sozinha, mas sempre havia alguém observando meus passos e logo depois que eu me despedi de Ace a conta chegou.

E veio cara, fui acusada de estar conspirando junto com um pirata que causa problemas para todos os lados. Alguém que recusou o título de shichibukai pois não quer se manter preso. É engraçado porque é justamente a cara dele ser assim, o total oposto de mim.

Pelo menos até o dia que assassinos da Cipher Pol vieram pessoalmente acabar com a minha vida. Por muito pouco eu escapei, peguei o necessário e deixei quase tudo para trás.

Desde então eu vivo como uma fugitiva da justiça, com uma recompensa pela minha cabeça. Isso é tão incômodo, eu mal durmo direito!


Agora estou só, numa ilha qualquer relativamente pacífica da Grandline. O ideal para mim. As últimas semanas foram terríveis, agora está tudo bem, mas isso não vai durar muito tempo. Tenho que sair daqui antes que eu ameace a segurança desse lugar.

Porém eu não posso ir embora desse jeito, com essa aparência. Particularmente isso me incomoda, eu gosto tanto de mim, do meu cabelo, da minha aparência como um todo.

- Droga. - Bufo pelo nariz enquanto me olho no espelho. - Meu cabelo... - Engulo em seco, respiro fundo e deixo a mente limpa. - É agora...

Mechas e fios longos de cabelo branco caíam no chão. Meu querido cabelo se foi. Tentei salvar minha dignidade e o deixei na altura da minha mandíbula.

- Não acho que vou te ver de novo, Ace... Então você não vai se importar, né? - Falo comigo mesma olhando para o meu reflexo. - Não ficou tão ruim... Só que falta alguma coisa.

❝Portgas D. Ace❞: Um Garoto Problemático ✯Onde histórias criam vida. Descubra agora