Coisas Que Direi E Você De Presente (cap. 20)

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Já era manhã e Ace iria embora hoje, despertei ao seu lado, sendo abraçada por ele. Fico pensando se ele normalmente dorme assim, sempre abraçando alguma coisa. Ace tem um sono pesado, nem reage quando me mexo a não ser para me manter alí, quando me aperta um pouco mais.

Dei uns petelecos na testa para que acordasse, ele apenas franziu o cenho e depois voltou ao sono de antes. Tentei balançar, porém não houve sucesso.

Acabei tendo uma ideia não muito convencional.

— Ace. — Sussurro perto de seu ouvido. — Ser humano irritante? — Dou-lhe beijinhos na bochecha.

Pude ver ele sorrindo, mas sem sinais que iria acordar. Acho que só melhorei as sensações de algum sonho que esteja tendo neste instante.

— Talvez eu deva apelar um pouco. — Direciono meus olhos aos lábios dele. — São rosados...

Era tentador até para mim, mesmo que o objetivo fosse fazê-lo acordar, beijar ele sempre era uma boa ideia. Me aproximo devagar, pegando o lábio inferior. No primeiro ato, era somente eu, em seguida ele já reagia correspondendo.

Sobrancelhas franzidas de maneira questionadora, ele estava despertando, assim que percebeu a situação sorriu e continuou no ritmo dele.

— Bom dia para você também. — Me vira ficando por cima.

— Bom dia. — Sorrio mordendo o lábio inferior. — Dormiu bem?

— Ô e como, hein. Eu quero um despertador desses todo dia.

— É um tipo limitadíssimo de despertador. — Dou de ombros. — Somente disponível nesta ilha.

— Mas que droga... Vou ter que roubar, eu sou um pirata afinal. — Beija meu ombro deslizando devagar a minha camisola.

— Eu não gosto de ameaças. — Falo humorada.

— Não é uma ameaça, é um veredito da suprema corte de Portgas. D. Ace.

— Oh, não! Estou em um julgamento?

Ele faz que sim com a cabeça.

— Sim e você, pelo crime de elouquecer este capitão terá de cumprir a pena perpétua de ser a minha mulher.

— Que discurso possessivo, senhor juíz.

— Não aceito objeções. — Espalha beijos e cócegas.

— N-Não! — Tento segurar a risada. — Para!!




— Antes de ir toma café aqui na estufa comigo.

— Um pirata deveria ir embora sem se despedir.

— Claro, isso se eu fosse uma vagabunda qualquer e se você tivesse acordado cedo o suficiente, mas não, é um preguiçoso.

— Não esculacha, dormir com você é muito bom.

— Não posso dizer o mesmo, você é muito espaçoso e me aperta muito.

— Então é ruim? — Sorri.

— Eu não disse isso, engraçadinho. — Serro o olhar. — Toma logo o café e vai embora.

— Tá bom, tá bom.

Uma das características dele é o seu desespero quando começa a comer, como se tivesse correndo da marinha. Colocou três sanduíches para dentro de uma vez, segurando uma grande fatia de bolo na outra mão. Ele bebe do café, que por sinal estava bem quente.

— Isso tá muito bom. — Fala com a boca cheia e desaba roncando com a cara no prato.

— Achei que isso não acontecesse de manhã logo depois de acordar. — Dou a primeira mordida no sanduíche que sobrou.

Ace volta a vida comendo no mesmo ritmo, embora desorientado.

— Cruz credo. — Dou uma risada. — Calma!

Ace sorri com a borda da boca toda suja de migalhas e molho.

— Pensando bem, não tem problema... — Murmuro comigo mesma. — Eu amo seu jeito.

— Hm? — Inclina a cabeça mastigando.

— Nada não. — Sorrio observando-o.

Ace praticamente limpa a minha mesa e para finalizar ele bebe toda a jarra de suco.

— Eu tenho que ir, minha tripulação está me esperando.





Pela segunda vez, eu vou me despedir dele. O observava enquanto esperava ele ajeitar sua jangada. Não deveria ser tão dolorido vê-lo ir embora, tentava me acalmar, mesmo não mostrando meu desconforto, massageando as mãos e suavam um pouco.

— Já está na hora.

— Ah sim. — Saio dos meus pensamentos. — Boa sorte novamente. — Dou um sorriso forçado.

— Por que não vem?

— Eu... Eu não posso, não agora.

— Tem certeza? Eu adoraria que viesse.

— Ainda é cedo.

— Cedo para o quê? — Sorri. — O mar é vasto e dinâmico o suficiente para o tempo não significar nada.

— Eu ainda não estou preparada.

— Tudo bem, eu quero que venha quando tiver certeza, você é livre. — Sorri. — Nem quando estiver comigo eu te prenderia, para nada.

— Eu vou pensar e me organizar sobre isso.

— Mas pense e faça sua decisão com carinho. — Dá uma risada. — Sabe, eu adoraria ouvir sua voz todos os dias. — Segura a minha mão. — Não vou mentir, eu penso muito em nós.

— Eu também, vou pensar bem mais depois desses dias.

— Quero ouvir você falar que tem todo o tempo do mundo pra me ouvir falar de nós. — Beija a minha mão. — Espero ter a oportunidade de dizer.

Meu rosto fica vermelho rapidamente, era incômodo como se eu tivesse passado pimenta.

— Você é como um sol, um solzinho, sabe? — Sorrio falando com a voz falhada. — Obrigado por iluminar meus dias.

— Sol...zinho? — Suas bochechas ficam rosadas. — Gostei. — Sorri. — Antes que me esqueça, eu tenho que te entregar uma coisa. — Tira do bolso um papel, rasga um pedaço e me entrega. — Aqui pra você.

— Um vivre card? — Pego o papel o analisando.

— Isso! Fizeram para mim no país de Wano. — Suspira. — Enfim, se decidir que quer fazer parte do meu bando antes que eu volte aqui, você saberá onde me encontrar.

— Tá bom, obrigado. — Sorrio. — Vou guardar direitinho.

— Ótimo então eu vou indo.

Sem avisos ele me dá um último beijo com um sorriso brincalhão e embarca na jangada.

— Até logo!

— Até.

Aos poucos ele desaparecia no horizonte.

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❝Portgas D. Ace❞: Um Garoto Problemático ✯Onde histórias criam vida. Descubra agora