Cheio de Vida (cap. 17)

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Certamente um cenário a luz amena da noite é realmente agradável, não era mais silencioso, apesar de haver a natural música ambiente da Ilha juntamente ao som das ondas que quebravam na areia da praia.

Talvez se outra pessoa estivesse lá gostaria de sair imediatamente pois o, muito entre aspas, jovem casal de amigos que se reencontraram recentemente viviam numa troca de farpas o tempo todo.

Ela é muito esquentada e o outro, apesar de quente, tinha uma personalidade extremamente relaxada. É bastante questionável o que a faz ter o seu coração batendo por ele, um garoto que acabara de começar a vida e que certamente a tira do sério.

Mas nem tudo é ruim, de fato, haviam sim momentos de paz entre os dois e sorrisos que cativavam a ambos.

Talvez o que os ligava era justamente o fato de serem o oposto um do outro. Uma mulher mais velha, temerosa no auto cuidado e perfeccionista. Por outro lado, um jovem que não mede esforços ou mesmo pensa quando faz algo, não é cuidadoso o suficiente o tornando muito audacioso.

Eu não sei o que o faz ser tão interessante, era o que eu pensava enquanto dividia uma toalha na areia com ele.

- Ace.

- Hm?

- Eu sou acostumada a ser só e apesar de gostar, esses dias que esteve aqui não são de todo ruim, eu não lembrava que receber um "bom dia" de alguém fosse tão agradável. - Falava enquanto observava as estrelas.

Ace fica em silêncio, sem a sua resposta direciono meu olhar a ele discretamente e era notável que ele estava aguentando o riso.

- O que foi?

- Não, é que... - De desmancha no riso. - É que é a coisa mais legal que me disse desde ontem a noite.

- Ora me desculpa, mas você é muito desastrado. - Viro o rosto. - Eu quase achei que a casa fosse explodir hoje.

- Não exagera.

- Você deixou aquela bomba cair no chão!

- Eu só estava curioso.

- Não estou interessada nas suas justificativas.

- Me perdoa, eu não vou mais entrar no seu laboratório. - Faz bico.

- Você pode, mas precisa da minha supervisão.

- Faz eu parecer uma criança do jeito que fala.

- Uma criança é menos descuidada, você é na verdade um sem noção.

- Não posso evitar, eu gosto de ver você com aquela roupa de cientista.

- E-eh...

- Você é linda.

- Para com isso, seu idiota.

- Tsk... Agora não posso elogiar?

- Não é isso é que...

- O quê?

- Eu não sei lidar.

- Tendi. - Sorri de lado. - Vou deixar os elogios para outra hora.

Voltamos a observar a noite numa pausa silenciosa na conversa.

- Por que se tornou um pirata? - Volto a olhá-lo. - Você me contou parte da sua história, mas não suas motivações.

- Eu não sei dizer o real significado, se foi algo que eu sempre quis ou já estava no destino, obviamente a liberdade é satisfatória, você não é obrigado a ir de acordo com as expectativas de ninguém, pois sempre irão pensar o pior de você, talvez porque sempre posso supreender, bater nos outros e superar os mais fortes.

Os olhos dele cintilavam.

- Principalmente superar esses velhos.

- Não gosta da elite pirata atual?

- Não é nada pessoal, só sinto ser natural que reis sejam substituídos.

- Então quer superar os yonkous ou mesmo o rei dos piratas?

- Eu quero ser maior que o rei dos piratas.

- Uma ambição não muito comum, já que o ápice do mundo pirata é o One Piece.

- É apenas um de meus objetivos.

- Espero que consiga. - Sorrio.

- Me responda uma coisa, gostaria de ser uma pirata?

Ace deita de lado para minha direção, apoiando a cabeça na mão me olhando enquanto esperava a minha resposta.

- Eu nunca pensei a respeito.

- Então consideraria?

- Por acaso está me convidando para fazer parte do seu bando?

- E por que não?

- Receio não sirva pra receber ordens. - O olho de cima abaixo. - Ainda mais suas.

- Talvez seja o capitão quem precise de alguém que lhe dê ordens.

- Nesse caso seria uma proposta tentadora, de fato.

- E então, aceita?

Ele se aproxima um pouco mais, eu era fitada com olhos esperançosos enquanto era percorrida por uma mão boba, que andou até a minha cintura e puxada para perto.

- Ace e-eu...

- Não resdonda agora. - Ele me interrompe. - Eu deixarei você pensar a respeito. - Engole em seco direcionando o olhar para os meus lábios.

- ...

A essa altura era esperado que Ace me roubaria um beijo, mas ele não o fez, permanecia parado como se esperasse um sinal positivo, ainda a impaciência evidente pela jugular saltada de nervosismo.

Eu gostaria de torturá-lo um pouco mais, isso é claro, se eu também não desejasse o beijar. Num impulso de desejo eu puxo Ace para um beijo que foi quase sufocante para ambos.

Quando finalmente separamos alguns centímetros, quase rendida, um feixe de razão me surge.

- Isso não devia acontecer...

- Shhh... Eu esperei um ano pra sentir isso.

- Devia ir atrás de uma garota como você, jovem e cheia de sonhos pra realizar, que estivessem alinhados.

- Dália...

- O quê?

- Para de falar.

Ele literalmente veio e calou a minha boca e do melhor jeito possível.

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❝Portgas D. Ace❞: Um Garoto Problemático ✯Where stories live. Discover now