Um garoto que me traz problemas bons demais para ser verdade, meu querido hóspede Portgas D. Ace, que em meio a sua jornada, retorna várias vezes aos meus braços.
Ace x OC
• Fanfic focada no desenvolvimento afetivo entre os personagens.
• Quase fid...
Resquícios de uma noite abrasada ainda rondavam a minha mente em sonhos, mesmo eu estando adormecida. Tudo estava quente demais, eu quase posso dizer que estava sufocando.
Desperto desorientada com um abraço alheio, que eu já sabia de quem se tratava, mas me recusava a acreditar. Ace estava em meu quarto, respirando devagar na minha nuca num sono profundo.
Me desvinculo dos braços dele e me sento na cama, quando dou por mim eu estava nua, sem sequer a minha calcinha.
— Mas que porra que aconteceu aqui?
Eu não estava brincando quando murmurei isso, naquela hora eu estava desorientada demais pra pensar diretamente no óbvio.
Para o uso da curiosidade, eu descubro Ace que estava com a coberta. No mesmo instante meus olhos arregalaram, me engasguei com saliva junto do hálito matinal que certamente é de matar.
— Não é possível!
Meu grito foi tão repentino e alto que ele acordou assustado.
— Mas o que foi??!
— O que a gente fez??? — Jogo quantos travesseiros posso nele. — O que eu fiz com você, meu Deus? — Ponho a mão na cabeça e na consciência.
— A gente tr-
— Não diga uma palavra. — Aponto o dedo para ele o ameaçando.
— Mas o que tem demais? — Ele se senta na cama.
— Não consigo imaginar algo assim... — Minha respiração fica mais pesada. — Você tá pelado na minha cama, vai se vestir seu indecente!
Ace me olha de cima abaixo com ironia óbvia.
Realmente, eu estava ainda desnuda, me cubro no mesmo instante com o cobertor.
— Sai do meu quarto. — Aponto a saída. — Agora!
— Oxi... Tá bom... — Faz bico. — Mas me dá um beijo.
— Tu quer é porrada. — Empurro ele para fora. — Vai arrumar o que fazer.
— Só um beijinho.
— Não. — Finalmente consigo fechar a porta. — Meu deus o que eu fiz? — Começo a roer a unha do dedo mindinho.
Quando retorno a mim, percebo que o quarto estava todo bagunçado. Me viro novamente para porta e um lapso de memória vem a minha mente.
Eu estava contra a parede sentindo carícias por todo o meu corpo, apertos e beijos trocados.
— Céus...
Resolvo pegar uma muda de roupa, assim que chego a cômoda outra memória surge.
Podia sentir algo úmido e quente naquele lugar, minhas pernas apoiadas nos ombros rígidos dele.
— Até isso... — A cada pensamento eu vou ficando mais incrédula. — Tenho que tomar um banho.
Banho terminado e enfim com roupas, precisava de um café urgente para clarear as coisas na mente e também para absorver toda essa informação.
— Que bom que saiu. — Coça a cabeça. — Estava preocupado já.
Vou direto a cafeteira me servir um café.
— Hm... Hey...
Me mantive imóvel esfriando o café.
— Você está com raiva de mim?
Ace falou com uma voz tão doce e preocupada. Fecho os olhos e tomo um pouco do café.
— Dália... Me perdoa, eu não tento mais. — Se levanta indo até mim segurando em meus ombros. — Você está brava comigo?
A voz dele tornava o sofrimento muito pior. Como pode um capitão de um temido bando pirata estar falando comigo daquela maneira?
— Ace... — Respiro fundo e saio daquela situação. — Tá tudo bem... É só que...
— Você odiou...
— Não é isso.
— Então é o quê?
Ele se aproxima de novo, com um olhar pidão.
— Por que você tem que ser assim? — Minha face mostrava decepção, mas estava decepcionada comigo mesma.
— Horrível? Insistente? Nojento?
— Lindo. — Dou um peteleco na testa dele.
— Ai, porr... — Afaga a testa.
— Você é uma Logia, se manca.
— É, mas quando estou contigo eu não deixo a intangibilidade ativa, você pode me machucar de muitas formas.
Um sorriso involuntário se faz no meu rosto, eu senti algo diferente naquela frase.
— Hey, não fale coisas assim do nada. — Minhas bochechas ficaram vermelhas enquanto apertava minha boca para tentar não sorrir.
— O que tem demais no que eu falei?
— Não faço ideia. — Deixo a caneca na lavadoura e sinto um abraço por trás com a respiração aquecida no meu cangote.
— Hey... Me explica.
— Para com isso.
— Ou o quê?
— Eu vou te dar outro peteleco.
— Eu só aceito beijos.
— Inacreditável, você é inacreditável.
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