Y6- O clube do Sluge

916 58 416
                                    

✨Lumos✨

Na manhã seguinte, eu discuti sobre o sonho que tivera com meus amigos e namorado. Não sabia o que estava acontecendo realmente, há algum tempo que eu não tinha mais pesadelos sobre Bellatrix e minha possível morte. Mas agora eu tinha observado uma morte, talvez uma verdadeira. A existência de minha mãe e de Monstro me deixaram intrigada e meramente assustada. Tudo aquilo podia ser real.

Harry mostrou-se preocupado comigo e questionou se eu não deveria contar a alguém sobre isso para além dele e de Ron e Hermione. Mas eu neguei todas as vezes. Não queria demonstrar a mais ninguém o quanto esse sonho ou talvez um vislumbre do passado me deixara assustada com o que ainda poderia ocorrer.

E, sobretudo, não queria mencionar isso perto de meu pai, quando o avistei assim que descemos as escadas para a cozinha eu não pude deixar de pensar que eu observara minha mãe. Remus já não tinha mais nenhuma chance para a rever, mas eu a revi mesmo não querendo. O quarto ano com visitas constantes foi o suficiente, mas ao que parece nem nos meus sonhos eu estava livre de seu rosto.

Eu não tinha nada contra ela, porém ainda sentia algo inexplicável sempre que me recordava que ela nunca pronunciou que era minha mãe.

Na última semana de férias, joguei Quadribol com Harry, Ron e Ginny. Esse ano iria tentar obter um lugar como artilheira no time, e meu namorado me apoiava bastante nessa decisão. Dizia que me apoiaria em qualquer coisa que eu decidisse fazer.

Também passava meu tempo lendo e falando com Hermione e Fleur durante as tardes chuvosas de Agosto. Aos poucos os dias se passaram e o vigésimo oitavo dia do oitavo mês chegou, fazia oficialmente um ano desde que eu e Harry tínhamos começado a namorar.

Não conseguimos fazer nada muito grandioso, mas fizemos questão de não deixar aquele dia passar como outro dia qualquer. Na maior parte do tempo estivemos juntos, e quando a noite caiu fomos até ao jardim e trocamos algumas palavras íntimas entre nós como se estivéssemos despindo a própria alma. 

Harry foi extremamente carinhoso durante todas as vezes em que me beijou. Durante todas as horas do dia, o garoto sussurrou palavras que me faziam derreter muito facilmente e, claro, eu também o fiz. Harry foi bastante sincero em relação ao que sentia há exatamente um ano quando me pedira em namoro na Sede da Ordem da Fênix e hoje, eu sentia exatamente o mesmo debaixo da luz prateada da Lua.

— Nem acredito que já faz um ano — murmurei assim que descansei minha cabeça em seu ombro, Harry envolveu minha cintura carinhosamente.

Estávamos sentados na grama, perto da porta dos fundos que daria para a entrada da Toca. Não estava frio, porém alguns arrepios por vezes me percorriam e como resposta a isso, Harry me fez vestir sua blusa. Não neguei, até porque usar uma veste dele era uns dos meus maiores confortos, me fazia sentir preenchida de seu cheiro. Harry cheirava a essência de baunilha e, certamente, esse era meu aroma favorito.

— Nem eu — admitiu. — Nunca pensei que acabaríamos assim quando te conheci, nunca pensei que me apaixonaria por aquela garotinha que estava sozinha naquele parquinho.

Soltei um sorriso sincero.

— Se isso te conforta, também nunca pensei que me apaixonaria por aquele garoto três centímetros mais baixo que eu e ocludo — a forma com que Harry contorceu o nariz me fez rir anasalado. — O que estou tentando dizer é o seguinte: também nunca pensei que me apaixonaria por você.

Era estranho mas inevitável pensar que naquele momento em que nos conhecemos tínhamos selado os nossos destinos. Mesmo que talvez depois nos conhecêssemos aos onze anos no Expresso de Hogwarts, eu sentia que teria sido diferente se tivesse sido assim.

𝐈𝐓 𝐖𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐀𝐍𝐓 𝐓𝐎 𝐁𝐄, Harry PotterWhere stories live. Discover now