L0V3

• two

Não há palavras para descrever o quão animado o esverdeado fica ao notar a pessoa em sua frente, afinal, era um de seus maiores ídolos pronto para o salvar.

Com o trabalho excepcional, no qual ele não ficara nem um pouco surpreso, seu caderno de analise fora prontamente autografado, sem o esverdeado nem ao menos precisar pedir, e a cada momento o fanboy surtava mais e mais, dentro de sua cabeça.

Quando estava pronto para sair, ignorando que o esverdeado estava o chamando, Izuku agarra em sua perna.

Claro, não era uma das melhores decisões que tomara em sua vida, mas foi o que seu instinto havia lhe mandado fazer naquela hora e quando percebera, ja havia feito.

O herói balança freneticamente seu pé, no intuito de tirar os dedos nos quais estavam grudados em sua perna, fazendo Izuku o segurar ainda mais desesperado, mas quando, finalmente, ouve os gritos do outro pedindo para não fazer isso pois ele iria cair, o herói para na mesma hora, aterrizando em cima de um prédio, ficando cara a cara com seu fã.

"Você não pode ser um herói" ele falou Com nojo após o esverdeado fazer sua pergunta. Seu mundo havia desabado.

Claro, ele sabia que não poderia virar um herói, principalmente tendo tantas pessoas lhe lembrando disso, mas achava que, ao menos, a figura da paz, All Might, poderia o ajudar, lhe trazer uma luz ou esperança, mas apenas o desprezou, o olhou como lixo assim como todos os outros fizeram.

O esverdeado então segurou o seu choro, e em uma cara neutra apenas concordava pensativo, murmurando que pensava a mesma coisa, mas assim que ele saiu, o deixando sozinho naquele terraço, o menino finalmente pode chorar, largando todas as emoções no qual havia a tanto tempo segurado e, junto com a resposta do herói, apenas desabou ao choro.

Não sabia quanto tempo havia se passado, mas também naquelas circunstâncias não se importava mais.

Logo pequenas gotas de chuva foram se criando e caindo dos céus se forma calma, combinando com as emoções que o garoto estava sentindo naquele momento, respirou fundo e apenas se deixou levar, então quando menos percebeu uma tempestade havia se formado.

Ele não tinha mais forças, e apenas chorou. Tudo o que sofreu, viveu, sentiu, jogou tudo para fora em um grande choro ignorando tudo o que estava em sua volta. Nao se importava se alguém fosse aparecer, se um raio caísse em sua cabeça, ou qualquer outra coisa, naquele momento apenas queria descarregar todas as emoções ruins nas quais guardava.

Assim quando percebera acabou desmaiando, caído sozinho naquele terraço desconhecido, deixando para trás toda sua tristeza em forma de gotas.

Quando acordou, o cenário onde estava havia mudado.

Estava deitado em uma grande cama confortável, seco e de roupas novas. Olhava para os lados intrigado, tentando entender onde estava.

Tratava-se de um loft, tematizado em cores escuras e neutras, tendo uma decoração despojada, mas sofisticada.

Então ele finalmente se levantou, suspirando pesado, observou o blusão no qual estava vestindo no grande espelho, põe o chinelo no qual estava perto da cama e então se alonga levemente, ignorando toda a porcentagem de perigo no qual poderia estar naquele momento, ate porque nem ao menos se importava mais.

Logo ele desceu as escadas do 'apartamento', ainda admirando o lindo lugar onde estava. Quando finalmente chega em seu último cômodo, a cozinha, repara um bilhete em cima da bancada e, junto a isso um remédio e um copo com água.

"Por favor tome isso e evite de ficar doente. Você ficou muitas horas na chuva e pode ficar gripado se não se tratar. Tem comida na geladeira e despensa. Sinta-se a vontade, fui ao mercado e já volto."

Realmente ele estava cansado demais para pensar ou tentar fugir, e apenas entendeu que aquele lugar estava, no momento, muito protegido para conseguir fugir, visto que todas as janelas e portas estavam trancadas, então apenas obedeceu o, ainda, desconhecido.

Tomou o remédio sem muitos problemas, e pegou um biscoito no armário. Logo achou um livro perdido no meio de um monte de coisas bagunçadas e, vendo que queria a muito tempo, começou a ler.

Sem ao menos perceber já havia terminado de ler todo o livro, e estava vendo o filme no qual estava passando na TV. E então, finalmente, um barulho é ouvido e a porta, que a pouco tempo estava trancada, de entrada se abre, mostrando o desconhecido no qual havia o "resgatado" da chuva.