34. Mini Rafa

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Fiz o mesmo erro das 15k de palavras de novo 🤡
Divirtam-se

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— Genilda? — Bianca caminhou até ela assim que viu Rafaella seguir para sua casa, assustando a mulher que estava perdida em seus pensamentos.

— Ah.. v-você ainda não foi embora? — Gaguejou olhando de Bianca para o caminho onde sua filha estava indo.

— Você mencionou que teria um motivo. — Falou depois de alguns segundos encarando a ex sogra com feição desacreditada. — Qual seria o motivo? Qual é o motivo da nossa separação, Genilda? — Implorava com o olhar transmitindo sua dor, deixando a mais velha desconfortável e nervosa com a situação.

— Seria melhor você falar sobre isso com a Rafaella.

— Não, eu quero falar com você. Ela me disse que era pelo trabalho. Qual é o verdadeiro motivo, me diz? — Seu tom era desesperador, sentia seu coração apertar novamente ao ver a cara de pavor de Genilda e não ter nenhuma resposta, já sabia que tinha algo muito errado ali, mas agora tinha certeza.

— Bia, não posso dizer nada sobre isso... — Sentiu seus olhos encherem de lágrimas ao ver o estado da garota, mas esse assunto precisava ser resolvido com sua filha.

— Mas você estava falando com a Rafaella, fale comigo também... — Respirou fundo. — Genilda, eu não vou a lugar nenhum até descobrir tudo. — Disse pausadamente e a mulher engoliu a seco.

— Rafaella e eu estávamos conversando sobre... como vocês não combinam uma com a outra... e eu acho que a convenci. — Tentou parecer verdadeira, mas Bianca fechou os olhos estranhando a forma que sua voz saia.

— Você... — Sacudiu a cabeça e respirou fundo novamente. — Você disse para ela que não combinamos e Rafaella ouviu você, certo? — Genilda assentiu pressionando os lábios. — Este é o motivo? — Fez o mesmo gesto olhando para o chão. — Você disse que não combinamos e Rafaella ouviu você? — Soltou um riso debochado. — Eu não acredito nisso!

— Bia, querida... — Levou as duas mãos ao rosto.

— Está bem. — Assentiu. — Espero que você encontre a nora que tanto deseja. — Fitou mais uma vez o olhar de Genilda e caminhou até o píer para procurar sua chave.

— Bianca voltou? — Rafaella foi até sua mãe ao ver Bianca sair novamente do píer, marchando até seu carro.

— Ela nos ouviu... — Genilda disse de olhos fechados e Rafaella continuou andando para alcançar a garota.

— Bianca! — Chamou ao vê-la destravar o carro.

— Eu ouvi tudo, Rafaella. — Suspirou e virou na direção da mais velha, juntando forças para continuar uma conversa. — Eu ouvi o que você e sua mãe conversaram. É este o motivo? — Rafaella parou na sua frente. — É realmente esse o motivo? Sua família? — Rafa estreitou os olhos, calculando o que exatamente sua mãe poderia ter dito a ela ou o quão longe foi sua imaginação, se sabia a verdade ou não, mas concluindo que não, já que parecia apenas um pouco abalada. — Por que você não responde?

— Olha, Bianca, eu não sei o que minha mãe te disse... Mas foi uma decisão minha. Está bem? Então, por favor, não procure motivos. — Sua voz quase sumia.

— Por que não devo procurar?

— Porque não mudará a minha decisão. — Disse pausadamente.

— Essa é a sua decisão final?

— Está tudo acabado entre nós.

Travaram uma nova guerra de olhares, profundos, intensos e doloridos.

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