2. Hora de pegar a pipoca

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Marcela, Gizelly e B2 chegaram ao hotel correto graças a um aplicativo que Gi havia instalado no celular de Bianca sem que ela soubesse, sua desculpa para as outras foi que instalou por questões de segurança e não o verdadeiro motivo: fofoqueira curiosa. Mas no momento isso não importava.

O trio estava apavorado, em suas mentes Bia estava sendo sequestrada e torturada por Rafaella, graças a ter lhe enfrentado daquele jeito no auditório. Correram para o estacionamento, onde o celular aparentava estar e encontraram apenas o carro da mulher. Marcela e Gizelly olhavam para seu interior à procura de pistas enquanto B2 ia até o outro lado.

– Meninas... vejam isso. – Segurou a risada enquanto esperava a dupla.

– O que foi? MEU DEUS... – Marcela foi a primeira das duas a encarar a lataria do carro.

– Er... hotel, vamos para o hotel AGORA. – Gi entrou em desespero puxando as amigas em direção a saída.

No último andar do mesmo, Rafaella e Bianca finalmente acabavam as escadas, esbaforidas e suando. A mais velha respirou fundo, arrumou sua postura, colocou o braço algemado para trás e voltou a andar com a jovem curiosa ao seu lado até o restaurante combinado.

– O senhor Evren é aquele ali sentado.

– Qual? – Bia ainda tentava recuperar o fôlego, sua resistência para exercícios aeróbicos definitivamente estava péssima.

– Aquele. – apontou para um homem de meia idade sentado ao lado da janela. – E agora é a hora que você diz qual o seu plano.

– Estou pensando.

– Pensando? – Rafaella olhou para ela com as sobrancelhas levantadas. – Nós subimos quinze andares e você está pensando só agora? – Bia moveu-se para a sua frente.

– Você precisa confiar em mim, tá bom?

– Eu preciso confiar em você? – A troca de olhares entre elas era intensa. – Você está me sabotando desde o começo do dia. Eu não sei nem mesmo o teu nome. – Negou com a cabeça e virou para sair do estabelecimento. – Desisto, o Kleber poder cuidar disso.

– Shiuuu. – Bianca, que viu quando o homem as encarou, puxou seu braço de volta para chamar a atenção da mais velha. – Ele nos viu. – Rafaella deu uma risada forçada e acenou com a outra mão. – Me abraça. – Bia disse entre o sorriso forçado.

– O quê? – Perguntou surpresa.

– Coloca o braço na minha cintura. – Moveu o seu próprio para arrastar junto o de Rafaella até o local.

– O que você está fazendo? – Ficou com a mão pendurada sem querer tocar no corpo dela, com um sorriso teatral no rosto e falando sem mover os lábios.

– Aja normalmente. Eu vou ser sua namorada, você pega mulher, né? Vai dar certo. – Respirava pesado e ao mesmo tempo de forma agitada graças ao que havia acabado de sugerir, recebendo um olhar inicialmente de pavor de Rafaella, que logo acenou positivamente com a cabeça.

– Por que está me ajudando agora? – Elas estavam com as cabeças muito perto uma da outra, já que estavam basicamente abraçadas e com os corpos colados.

– Não sei. Às vezes, sou gentil de um jeito idiota. – Disse desviando do olhar da mais velha e virando para frente enquanto ela ainda a encarava.

– Ótimo.

– Vamos. – Começaram a caminhar de um jeito desastroso, nada harmonioso, com um espaço desnecessário entre os corpos e com Rafaella puxando o ritmo. – Qual o nome dele mesmo?

– Evren. – Sorriram e foram até o homem que já as esperava em pé.

– Kalimann. – Esticou a mão para comprimentar.

Assim nasce o amor Where stories live. Discover now