6. Noivado

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— Rafaella, não vamos ter tempo de terminar esses desenhos hoje, estamos atrasados em tudo. O que diabos vamos fazer?

Kleber a ligou logo cedo, falando com Rafaella enquanto ela caminhava até a casa dos seus pais para o café.

— Eu terminei os desenhos. — Disse tranquilamente.

— Repete, por favor. Quando você terminou? — Perguntava indignado. — Você ficou acordada a noite toda novamente? O que você fez?

— Noite pré-noivado, Kleber. — Suspirou usando aquela cartada. — Olha, monta uma equipe hoje e organiza as coisas por mim. Vamos terminar os detalhes juntos.

— Irmã, qual é o seu segredo? Diga, vamos, eu quero saber.

— Kleber, eu não tenho segredos, apenas precisamos apresentar o projeto quando o Sr. Frederico chegar. — Respondeu sem paciência.

— Aham, tá bom.

Rafaella chegou no próprio caos. O jardim da casa principal estava cheio de objetos para decoração, pessoas indo de um lado para o outro carregando coisas e mudando de lugar conforme sua mãe mandava.

— Bom dia, querida. — Disse a mais velha com um enorme sorriso no rosto e um bom humor invejável.

— Mãe, o que você está fazendo? — Perguntou aproximando-se dela. — Eu falei sobre ser uma pequena recepção de noivado, que tipo de festa é essa? Castiçais? — Apontou para as mesas. — Amigo, por favor, tire isso.

— Diga para a Bruanca... — falou com desgosto.

— Bianca, mãe. — Rafaella a corrigiu irritada e a mais velha revirou os olhos.

— Tanto faz, só por favor, faça ela vir até mim o mais rápido possível. Preciso falar com ela com urgência.

— Ela vai vir se tiver tempo, está bem? — Virou e começou a andar.

— Vá falar com seu pai antes de sair. — Rafaella respirou fundo, colocou as mãos na cintura e virou-se novamente na direção da mais velha.

— Mãe, eu tenho muito o que fazer hoje.

— Ele quase teve um ataque cardíaco quando descobriu que você decidiu ficar noiva. Vá para que não haja problemas à noite, por favor, querida... — Puxou seu rosto para deixar um beijo na bochecha. — Vamos....

Rafaella concordou e começou a caminhar até o pequeno píer do lago, onde sua mãe adorava tomar seu café da tarde e fazer outras atividades, e que provavelmente a mesa de café estaria posta já que o jardim estava o caos.

Enxergou seu pai de costas e com calma se aproximou.

— Bom dia. — Ficou em pé ao lado da mesa, a conversa séria rápida, não havia necessidade de sentar-se.

— Você decidiu ficar noiva? — O mais velho perguntou de forma direta.

— Sim.

— Não se atreva a cometer um erro e me apresentar a essa garota. — Rafaella sorriu debochada olhando para o lago.

— Você vai conhecê-la.

— Escuta, filha, com esses tipos de ações você arrisca o futuro da empresa.

— O futuro da empresa já está em perigo... — Cruzou os braços a o encarou. — Se você me perguntar, diria que devemos conversar com Gabriela e seu pai, e tirar a participação de cinquenta por cento.

— Por que? Só porque você terminou com Gabriela?

— Se eu me casasse com ela, eu administraria a holding sozinha. Você sabe, o pai dela está doente e Gabriela não quer ser responsável por uma empresa.

Assim nasce o amor Where stories live. Discover now