21. Chalé 2.0

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Bianca acordou direto para a casa da tia, chegando na cozinha com todo o cuidado do mundo, falando animada e ao mesmo tempo preocupada ao encontrar sua tia sem a alegria matinal que a invadia todos os dias.

— E ai, decidiu? Você vai se casar ou não? — Perguntou quando Bianca parou de tentar distraí-la com outros assuntos.

— Eu não posso me casar agora, tia. Ainda tenho muito o que fazer.

— Fazer o que?

— Fazer o que... por exemplo, servir um pouco de chá para você agora. — Disse despejando o líquido em uma xícara. — E depois de amanhã, vou fazer café. Então vou te ajudar na floricultura... vou fazer você me perdoar... como pode imaginar, tenho muito o que fazer. Muitas coisas significam muito tempo, eu não posso me casar agora. E as doidas falaram em vão, não exagere.

— Deixando de lado o fato de que você é fofa demais... — Bia sorriu sapeca. — Então também acho que não vale a pena exagerar. Mas digamos que por um acaso, você decida se casar na hora do almoço, eu te imploro, me fala mesmo assim, para que eu não venha saber disso pelos outros.

Ouviram a campainha tocar e os passos de Gizelly indo abrir a porta, ignorando o barulho.

— A senhorita Bianca está em casa?

Ouviram da porta e saíram da cozinha, encontrando duas mulheres cheias de caixas e sacolas paradas na porta.

— Olá, sejam bem-vindas! — Bianca passou por Gizelly e parou em frente a porta.

— Olá! A senhora Kalimann nos enviou. Trouxemos roupas e acessórios para o seu novo visual! — Bianca baixou o olhar imaginando a reação das outras duas, que estavam atrás de queixo caído e surpresas com a frase que acabavam de ouvir.

— Presentes para a noiva! — Mônica gargalhou. — Por favor, entrem! As meninas vão te ajudar lá em cima.

— Obrigada. — A mulher foi entrando e subindo as escadas.

— Tia, isso não são presentes para a noiva. — Bia virou-se para a mais velha já se explicando. — Você entendeu mal. Isso não é verdade.

— Então o que é? — Perguntou Gizelly.

— Isso é para o trabalho como paisagista no escritório. Mesmo sem ter concluído meus estudos, Rafaella me deu esse projeto. A Genilda queria me ajudar a me vestir como uma mulher de negócios. — Sorriu para a tia que estava de braços cruzados e com cara de desconfiada.

— Aparentemente, ela decidiu enviar toda a ajuda necessária nessa área. — Gi esticava o pescoço para ver o que acontecia no andar superior.

— Pois muito que bem, não deixem elas esperando. — Disse Mônica apontando para as escadas e Bianca subiu correndo.

Marcela e B2, que estavam no andar superior, já estavam ajudando as mulheres com as caixas e roupas em cabides, olhando curiosas para tudo o que havia sido entregue. Juntando-se a Gizelly e fazendo a festa com as roupas maravilhosas que havia no local.

— Eu não posso acreditar nisso, o que eu estava pensando quando concordei? — Bianca murmurava para si mesma, afastada de todo resto.

Em questão de segundos, as três estavam querendo brincar de boneca com ela, colocando roupas na sua frente e dizendo sim ou não, mandando ela experimentar e decidindo o que ficaria.

Estava com um conjunto de alfaiataria off-white, com shorts e blazer de manga curta, quando Rafaella avisou que estava esperando na frente da sua casa. Não pensou muito, apenas colocou uma bota de cano curto que combinava, pegou a bolsa que as mulheres mandaram e saiu correndo soltando o cabelo que estava preso em um coque frouxo.

Assim nasce o amor Where stories live. Discover now