16. (Des)confiança

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- Eu olho para o lado e vejo a Rafaella. Aí eu me pergunto, quem contou a ela onde eu estava, né? - Bianca contava sobre o dia anterior rindo enquanto tomava café da manhã com as amigas e tia.

- O que tem de errado? Não posso parabenizar a minha cunhada mais? Não posso ligar? - Gizelly rebatia indignada.

- Você pode, Gi, você pode. Eu hein, não disse nada. - Levantava as mãos em rendição. - Tenho que ir. Aparentemente irei para o Guarujá hoje. - Sua tia a olhou com o garfo parado no ar. - Se você adicionar o tempo de viagem...

- Por que a Rafa não leva você? - Gi cortou a amiga.

- Algumas horas de ida e volta. Ela tem negócios lá, não posso ficar esperando.

- Você está certa, não há motivos para ir com ela. - Marcela partiu em sua salvação.

- Na minha opinião também. - Mônica concordou rapidamente.

- Se alguém me buscasse de carro para me levar, me trazer, me levar de novo... - Gi apoiou o cotovelo na mesa para deitar a cabeça na mão, falando como se estivesse sonhando.

- Não por isso, bora, eu vou te levar para o trabalho. - Bianca tirou ela do transe, fazendo todas rirem.

- Aí Bia, eu te amo muito, mas eu amo homens muito mais.

Foi salva pelo seu celular que começou a tocar, assim como o de Bianca, fazendo ambas levantarem da mesa e cada uma ir para um lado atender.

- Estou a caminho. - Dizia Rafaella em um dos telefones.

- Estou a caminho. - Rodolffo falou no outro.

- Claro! Estarei esperando. - Gi respondeu com uma feição boba no rosto.

- Não venha. - Bianca respondeu com a cara fechada.

- Como assim, não venha? - A mais velha perguntou indignada.

- Eu vou no meu carro. Tenho que levar a Gi para o trabalho.

- Ah quer dizer, a Bia vai me levar para o trabalho, não venha. - Gizelly respondeu do outro lado ao ouvir a amiga confirmando a carona.

- Não vá com a Bia.

- Não leve a Gizelly.

- Não posso. - As duas amigas responderam quase ao mesmo tempo em telefones opostos.

- É burrice ir separadamente, Bianca. - Rafaella seguia indignada.

- Eu sei, mas eu vou. Até logo. - Desligou a chamada e virou para a miga que também estava voltando para a mesa. - Com quem você estava falando? - Questionou e Gi travou.

- Com... um amigo do trabalho. - Todas olharam para ela, que havia começado a soluçar.

- Quem é esse amigo do trabalho? - Marcela perguntou desconfiada.

- Nos conhecemos recentemente. - Soluçou. - Apenas conversamos.

- Se você quiser manter isso em segredo, então quem vai dizer... - B2 começou, mas foi interrompida por Mônica.

- O que você conheceu na internet?

Todas se olharam e olharam para Gizelly, aparentemente ela tinha usado outra desculpa antes. A garota começou a gargalhar nervosa enquanto todas seguiam sérias.

- O que isso tem a ver com isso? Eu não faço isso de encontros online. - Soluçava entre as palavras e levantou-se de mesa. - Eu... Estou atrasada, bom apetite para vocês.

- Eu não ia levar você? - Gritou para a amiga que tinha saído correndo.

- Não precisa mais!

- Vocês perceberam que ela simplesmente fugiu, correndo, da conversa? - Marcela perguntou rindo.

Assim nasce o amor Where stories live. Discover now